quarta-feira, 25 de abril de 2012

Sobre regras para os nomes científicos I

Apesar das dificuldades, tanto de memorizar quanto de pronunciar, o nome científico, por ser universal, deverá ser utilizado quando quiser buscar informações precisas sobre a espécie.

Linnaeus (ou Lineu, em português) foi quem forneceu as primeiras regras do atual método de classificação, para o qual foi denominado “Sistema de Nomenclatura Binominal”.

Algumas regras são essenciais, como, por exemplo, ser formado por dois nomes. O primeiro corresponde ao gênero, com a inicial em maiúscula, e o segundo com todas as letras em minúsculas.

Assim como toda palavra estrangeira, o nome científico, que é escrito em latim, deve estar em itálico, sublinhado ou em negrito. E, por último, sem estar destacado, o nome do autor, abreviado ou não.

Exemplo:
Rosmarinus officinalis L. (mais usual)
Rosmarinus officinalis L.
Rosmarinus officinalis L.

Se depois da espécie observar parênteses, significa que ocorreu mudança do nome do gênero, e o nome do autor do basiônimo (primeiro nome da espécie) será citado entre os parênteses.

Ex.:
Cymbopogon nardus (L.) Rendle

Outras observações

1. Quando perguntarem qual a espécie, deverá responder usando os dois nomes:
Ex. Ocimum basilicum

2. Um x entre os dois nomes indica que é um híbrido, isto é, espécie resultante de cruzamento de duas espécies diferentes

Ex. Mentha x piperita, segundo vários autores é híbrido resultante do cruzamento da Mentha aquatica e da Mentha spicata.

3. Se o x aparecer antes dos dois nomes, o que é muito raro, será um hibrido resultante de gêneros diferentes.

4. As variedades, as quais são diferentes da espécie em que surgiram em resultado do aparecimento natural e espontâneo de novas características, são escritas, como, por exemplo, Ocimum basilicum var. purpurascens.

5. As variedades obtidas por meio da intervenção do homem, que possuem valor comercial e que diferem da espécie a qual foi originada, são denominadas de cultivares. A forma mais comum de denominar uma cultivar é, por exemplo, Ocimum basilicum ‘Genovese”. Observe que o nome da cultivar não está em itálico.
Também iremos encontrar Ocimum basilicum cv. Genovese

6. As subespécies (Sambucus nigra subsp. canadensis), são tipos de variedades, com diferenças influenciadas, geralmente, pelo local onde vivem.

7. Há ainda formas (Fagus sylvatica f. purpurea), que se diferenciam em pequenas características, como a cor da flor ou da folha.

8. Se usa sp., quando não sabemos a espécie (Ocimum sp.) ou cf. (Sedum cf. dendroideum) quando há necessidade da confirmação da identificação por ser incerta ou por usar uma referência secundária não verificável.

São tantas regras, mas essenciais para trabalhos científicos..

Em outra postagem, vamos continuar com mais definições sobre variedades, subespécie, cultivares e formas. No entanto, de forma resumida, cultivar é uma variedade com características comerciais e que foi produzida por meio da intervenção do homem. As demais são naturais, sendo que variedades se diferenciam da espécie original por um número significativo de características, enquanto subespécie é influenciada pelo ambiente e forma se diferenciam por meio de poucas características.


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