domingo, 9 de junho de 2013

Espinafres

Algumas pessoas confundem as duas espécies que recebem o nome de espinafre no Brasil. Uma, bem comum no país e que cresce com facilidade, é a Tetragonia tetragonoides, também conhecido por espinafre-da-nova-zelândia. Sobre esse espinafre, há uma pesquisa interessante, intitulada "Valor nutricional, capacidade antioxidante e utilização de folhas de espinafre (Tetragonia tetragonoides) em pó como ingrediente de pão de forma"  (http://bdtd.biblioteca.ufpb.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2643), onde são fornecidas comparações sobre as espécies denominadas por espinafre.


Outro espinafre é a espécie Spinacia oleracea, cuja provável origem é a Ásia, e que foi famoso em função do consumo pelo personagem Popeye. Por um erro que ocorreu na publicação sobre o seu teor de ferro em 1870 (foi colocado um ponto decimal um algarismo à direita), ele foi divulgado por décadas como um dos campeões nesse nutriente.
File:Spinazie vrouwelijke plant (Spinacia oleracea female plant).jpg


Esta confusão pode gera problemas quanto aos aspectos nutricionais, pois são grandes as diferenças. A espécie S. oleracea é também reconhecida pelo alto índice de ácido oxálico, também presente em T. tetragonioides, substância considerada um fato antinutricional, pois inibe a absorção e um bom aproveitamento do cálcio pelo organismo, além de estar com relacionado com formação de cálculos renais e aumento da pressão arterial.


A tabela, obtida de Amaro (2009), fornece as diferenças com relação aos aspectos nutricionais.
Obs. 
11- USDA: United States Department of Agriculture 
12- INSA: Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge 

No Brasil é bem maior a produção comercial de Ttetragonoides, pois a S. oleracea não se desenvolve bem em regiões de climas tropical ou subtropical. 

Referência

AMARO, L. F. C. G. M. Caracterização da Eficiência Anti-radicalar e do Teor em Compostos Fenólicos do Espinafre da Nova-Zelândia (Tetragonia tetragonioides). 2009, 58 f. Disponível em: http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/54597/1/132564_09110TCD110.pdf. Acesso em: 09.06.2013


Texto: Marcos Roberto Furlan

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