segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Afinal, como deve ser uma alimentação saudável? artigo de Fabio Cardoso de Carvalho

[EcoDebate] Os especialistas concordam que uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos são essenciais para uma vida mais saudável. Os bons hábitos podem auxiliar na redução do risco de doenças crônicas, incluindo as cardiovasculares e a obesidade.

Entretanto, o excesso de informações sobre as últimas descobertas na área da nutrição pode, muitas vezes, deixar a população confusa e com dúvidas sobre o que ela deve ou não deve comer.

Pensando nisso, o Ministério da Saúde elaborou o Guia Alimentar para a População Brasileira, que tem como objetivo orientar as pessoas em direção a uma alimentação mais equilibrada. De acordo com o guia, existem alguns princípios básicos que devem ser lembrados, com destaque para variedade (consumir itens de todos os grupos alimentares, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, carnes e ovos, lácteos e feijões) e moderação (respeitar a quantidade de porções recomendadas para cada grupo alimentar).

Seguindo esses princípios é possível planejar refeições mais saudáveis, que ofereçam todos os nutrientes em quantidades adequadas a cada pessoa. Esses nutrientes são as proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais, além de fibras e outras substâncias bioativas. Todos eles devem fazer parte do dia a dia.

A partir de estudos científicos foi possível sugerir que o total de calorias ingeridas ao longo do dia fosse dividido da seguinte forma: 55% a 75% de carboidratos; 15% a 30% de gorduras e 10% a 15% de proteínas. Assim, é possível perceber a importância que os carboidratos e as gorduras exercem na manutenção da saúde.

Mas, é preciso fazer as escolhas certas. No caso dos carboidratos, o melhor é optar por frutas, verduras, legumes e pela versão integral dos alimentos feitos à base de cereais, como pão, macarrão e biscoitos salgados.

Com relação às gorduras, apesar de já terem sido tratadas como vilãs, elas exercem papel fundamental na manutenção de uma vida saudável. As gorduras estão envolvidas, por exemplo, na formação das membranas celulares, na produção de hormônios, de vitamina D e de sucos digestivos.

A classificação das gorduras é feita de acordo com a sua composição química e se divide em saturadas, monoinsaturadas, poli-insaturadas e trans. O Ministério da Saúde recomenda que a população evite consumir alimentos que incluam gordura trans (ou gordura hidrogenada) na lista de ingredientes. As gorduras trans relacionam-se fortemente com o aumento do risco cardiovascular. Isso ocorre, especialmente, em razão de aumentarem a concentração de colesterol total e de LDL-c (colesterol ruim), assim como, por reduzirem a concentração HDL-c (colesterol bom).

Por esse motivo, as indústrias estão substituindo a gordura trans dos alimentos por outros tipos de gordura, como a de palma. A gordura de palma é uma combinação de componentes saturados, monoinsaturados e poli-insaturados, além de ser livre de gorduras trans. Ela possui também um teor elevado de vitamina E, reconhecida como um antioxidante natural, que pode promover benefícios para a saúde.

* Dr. Fabio Cardoso de Carvalho é cardiologista intervencionista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP). Possui título de especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e Associação Médica Brasileira e título de especialista em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, conferido pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista e Associação Médica Brasileira.

Colaboração de Adriana Gemignani, para o EcoDebate, 02/09/2013
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