quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Uma das babosas em um quintal de Curiúva, Paraná

Foto: Rodrigo Félix

Texto:
Farmacêutica Erica Carvalho Lamari
Engenheiro agrônomo Marcos Roberto Furlan

Essa planta, popularmente conhecida como babosa, está presente em muitos quintais do Brasil. As suas folhas longas, de cor verde e com suas marginais repletas de “espinhos”, proporcionam um paisagismo diferenciado ao ambiente. O efeito fica mais intenso em algumas épocas do ano, dependendo da região, quando acontece a floração da planta. Nessas ocasiões, os beija-flores são atraídos, dando outro aspecto para quintais e jardins.

Seu cultivo é fácil por ser uma planta rústica. É pouco exigente quanto às irrigações e ao solo, mas tem que se ter cuidado para tirar mudas, pois retiradas próximo do chão, precisam ficar armazenadas por dois dias, à sombra, para depois serem plantadas. Prefere temperaturas mais altas, mas cresce satisfatoriamente em locais mais frios, desde que não ocorram geadas.

A babosa da foto é muito confundida com a famosa Aloe vera, gerando muita confusão quanto ao seu uso. Deve ser ressaltado que somente esta última tem número significativo de pesquisas sobre suas ações farmacológicas. No entanto, a da foto já possui alguns resultados interessantes, como os citados abaixo.

O seu nome científico é Aloe arborescens. Em Curiúva, Estado do Paraná, assim como em quase todas as regiões do Brasil, é conhecida como babosa. Apesar de raros, é, possível, também encontrar outros nomes populares no país, como, por exemplo, aloé, caraguatá (não confundir com uma espécie da família do abacaxi), aloé-do-natal, erva-de-zebra, babosa-de-jardim e babosa-de-folha-miúda.

Embora as babosas sejam nativas da África, seu cultivo tem se disseminado em diferentes quintais por todo o mundo. Em muitos jardins, a presença das babosas tem se tornado importante devido às suas inúmeras propriedades medicinais, pois são encontrados inúmeros princípios ativos presentes em toda a planta, desde as partes tenras até as mais aéreas. Esses ativos são os responsáveis por diversas ações, como: antibiótica, antiviral, cicatrizante, tônica, hidratante, emoliente e anti-helmíntica.

Em Curiúva, assim como em boa parte do Brasil, muitas mulheres recorrem ao uso das babosas para elaboração de cosméticos caseiros, visando o tratamento de acne e à hidratação corporal e dos cabelos. Importante, mais uma vez, realçar que a espécie detentora de estudos comprovados de suas aplicações na cosmética é a Aloe vera e não a ilustrada na foto.

Algumas resultados atuais de pesquisas sobre a Aloe arborescens

Proteomic analysis of whole cell extracts revealed the presence of proteins with a strong antiproliferative and antimicrobial activity specifically induced in human keratinocytes by Aloe arborescens treatment supporting its application as a therapeutical agent.

These results indicate that ALOE administration may have immunomodulatory effects and lower the fibrogenic process in the liver.


These reports provide a new perspective for the use of A. arborescens to prevent or oppose bacterial and viral fish diseases and to face, as an alternative strategy based on natural plant extracts, the growing unwillingness to rely upon standard solutions involving antibiotics or antimicrobial chemicals.

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