sábado, 14 de dezembro de 2013

Saúde no campo, na floresta e nas águas


Garantir o direito à saúde é dever do Estado. Mas apenas garantir o direito não é suficiente para promover a saúde da população, já que é preciso considerar as particularidades e especificidade das populações do campo, das florestas, das águas e da cidade.

As populações do campo, da floresta e das águas incluem os camponeses, agricultores familiares, trabalhadores rurais assalariados, temporários, assentados e acampados. Também integram esse grupo as comunidades de quilombos e tradicionais, populações que habitam ou usam reservas extrativistas, além de ribeirinhos e pessoas atingidas por barragens, entre outras.

Para garantir às populações o acesso e a participação integral no Sistema Único de Saúde (SUS), foi criada a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta (PNSIPCF), estabelecida a partir da constituição de tecidos sociais que promovam saúde, incluindo a retomada de práticas tradicionais e do cuidado e atenção à saúde.

A construção da PNSIPC contou com diversos representantes de movimentos sociais, acadêmicos, gestores e outros atores da sociedade também têm contribuído coletivamente para a sua efetivação. Entre os colaboradores estão o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que têm atuado nas instâncias de gestão participativa dos SUS, alternativas para solucionar as demandas e necessidades da saúde no campo.

O cuidado com o meio ambiente, a preservação da cultura, o respeito ao modo de vida das pessoas, a produção de alimentos saudáveis e sem agrotóxicos, o uso de plantas medicinais são exemplos das temáticas defendidas pelas lideranças sociais. O objetivo é unir os conhecimentos científicos com a sabedoria popular e assim, oferecer melhores alternativas de tratamentos para as pessoas.

O Brasil tem muito a contribuir com a saúde do planeta. É o país detentor da maior biodiversidade do mundo e possui uma grande pluralidade de culturas e conhecimentos populares. Reconhecer e valorizar toda essa diversidade é o desafio.

Data: 11.12.2013
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