terça-feira, 2 de julho de 2013

Produção de fitoterápicos cresce em Alagoas

Novo Arranjo Produtivo Local contribui para geração de renda e estímulo a pesquisas voltadas para as plantas medicinais

Da Redação

Maceió - Cresce em Alagoas o Arranjo Produtivo Local (APL) Fitoterápico, criado em junho do ano passado com o objetivo de baratear os custos dos municípios alagoanos com medicamentos fitoterápicos, fomentar a agricultura familiar voltada para o cultivo de plantas medicinais, gerando renda e estimulando pesquisas. 

Segundo Humberto Sant’Anna, gestor do APL Horticultura no Agreste, a criação do APL Fitoterápicos é uma forma de complementar o trabalho, já que ambos atendem aos mesmos produtores. “O APL Horticultura vem dando o apoio necessário para que o novo arranjo se desenvolva ainda mais. Um dos objetivos é incentivar e qualificar os agricultores a trabalharem com plantas medicinais e espécies que sirvam para a produção de medicamentos fitoterápicos”, destaca o gestor.

O APL Fitoterápicos foi criado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e as instituições coordenadoras do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) - Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico e Sebrae em Alagoas. Vai trabalhar com o cultivo de algumas espécies, como babosa (Aloe vera), colônia (Alpinia speciosa), guaco (Mikania glomerata), erva-cidreira (Lippia alba), hortelã (Mentha x piperita) e alecrim-pimenta (Lippia siddoides). Para as pesquisas, foram selecionadas as seguintes espécies: aroeira, barbatimão, alecrim, romã, maracujá, capim santo, chambá, boldo nacional, confrei, quebra pedra e melão de São Caetano.

Os medicamentos fitoterápicos, auxiliares no tratamento de várias doenças, são extraídos de matéria-prima ativa vegetal, e, por esse motivo, normalmente são confundidos com as plantas medicinais. Mas, os fitoterápicos são considerados medicamentos porque têm efeitos terapêuticos e colaterais como um medicamento comum e passam pelo processo de industrialização. Atualmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvida) estabelece regras de qualidade para os medicamentos fitoterápicos.

Rúbia Barbalho, analista de Agronegócios do Sebrae em Alagoas, relata que o crescimento do projeto poderá ajudar os agricultores, que são produtores de hortaliças, a diversificarem sua produção. “O agricultor irá renovar suas atividades. Com o plantio de ervas medicinais, ele poderá inserir um novo produto, além de agregar valor à sua produção e acessar novos mercados”.

O Programa de Arranjos Produtivos Locais surgiu para contribuir com o desenvolvimento territorial dos municípios alagoanos e para gerar ocupação e renda por meio das ações conjuntas que visam a fortalecer as micro e pequenas empresas. É formado, atualmente, por 18 APL: Tecnologia da Informação, Turismo Costa dos Corais, Turismo Caminhos do São Francisco, Turismo Lagoas e Mares do Sul, Mineração e Fruticultura no Agreste, Móveis do Agreste, Cerâmica Vermelha, Mandioca no Agreste Alagoano, Saúde em Maceió, Apicultura no Litoral e Lagoas, Móveis no Entorno de Maceió, Horticultura no Agreste, Rizicultura no Baixo São Francisco, Piscicultura no Delta do São Francisco, Fruticultura no Vale do Mundaú, Apicultura no Sertão Alagoano, Ovinocaprinocultura no Sertão Alagoano e Fitoterápicos.

Serviço:
Sebrae em Alagoas (82) 4009-1660
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800 

Data: 24.06.2013
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