sábado, 14 de dezembro de 2013

Movimento de Mulheres Camponesas compartilham conhecimentos tradicionais

A busca pela igualdade de direitos, o fim de qualquer forma de violência, opressão e exploração praticada contra a mulher e a garantia de direitos civis como a saúde são algumas das principais questões que tem mobilizando o Movimento de Mulheres Camponesas. Também conhecido pela sigla MMC, o movimento criado em 1995 é formado por mulheres trabalhadoras rurais do país.

Para o MMC, a melhoria das condições de trabalho e a produção de alimentos sem agrotóxicos são fatores que possibilitam a solução de parte dos problemas de saúde das mulheres camponesas e suas famílias. No campo, não são raros os relatos de contaminação por agrotóxicos que levam até a morte de homens e mulheres.

O direito à saúde está vinculado ao trabalho realizado no campo, ao modo de vida e também a opressão masculina e histórica sofrida pelas mulheres. Muitas delas ficam doentes e o acesso ao tratamento ainda é ineficiente nas áreas rurais onde residem e trabalham.

Reconhecendo a importância dos conhecimentos tradicionais dessas mulheres camponesas e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das populações do campo, a Fiocruz tem desenvolvido cursos em 21 estados com a finalidade de atender as necessidades de mulheres de diferentes etnias, culturas e níveis de escolaridade.

Além dos cursos, também são realizadas oficinas de formação e multiplicadoras. Os objetivos principais dessas oficinas são: formar lideranças de mulheres camponesas para resgatar sua identidade de lutas; estimular a participação das camponesas na luta por políticas públicas de saúde que sejam voltadas para o atendimento dessa população e contribuir na construção de um projeto de agricultura camponesa com efetiva participação feminina e que seja voltada para a produção de alimentos saudáveis, em contraposição ao modelo de agricultura baseada na utilização intensiva de agrotóxicos.

Os cursos e oficinas ainda possibilitam a construção de planejamentos participativos. A partir da identificação das demandas e necessidades da área de saúde será possível definir de forma coletiva as estratégias e ações para melhorar a saúde das mulheres do campo e a atuação delas nos espaços de participação no SUS e o compartilhamento de experiências na luta pelo projeto de agricultura camponesa livre de agrotóxicos.

Data:11.12.2013

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