sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Portugal: A medicina ao alcance de todos

Publicado a 4 de Janeiro de 2013

Uma breve história acerca da medicina chinesa

Segundo a mitologia chinesa, três Imperadores, teriam estado na origem dos três primeiros escritos precursores da medicina chinesa, do conhecimento do universo, da agricultura e da farmacologia.

O primeiro dos três soberanos, chama-se Fu Xi, usualmente é representado com a sua irmã e esposa, a deusa NuWa de modo a que da cintura para cima têm aspeto humano, da cintura para baixo têm caudas de serpente interlaçadas, carregam compassos e esquadros que utilizam para medir o Universo. Este imperador mítico, Fu Xi, é o autor dos primeiros ideogramas/carateres chineses, da teoria do Yin e do Yang, das 9 agulhas de acupuntura, da caça, da pesca e dos instrumentos musicais. Terá sido o inspirador do famoso livro “I Ching”, Livro das Mutações, um dos mais antigos escritos chineses.

Shen Nong, o “Divino Agricultor”, conhecido também como o Imperador do Fogo, terá sido o inventor da charrua de bois logo da Agricultura e das bases da alimentação. Considera-se o presumível autor de uma outra obra clássica chinesa “ShenNongBenCaoJing” considerada uma das mais antigas obras acerca de farmacologia preservada até aos nossos dias.

Segundo a lenda, ShenNong, chegava a ingerir 70 plantas por dia para estudar os seus efeitos medicinais.

O terceiro famoso imperador será o Imperador Amarelo ou Huang Di. A sua esposa LeiZu terá ensinado aos chineses a utilizar os casulos das larvas dos bichos da seda para fabricar o tecido da seda. Do Imperador Huang Di terá ficado a célebre obra “Huang Di Nei Jing”, o Clássico de Medicina Interna do Imperador Amarelo, o qual resume e divulga os princípios da medicina chinesa.

Estes imperadores poderão ter existido cerca do 3º milénio Antes de Cristo, sendo nessa altura famosos líderes tribais. A China Imperial surge com a dinastia Qin em 221 a 206 A.C. e a compilação das principais obras da medicina chinesa terão ocorrido cerca de 500 A.C. na dinastia Zhou, em que equipas de letrados fazem a recolha do saber da época e surge assim a passagem da tradição escrita para a tradição oral. Nessa altura era comum atribuírem a autoria destas obras a grandes Mestres ou Líderes carismáticos que viveram em épocas passadas.

Ana Marques 
Acupuntora

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