sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Bardana

Arctium lappa L. (Arctium majus Bernh).

Aspectos botânicos: Planta bianual ou perene, da família das Compostas, que pode alcançar até 02 metros de altura. Tronco de aproximadamente 05 cm de diâmetro, folhas grandes, pecioladas, ovóides e de bordas onduladas, podendo medir até 50 cm. Flores pequenas, avermelhadas, que aparecem desde o final do verão até meados do outono. Sua raiz, pode medir de 25 até 75 cm. Apresenta ainda infrutescências espinhosas, que podem aderir a pele de animais e roupas, facilitando sua dispersão.

Nativa da Europa e América do Norte, cresce em solos argilosos e ricos em matéria orgânica;

Nomes comuns: Bardana, lampazo, lampazo mayor, bardana maior, ruibarbo de los gitanos, ruibarbo de caracol, gobou (China), burdock ou great burdock (Inglaterra);

Histórico: Planta muito parecida com o ruibarbo, daí alguns de seus nomes populares, era muito apreciada desde a idade média, como depurador sanguíneo. Seu nome vem do grego Arctos= veludo e lappa= agarrar. Entre os séculos XVIII e início do século XX, foi muito utilizada para tratar as manifestações secundárias e terciárias da sífilis;

Usos terapêuticos: Uso externo em infecções bacterianas e fúngicas (micoses superficiais, furúnculos,

impetigos diversos, seborréia, úlceras varicosas, acnes, infecções de boca e garganta, etc), diurética, colerética e colagoga (estimula o funcionamento do fígado e vesícula biliar), estimulante do apetite, anti-oxidante, hipoglicemiante (auxiliar em tratamentos de diabetes) e antiagregante plaquetário;

Princípios ativos: Inulina (40 a 60%), compostos poliacetilênicos (polienos e poliínos), fitohemaglutininas, taninos, sais de potássios, traços de óleos essenciais, ácidos álcoois, etc;

Partes utilizadas: Raiz, colhida no outono do primeiro ano ou na primavera do segundo ano;

Formas de uso e dosagem: Sua secagem faz com que perca boa parte de suas propriedades terapêuticas, preferindo-se então seu uso fresco, ou de produtos elaborados com a raiz estabilizada.

Utilizada em homeopatia, principalmente para afecções dermatológicas.

Uso interno: Decocção das raízes a 4%- 3 a 4 xícaras/dias;

Extrato fluído: 2 a 8 g/dia, em 3 tomadas;

Pó da raiz (500 mg): 4 a 6 cápsulas diárias;

Uso externo: Decocção em forma de cataplasma ou banhos;

Suco fresco da raiz, triturada e deixada de molho em água por 8 horas, prensada posteriormente e utilizada pura ou misturada com substâncias carreadoras (vaselina, argila, etc.);

Tempo de uso: Pelo tempo que se fizer necessário;

Efeitos colaterais: É considerada como uma espécie vegetal bastante segura para uso humano, causando apenas eventualmente, dermatite de contato em pessoas sensíveis;

Contra-indicações: Gravidez e lactação.

Lembramos que as informações aqui contidas terão apenas finalidade informativa, não devendo ser usadas para diagnosticar, tratar ou prevenir qualquer doença, e muito menos substituir os cuidados médicos adequados.

Fontes principais de consulta:

“Tratado de fitomedicina – bases clínicas e farmacológicas” Dr. Jorge R. Alonso – editora Isis . 1998 – Buenos Aires – Argentina.

Link:
http://www.londrina.pr.gov.br/dados/images/stories/Storage/sec_saude/fitoterapia/publicacoes/bardana2.pdf
ArctiumLappa1.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bardana

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