terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Plantas: aromas que curam (Boletim PLANFAVI n. 24, outubro a dezembro, 2012)

O aparecimento da aromaterapia vem de longa data, não sendo possível avaliar, ao certo, quando começou a utilização desse método. Arqueólogos contam que, ao escavarem as tumbas dos antigos faraós no Egito, sentiram forte cheiro de mirra e de cedro entre as bandagens de múmias que datam 6000 anos A.C. e frascos de perfume e de desenhos referentes ao seu uso ao lado de cada uma. Atualmente sabe-se que a essência do cedro é um poderoso conservante, além de fungicida e antiputrefaciente, enquanto que a mirra tem propriedades fungicida e bactericida naturais. 

Na Grécia Antiga, Hipócrates aconselhava banhos aromáticos para combater a peste que assolava Atenas. O imperador romano, Nero, em suas constantes enxaquecas, costumava aspirar o odor das rosas para as dores. Os hindus reclamavam a paternidade da aromaterapia, já que na medicina ayurvédica – sistema holístico de tratamento que usa a terapia herbária para curar, utilizam-se óleos essenciais com frequência, principalmente nas sessões de massagens. Atualmente. essa medicina milenar ainda é praticada na índia.

Os antigos, no entanto, buscavam outros efeitos ao queimar as plantas aromáticas. Habitualmente usavam-nas em rituais místicos ou religiosos, em oferendas para a limpeza e a purificação, já que associavam a doença à presença de maus espíritos. Aos poucos foram tomando conhecimento que essas plantas tinham mais a oferecer incluindo seu poder terapêutico. Entre outros, descobriram que o alecrim ajuda a aumentar a clareza mental e a percepção, enquanto que o sândalo influi de forma potente no auxilio da meditação.

O químico francês René Maurice Gattefossé em 1928 lançou sua primeira obra sobre o assunto, batizando-a bem como suas descobertas, com o nome de aromaterapia. Na concepção de Gattefossé, aromaterapia significa o que diz a própria palavra – uma terapia através dos aromas dos óleos essenciais. Após as descobertas de Gattefossé, outros estudiosos franceses deram continuidade às suas pesquisas.

Um dos principais pesquisadores dessa terapia chama-se Jean Valnet (1920-1995), médico do exército francês que criou o aromatograma, exame específico para identificar os óleos essenciais mais apropriados para as diversas patologias. Valnet descreve em seu livro (1964) a composição química de todas as plantas analisadas, cada qual podendo conter até quinhentos componentes químicos.

Conceição, T. (2005). Marketing olfativo como ferramenta no ponto de venda. Universidade Candido Mendes: http://www.avm.edu.br/monopdf/24/TATIANA%20DA%20CONCEICAO.pdf. Acesso em 7/12/2012.

Texto extraído do Boletim PLANFAVI n. 24, outubro a dezembro, 2012
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