segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mensagens da digestão, texto de Elaine Lach

Refletindo sobre a minha percepção, como nutricionista, com relação à Digestão.

Vamos refletir ....

A mastigação, por exemplo, pode ser um reflexo de como caminhamos pela vida.

Rápido, sem perceber, pensando no que vem depois?

Ou devagar, olhando e apreciando cada pedaço, agradecendo a maravilha de poder comer e sentir prazer nos aromas, diversidades de sabores?

Como está seu mastigar? Como está seu caminhar pela vida?

Você mastiga como age?

Quando engolimos o alimento estamos conduzindo-o para uma nova etapa, etapa de transformação, de aceitar que o alimento será destruído. O que era já não será mais, o desapego para surgir o novo.

Quantas vezes falamos que determinada situação está difícil de engolir? Como está a aceitação do novo, como está sua flexibilidade com diferentes opiniões?

Você expõe sua opinião ou engole sapos por medo e insegurança??

Vamos para dentro do estômago. Esse saco elástico, que é capaz de esticar e acondicionar grandes volumes. Os pequenos volumes facilitam o trabalho gástrico, os grandes volumes dificultam. Às vezes nossa digestão é lenta, e sentimos mal estar ...é o momento da transformação do alimento em uma massa, o bolo alimentar .

Como é difícil mudar ..."a mudança precisa de tempo, de aceitação, precisa ser em pequenas doses" para que seja menos dolorida, menos sofrida. Enfim, a mudança precisa ser digerida.

Como anda sua digestão? Quanto você mudou nesse ano?

E o bolo alimentar agora vai para o intestino terminar o que o estômago iniciou e, como um brinquedo de lego que está sendo desmontado, as proteínas, carboidratos e gorduras ficam em partes menores até tornarem-se únicas ( aminoácidos, glicose e ácidos graxos) e são absorvidas até a corrente sanguínea para depois, até o fígado formarem novos “brinquedos”, de acordo com o que é necessário.

Absorver o que precisamos, construir coisas novas com o velho, desprezar o que não é necessário. Esse é o grande ensinamento do intestino. Novamente o apego e desapego.

Precisamos nos livrar de tudo que nos toma tempo, dinheiro e saúde. Sabemos disso, mas evitamos fazê-lo.

Por que o que foi bom no passado agora não é mais?

O intestino preso, segura o que precisa soltar, o passado, as pessoas, as coisas que você não deixa ir, o medo de não conseguir, o medo relacionado ao dinheiro aos relacionamentos.

O intestino solto é a vontade de limpar tudo, de começar do zero, de esquecer tudo o que aconteceu. Em alguns momentos isso é bom, mas se é frequente passa a trazer sérios problemas.

Nem esquecer, nem segurar, equilibrar usando o que aprendeu e foi bom, soltando o que não é mais necessário.

Essa analogia com a digestão faz-nos refletir que precisamos de tempo para aceitar, para desapegar, para transformar, para deixar o que não é mais necessário, tempo para perdoar ( os outros e principalmente a nós mesmos) e construir, construir usando tudo o que se passou, usando todas as sensações, sentimentos, sofrimentos, construir um ser na sua inteireza, na sua vitalidade,

Um ser que brilha na esperança de fazer melhor ... o seu melhor, a cada dia.

Texto: Elaine Cristina Lach Lozio
Nutricionista com formação em Psicologia Transpessoal

Consultório: Rua Pedro Morgante , 76 , Vila Mariana
Agendar consulta pelo e-mail elaine.lach@terra.com.br
São Paulo, SP

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