sábado, 9 de março de 2013

Healthy Eating: Infographic (ver no link original)


Healthy Eating Infographic
http://www.a-health-blog.com/healthy-eating-infographic-1.html

Benefits of tea - infographic





Amazing facts about tea


http://societytea.com/blog/infographic-amazing-facts-about-tea/

Abóbora: infográfico

Imagem pinada
http://www.plantas-medicinal-farmacognosia.com/productos-naturales/calabaza/propiedades-de-la-calabaza-infografia/

From tea leaf to tea cup - infographic

http://www.liveinthenow.com/article/infographic-details-and-facts-about-how-your-tea-is-made

History of recorded medical cannabis uses around the world - infographic (ver no link original)

7 herbal remedies for stress - infographic

Best Herbal Remedies for Stress Reduction
http://blog.solsticemed.com/best-herbal-remedies-for-stress-reduction-infographic/herbal-remedies-for-stress-reduction/

Recycling by numbers - infographic

Cooking conversion chart - infographic

The various varieties of vegetables - infographic (ver no original)


http://visual.ly/various-varieties-vegetables

sexta-feira, 8 de março de 2013

Interactive key and information resources for flowering plants of the Neotropics

Plants People Possibilities

Neotropikey is an international project based at the Royal Botanic Gardens, Kew, developing identification resources for the flowering plants of the Neotropical region (tropical South and Central America).

Plantas medicinais brasileiras usadas pelo Dr. João Ferreyra da Rosa na “Constituição Pestilencial de Pernambuco” no fi nal do século XVII

Um artigo interessante e que cita algumas espécies medicinais utilizadas desde o século XVII.

ALMEIDA, A.V.; CÂMARA, C.A.G.; MARQUES, E.A.T. Plantas medicinais brasileiras usadas pelo Dr. João Ferreyra da Rosa na “ConstituiçãoPestilencial dePernambuco” no final do século XVII. Biotemas, v. 21, n. 4, p. 39-48, 2008.

Resumo

O “Tratado Único da Constituição Pestilencial de Pernambuco” de João Ferreyra da Rosa, publicado em 1694, foi o primeiro documento sobre a febre amarela, seus sintomas, tratamento e fitoterapia utilizada na época. Rosa descreveu uma centena de plantas medicinais aplicadas no combate à epidemia, destas, grande parte já vinha preparada do Reino, pois os médicos portugueses, em sua grande maioria, rejeitavam os conhecimentos fitoterápicos indígenas. Só mais tarde, devido à duração da viagem marítima e possível perda da eficácia dos princípios ativos, devido à sua degradação pela ação de altas temperaturas, umidade e forma de acondicionamento inadequada dos produtos fitoterápicos, é que esses médicos foram obrigados a adotar as plantas medicinais nativas na sua terapêutica. Dessa forma, as plantas medicinais brasileiras empregadas no tratamento da primeira epidemia de febre amarela no Brasil (século XVII) foram atualizadas do ponto de vista taxonômico fazendo-se comparações com as empregadas atualmente pela medicina popular para outros fins terapêuticos. Como resultado, no tratamento fitoterápico para debelar a febre amarela, no final do Séc XVII, Rosa fez uso das plantas medicinais brasileiras: copaíba, macela, maracujá-mirim, aroeira-vermelha, angelicó e almécega.

Relação de plantas medicinais brasileiras efetivamente utilizadas por Rosa durante a campanha profilática de 1690 a 1695. Algumas espécies não são citadas devido a dificuldade de identificação.

Copaíba Copaifera sp. - usado como óleo ou bálsamo.
Copaifera officinalis

Macela Egletes viscosa (L.) Less. - óleo para fomentação.
egletesviscosaless2.jpg

Maracujá-mirim Passiflora edulis Sims - como clister junto com outros produtos; antifebril.
Maracuyá.jpg

Aroeira-vermelha Schinus terebinthifolius Raddi - defumador nas fogueiras para purificar o ar.
Aroeira-vermelha

Angelicó Aristolochia trilobata L. - controle dos distúrbios gástricos causados pela febre amarela.

Almécega Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand - defumador usado nas fogueiras para purificar o ar e para cheirar como pomo, junto com outros produtos.
Protium heptaphyllum

Link do artigo:

Pesquisadores encontram duas espécies de mosca branca nativas das Américas


08/03/2013
Por José Tadeu Arantes

Agência FAPESP – No rol das expressões populares, “mosca branca” designa um evento extremamente raro e em geral auspicioso. Para os agricultores, porém, a mosca branca é bem o oposto disso. Trata-se de um inseto que ocorre com relativa frequência e constitui um dos maiores pesadelos para os produtores de hortaliças, plantas ornamentais e outras culturas. O motivo é que, ao se alimentar da seiva da planta hospedeira, a mosca branca ocasiona uma redução em seu vigor, além de induzir anomalias fisiológicas.

“Ela também deposita sobre as folhas grande quantidade de secreção açucarada, favorecendo a formação de fungos que impedem a fotossíntese e, assim, afetam o crescimento da planta e reduzem sua produtividade”, disse a professora Renate Krause Sakate, do Departamento de Produção Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu.

“Além de todos esses problemas, a mosca branca é transmissora de vírus, entre eles os begomovírus e crinivírus, que podem limitar o cultivo de hortaliças como o tomateiro”, disse.

Krause Sakate e sua equipe – que, além de orientandos, inclui o professor Marcelo Agenor Pavan, da FCA-Unesp, e o pesquisador doutor Valdir A. Yuki, do Instituto Agronômico (IAC) – concluíram uma pesquisa, apoiada pela FAPESP, na qual constataram a existência de duas espécies do inseto possivelmente nativas no Estado de São Paulo, denominadas New World 1 e New World 2.

A descoberta causou surpresa, pois se acreditava que, depois da introdução no país do Biótipo B de mosca branca (espécie Middle East-Asia Minor 1, MEAM1), as espécies previamente existentes haviam sido substituídas ou até mesmo extintas.

“Isso porque a MEAM1, que chegou ao país na década de 1990, é altamente invasiva. Em várias partes do mundo, sua entrada promoveu a extinção das espécies locais. Mas, em nossa pesquisa, verificamos a presença da New World 1 e da New World 2 no Estado de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Alagoas. E agora queremos compreender o seu papel na transmissão dos vírus associados à mosca branca”, explicou Krause Sakate.

O trabalho, que também contou com a colaboração dos pesquisadores Enrique Moriones e Jesus Navas-Castillo, do Consejo Superior de Investigaciones Científicas, La Mayora, Espanha, foi recentemente publicado no Journal of Applied Entomology, de alto impacto na área.

Com o nome científico de Bemisia tabaci, a mosca branca mede de 1 a 2 milímetros. Os adultos têm o dorso amarelo pálido e asas brancas. Como suas asas cobrem quase todo o corpo, o branco se torna a cor predominante, daí a denominação que lhe foi atribuída.

A exemplo de outros insetos, seu ciclo de vida compreende quatro fases (ovo, ninfa, pupa e adulto) e sofre influência das condições climáticas e ambientais, principalmente da temperatura, da umidade relativa do ar e da maior ou menor abundância e suscetibilidade das plantas hospedeiras.

Sob condições que lhe são favoráveis, com temperatura em torno de 28° C e umidade relativa do ar de 70%, a espécie MEAM1, que é mais vigorosa do que a New World I e a New World II, pode ter de 11 a 15 gerações por ano – cada fêmea colocando de 100 a 300 ovos durante o seu ciclo de vida.

A mosca branca é encontrada nos trópicos e subtrópicos de todos os continentes. Acredita-se que tenha surgido na Ásia e se espalhado pela Europa, África e Américas por ação do homem, mediante a disseminação de material vegetal contaminado. No Brasil, suas principais vítimas são o tomate, o feijão, o melão e a batata. Além delas, também a soja, a abóbora, a melancia, hortaliças diversas e plantas ornamentais têm sido afetadas.

Sua ação insidiosa se deve ao fato de a mosca branca ser capaz de transmitir mais de 200 espécies de vírus, grande parte deles com significativo impacto econômico na produção de hortaliças.

“Os begomovírus, um dos principais transmitidos pela MEAM1, são atualmente os mais importantes limitadores da produção de tomate, além de sua incidência ter sido verificada também em culturas de pimentão e batata. Eles ocasionam redução do crescimento, alterações fisiológicas e produção de frutos isoporizados e com amadurecimento irregular”, disse Krause Sakate.

É importante considerar que a distribuição epidemiológica da mosca branca está estritamente relacionada a certas características da agricultura moderna, como a expansão da monocultura e o aumento da utilização de agrotóxicos, além da grande facilidade de o inseto se adaptar aos diversos hospedeiros. O primeiro relato de Bemisia tabaci no Brasil foi feito na Bahia, em 1928; porém, a ocorrência deve ser bem anterior a essa data.

Espécies supostamente mais antigas

A espécie invasora MEAM1 é a predominante no Brasil, encontrada tanto em áreas cultivadas como em plantas daninhas. E, até recentemente, toda a pesquisa sobre mosca branca feita no país levava em consideração somente essa espécie.

Na nova pesquisa, entretanto, foi feito um amplo levantamento em mais de 40 municípios do Estado de São Paulo e 13 municípios do Estado de Alagoas. Utilizando-se um teste altamente sensível e específico para identificação de espécies, foi verificada a existência da New World 1 e da New World 2.

A espécie New World 1 foi encontrada, colonizando jiló (Solanum gilo) e corda-de-viola (Ipomoea sp. ), somente nas regiões de Registro, Iguape e Ilha Comprida, do Estado de São Paulo. Os pesquisadores estimam que ela não desapareceu em virtude do relativo isolamento geográfico dessas localidades em relação a outras áreas agrícolas paulistas.

“É possível que a New World 1 seja a espécie que existia no Brasil antes da entrada do Biótipo B. Porém, como não há material preservado dessa época, isto é só uma suposição”, disse Krause Sakate. No Estado de Alagoas, curiosamente esta espécie foi encontrada em plantas de tomateiro.

A New World 2 foi frequentemente coletada em amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla), uma planta daninha muito comum no campo e que geralmente se encontra infectada por begomovírus. Trata-se do primeiro registro de sua existência no Brasil. Também encontrada na Argentina, ela está presente em diversas localidades do estado de São Paulo e Alagoas.

Um fato que surpreendeu os pesquisadores foi as duas espécies supostamente mais antigas terem sido localizadas até mesmo em plantas colonizadas pela MEAM1, indicando a possibilidade de as várias espécies ocuparem o mesmo nicho ecológico. Mais frágeis, as espécies New World 1 e New World 2 foram sempre encontradas em número reduzido. E o seu papel como transmissoras de vírus, principalmente do begomovírus, ainda é desconhecido.

Estabelecer esse papel é o foco da continuação da pesquisa, que já está sendo empreendida, sob a orientação de Sakate, pelo mestrando Bruno Rossitto de Marchi, com Bolsa de FAPESP.

“Isolamos colônias da espécie New World 2, supostamente mais antiga, as infectamos com o begomovírus, e estamos acompanhando, dia a dia, a reação das plantas hospedeiras, para saber se as espécies são ou não transmissoras”, disse Krause Sakate. 
Inseto é uma das pragas mais temidas nas lavouras de tomate, feijão, melão e batata. A questão agora, para o grupo da Unesp e do IAC, é saber se as espécies indígenas também transmitem vírus (divulgação) 

Link:

Importância da flora espontânea - XIII

Texto


Marcos Roberto Furlan (Eng. Agrônomo)
Vera Marcia Domingues da Silva (Acadêmica de Biologia)

Nos quintais tem uma planta que nasce sem a ajuda do ser humano, cuja característica da folha tem uma relação com um de seus nomes populares, isto é, as suas folhas são mais esbranquiçadas e pilosas na parte inferior e, por isso, recebe o nome de língua-de-vaca. Mas também tem um nome que causa confusão, que é arnica ou arnica-do-mato, sem ter muita semelhança botânica com a Arnica Montana L., exceto que pertence a mesma família botânica (a Asteraceae) e também ser usada como anti-inflamatória  No entanto, é cada vez mais raro essa espécie receber o nome arnica.

Seu nome científico é Chaptalia nutans (L.) Polak. e ainda pode receber as denominações populares de costa-branca, fumo-do-mato, erva-de-sangue, tapira e serralha-de-rocha. Apesar de ser considerada uma planta invasora ou, injustamente, uma planta daninha, ela não é muito agressiva, e, quando ocorre, são poucos os exemplares presentes. Graças a sua grande produção de sementes, consegue ainda sobreviver e marcar presença nos quintais e nos seus arredores.

Como não tem muita “arma” para se defender da competição com as outras, ocorre em ambientes cujo solo está degradado, e que pode ser tanto ensolarado quanto semi-sombreado. No Brasil, pode ocorrer em todos os biomas, ou seja, é encontrada do Norte ao Sul, apesar de ser originária de regiões tropicais. E na América, é distribuída do México até a Argentina (YAMASHITA et al., 2009).

Com relação às suas principais características botânicas, é classificada como herbácea. Suas folhas saem em forma de roseta, alcança até 20 cm de altura e a inflorescência é formada em capítulo lilás ou roxo.
Folhas de Chaptalia nutans em forma de roseta

Na medicina popular, seu uso é amplo, e a comunidade usa, por exemplo, para tratamento da anemia, da febre, de dor de cabeça, de doenças de pele, da herpes e,  também, como diurética, além do já citado uso como anti-inflamatória  São utilizadas as folhas, a inflorescência e as raízes, em forma de decocção, cataplasma, infusão e xarope das sementes torradas contra tosse.

Infelizmente, talvez por não ser comum em outros Continentes, exceto as Américas Central e do Sul, a língua-de-vaca é pouco pesquisada do ponto de vista de suas ações farmacológicas. Pesquisas comprovaram a ação anti-inflamatória e antimicrobiana em feridas contaminadas por bactérias devido à ação furanocumarinas presente nas raízes da C. nutans (TRUITI et al., 2003). E outras espécies do gênero Chaptalia estão sendo pesquisadas.

Outros princípios ativos da planta são ácido parasórbico, 3a-hidroxi-5 metilvalerolactona, nas partes aéreas e nas folhas há também prunasina (TRUITI et al., 2003). 

Outros usos, é uma planta apícola, com a vantagem de florescer o ano todo.

Referencias

BEVILAQUA, G. A. P.; SCHIEDECK, G.; SCHWENGBER, J. E. Identificação e tecnologia de plantas medicinais da flora de clima temperado. Circular Técnica 61. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: Pelotas, 2007. (http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/download/circulares/Circular_61.pdf)

TRUITI, M.C.T.; SERRAGIOTTO, M.H.; FILHO, B.A.A.; VATARU, C.N.; FILHO, B.P.D. Actividade antibacteriana in vitro de uma 7-O- b -D-glucopiranosil-nutanocoumarin de Chaptalia nutans(Asteraceae). Mem. Inst. Oswaldo Cruz, v. 98 n.2, 2003.

YAMASHITA, O.M.; GUIMARÃES, S.C. ALBUQUERQUE, M.C.F.; CARVALHO, M.A.C.; SILVA, J.L Efeitos de fatores ambientais induzidos na germinação de sementes de Chaptalia nutans (L.) Polack. Revista Brasileira de Sementes, v. 31, n. 3, p.132-139, 2009 (http://www.scielo.br/pdf/rbs/v31n3/a15v31n3.pdf)



Paulo Schwirkowski (FloraSBS)

A força das flores (da Revista Nestlé Bio)

Bonitas, nutritivas, saborosas e pouco calóricas – as flores comestíveis são uma festa para o paladar

Há muitas primaveras — muitas mesmo —, o cravo tem insistido em brigar com a rosa na famosa canção infantil. O resultado dessa violência botânica gratuita? Um ferido, a outra despedaçada e crianças impressionadas. Quer dar um melhor destino para as pétalas de ambos? Comece decorando uma boa salada! 

Isso mesmo. Mas só se as duas espécies forem de procedência orgânica, livres de pesticidas e outros tipos de contaminantes tóxicos. Os cravos túnicos (Tagetes patula ou Tagetes erecta) darão um leve toque de amargor, além de emprestar beleza ao conjunto, com suas pétalas rugosas e de coloração amarelo-limão ou tangerina. No caso das rosas (Rosa spp), despreze apenas a base esbranquiçada de cada pétala, lave-as suavemente e salpique sobre uma salada de folhas verdes. Sua consistência aveludada, aliada a um sabor adocicado e levemente perfumado, vai adicionar um toque de sofisticação ao seu prato. 

Figurinha carimbada da culinária oriental — especialmente da cozinha árabe —, a rosa foi muito popular na Inglaterra vitoriana do século 19. Suas pétalas podiam ser desidratadas para aromatizar o chá da rainha, ser conservadas em vinagre para dar mais sabor às saladas ou até mesmo ser glaceadas com claras de ovos e açúcar para enfeitar e emprestar perfume a doces variados.

Primavera no prato 

Muitos ainda se surpreendem com as embalagens de plástico transparente, repletas de flores coloridas, em meio às gôndolas refrigeradas de verduras e legumes dos supermercados brasileiros — retrato contemporâneo que faz parte de uma longa tradição gastronômico-floral da humanidade que remonta, no mínimo, aos antigos egípcios. Por outro lado, há aqueles que não se dão conta de terem, por muitas vezes, saboreado flores em sua dieta habitual. 

Isto porque, alcaparras, por exemplo, são botões da flor Capparis spinosa. A alcachofra, o brócolis e a couve-flor, só para ficar em três notórios frequentadores de nossas mesas, também são flores. Em nome da precisão botânica, seriam, na realidade, inflorescências — nomenclatura que define estruturas que reúnem mais de uma flor em um mesmo pedúnculo. Descomplicando: cada um ao seu modo, seriam pequenos “ramalhetes” naturais. 

Mas ninguém em sã consciência presentearia alguém com um buquê de brócolis, ou enfeitaria um vaso na sala com couve-flor. Logo, a muita gente causa maior estranheza se imaginar mastigando pétalas e sépalas de flores coloridas e de beleza ornamental, como rosas, violetas, begônias, calêndulas, crisântemos, tulipas, alfazemas e amores-perfeitos. Mas elas têm frequentado com cada vez maior assiduidade os cardápios dos restaurantes, acompanhando saladas, sopas, doces, sorvetes, no interior de cubos de gelo das bebidas, e onde mais a imaginação permitir. 

“Algumas espécies menos conhecidas do grande público, como as cravinas e as verbenas, também começam a marcar presença”, afirma Giulio Cesare Stancato, pesquisador do Centro de Horticultura do Instituto Agronômico, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Stancato frisa que é muito importante buscar produtores especializados e confiáveis e que se deve evitar a ingestão aleatória de flores sem a devida orientação. 

“Existem flores que possuem princípios tóxicos em sua estrutura fitoquímica e não devem ser usadas na alimentação humana de forma alguma”, alerta o pesquisador, “como algumas flores ornamentais populares como lírio, copo-de-leite, violeta-africana, bico-de-papagaio e azaleia, entre outras”. 

Floresce um novo mercado 

Embora ainda responda por um parcela ínfima do total da produção de flores de corte e de flores envasadas do país, voltadas para a aplicação ornamental e para a indústria de essências aromáticas, o mercado de flores comestíveis orgânicas tem-se desenvolvido muito na última década e promete desabrochar em variedade e importância econômica nos próximos anos. 

“Elas têm um valor agregado significativo”, explica Deborah Orr, proprietária de uma produtora orgânica situada em Cerquilho, no interior de São Paulo, especializada na venda de flores comestíveis, ervas finas frescas e brotos para restaurantes refinados da Capital. Entre as flores comestíveis que cultiva, destacam-se não apenas flores de beleza ornamental, como crisântemo, borago, capuchinha, amor-perfeito, mas também flores de legumes como a flor-de-abóbora – também conhecida como cambuquira – ou de ervas, como a flor-de-coentro e a flor-de-manjericão. 

Além disso, Deborah destaca que alguns brotos de flores também são muito apreciados pelos chefs "como os brotos de girassol, que são ótimos acompanhantes para saladas”. Os paulistas lideram a produção nacional de flores orgânicas comestíveis, seguidos pelos mineiros 

Beleza que nutre 

Mas, além da beleza das cores, do perfume e das sutis nuances de sabor, será que as flores comestíveis são, de fato, nutritivas? Ainda há poucas pesquisas científicas dedicadas ao setor, mas elas parecem indicar resultados muito positivos quanto ao aspecto nutricional das flores, como as constatações presentes na dissertação de mestrado de Patrícia Yuasa Niisu, defendida junto à Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp. 

Sua pesquisa revelou que uma das flores comestíveis mais consumidas, a capuchinha ou nastúrcio (Tropaeolum majus), é rica em luteína, carotenoide associado à prevenção de problemas oftamológicos como a catarata e a degeneração macular — principal causa de cegueira entre indivíduos com mais de 55 anos de idade. “Carotenoides são pigmentos amplamente distribuídos na natureza, responsáveis pelas cores laranja, amarela e vermelha de diversos tecidos. 

Embora não haja uma recomendação formal quanto à quantidade a ser ingerida, alguns estudos apontam que o consumo prudente dessas substâncias pode auxiliar no fortalecimento do sistema imunológico e na redução de doenças degenerativas”, afirma a pesquisadora. 

Flores de fé 

Embora o amor-perfeito seja considerado por muitos espíritos mais religiosos como um representante da Santíssima Trindade por causa da sua pigmentação tricolor, poucas plantas arrastam em seu nome tanta devoção religiosa quanto a ora-pro-nobis. Muito apreciada na culinária mineira, principalmente por suas folhas, a ora-pro-nobis recebe este nome do latim (que significa “orai-por-nós” em português) em razão de uma lenda. Nela, a planta faria parte do jardim de um padre que vivia rezando em voz alta, enquanto vizinhos aproveitavam sua distração para colher escondidos as folhas da planta e adicioná-las a suas refeições. 

As folhas da ora-pro-nobis são seu carro-chefe, mas se engana quem pensa que suas delicadas e brancas flores não podem ser aproveitadas na culinária. O apicultor e pesquisador paulista de origem grega Nikolaos Mitiotis, que se dedicava ao estudo da ora-pro-nobis (Pereskia aculeata) aplicada à apicultura, acabou se rendendo — assim como as abelhas que estudava — ao sabor levemente adocicado de suas flores. 

Segundo ele, as saladas floridas assumem dois valores nutritivos distintos conforme a hora da colheita. “Se forem colhidas nas primeiras horas da manhã, antes de serem visitadas por abelhas e demais insetos polinizadores, a salada resultante terá maior concentração proteica. Afinal, cada flor carrega em si cerca de 15 a 20 miligramas de néctar e pólen — e o pólen é quase proteína pura”. 

Mitiotis aconselha temperar a salada com limão-cravo ou vinagre de maçã, além de adicionar à mistura algumas folhas de rúcula, a fim de dar um sabor mais picante ao conjunto. 

Biologia e simbolismo 

"Sempre haverá aqueles que creditam valores afrodisíacos ao consumo de flores (algo não amparado pela ciência). Em termos estritamente botânicos, contudo, as flores são os órgãos reprodutivos dos diversos integrantes de uma subdivisão do reino vegetal batizada de angiospermas". Nas flores, encontram-se as estruturas masculinas (estame ou androceu) e femininas (pistilo ou gineceu). Enquanto as sépalas formam o cálice na base da flor e protegem as estruturas mais internas como o ovário, as pétalas têm a função de atrair insetos polinizadores e, em alguns casos, paladares humanos. 

Do ponto de vista simbólico, flores foram associadas ao longo da história humana ao renascimento e à transcendência. No pensamento místico oriental — principalmente no budismo —, isso fica muito claro no exemplo da flor-de-lótus (Nelumbo nucifera), que nasce e desabrocha no meio do lodo dos pântanos. E, embora possa parecer um pouco sacrílego, também podemos comer suas pétalas brancas ou levemente rosadas — bem como suas folhas, sementes e rizomas. 

Nos anos 1970, jovens de diversas partes do mundo pediram que usássemos flores nos cabelos. Transformadas em ícone do movimento hippie, as flores eram quase onipresentes nas estampas psicodélicas da contracultura, como um gesto de paz em oposição à violência do sistema, das armas e das guerras que ceifavam as vidas de jovens inocentes. 

Seja emprestando beleza, perfume, sabor ou transcendência, uma coisa parece ser certa: as flores, com sua delicadeza, serão sempre poderosos lembretes da efemeridade da vida e da possibilidade infinita de transformação da natureza.


Texto completo no link:

Alimentos não convencionais no quintal (capuchinha - III)

Receita com capuchinha


Receita da nutricionista e amiga Vanderli Marchiori (Vice-presidente da Associação Paulista de Fitoterapia – APFIT)

Risoto de limão com medalhão de filé mignon e shimeji e capuchinhas

Ingredientes:

  • medalhão com shimeji
  • 4 medalhões de filé mignon 
  • 4 colheres (sopa) de azeite de oliva 
  • 200 g de shimeji limpo
  • 4 colheres (sopa) de shoyu 
  • sal e pimenta-do-reino a gosto
  • risoto
  • 3 colheres (sopa) de azeite de oliva 
  • 1 cebola pequena picada
  • 1 xícara (chá) de arroz arbóreo 
  • raspas da casca e suco de 1 limão siciliano 
  • 2 colheres (sopa) de manteiga 
  • sal a gosto
  • 12 flores de capuchinha

Modo de Preparo:

Risoto

Leve ao fogo uma panela com 3 xícaras (chá) de água até ferver. Em outra panela, coloque o azeite de oliva e a cebola. 

Leve ao fogo e refogue até a cebola ficar transparente. 

Junte o arroz e o sal e refogue, mexendo rapidamente e sem parar, até os grãos ficarem brilhantes e agrupados. 

Acrescente o suco e as raspas de limão e o sal e deixe cozinhar até secar um pouco. Sem parar de mexer, cozinhe até o arroz ficar al dente, adicionando a água fervente, aos poucos (1/2 xícara de chá a cada vez). 

O risoto estará pronto quando o grão ficar macio, mas firme. O resultado deve ser uma preparação úmida, mas sem caldo. 

Adicione a manteiga, acerte o sal, misture e desligue o fogo. Tampe a panela e deixe descansar por 3 minutos antes de servir. 

Medalhão com shimeji: 

Coloque os medalhões numa frigideira com o azeite de oliva bem quente. 

Frite até dourar de maneira uniforme. 

Tempere com sal e pimenta-do-reino, retire do fogo e mantenha os medalhões aquecidos. 

Na mesma frigideira, coloque o shimeji e refogue, salteando de vez em quando, por 3 minutos. Junte o shoyu, misture e, depois de 1 minuto, retire do fogo. 

Distribua o risoto nos pratos, coloque os medalhões ao lado e complete com os shimejis. Decore o risoto com fatias finas de limão e as flores de capuchinha e sirva em seguida.

Alimentos não convencionais no quintal (capuchinha - II)

Publicação exclusiva sobre capuchinha

Sobre valores da capuchinha com relação aos carotenoides:

Alimentos não convencionais no quintal (capuchinha - I)

Capuchinha (Tropaeolum majus L.)

Texto 
Marcos Roberto Furlan (Eng. Agrônomo) 
Isabella Ribeiro (Acadêmica Nutrição – Unitau) 

Sobre as espécies cultivadas no Horto de Plantas Medicinais, Condimentares e Aromáticas do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de Taubaté - Unitau, a capuchinha (Tropaeolum majus L., família Tropaeolaceae) se destaca por ter belas flores, ser comestível e nascer espontaneamente. Aliás, em regiões de clima temperado, se desenvolve melhor e cresce com facilidade nos quintais, terrenos baldios e nas praças. Como Taubaté é de clima mais quente, no verão ela desaparece se não for irrigada constantemente.

Neste blog, poderá ver um outro texto sobre a espécie no link, o qual inclui mais observações:

Além de capuchinha, a espécie possui nomes populares, como, por exemplo, chagas, alcaparras-de-pobre, nastúrcio, falsa-alcaparra e agrião-do-méxico. Originária do Peru, atualmente, é encontrada em boa parte do Brasil (espontânea nas regiões mais frias e cultivadas nas demais regiões), e se espalhou em muitas regiões do mundo. Seu plantio pode ser tanto por sementes quanto por estacas de galho, as quais enraizam rapidamente. 

As flores das espécies que ocorrem no Brasil possuem coloração bem vibrante, podendo ser de três cores, laranja, vermelha e amarela. Saem da região axilar, e o fruto possui cerca de 2 cm de diâmetro e a sua semente é relativamente grande. Há espécies tuberosas e outras com flores azuis, mas não são comumente encontradas no Brasil.

Como o texto é sobre o uso das espécies espontâneas na culinária, a capuchinha se destaca, pois é usada como condimento (conservas dos frutos e flores, por exemplo), em saladas, cozidos e até suas flores, além de ornamentar os pratos, também são consumidas.

Dentre as substâncias encontradas na planta, ocorre a presença de vitamina C (com teor considerável do ácido ascórbico de acordo com pesquisas ainda não publicadas e realizadas na UNITAU), a mirosina, glicose, frutose, óleo gordo, albuminas, óleo essencial, glicosídeo, resinas, pigmentos, pectinas e sais minerais (RIBEIRO et al., 2012). 

Há muitos países que possuem o hábito de consumir flores comestíveis, como o amor-perfeito, a cravina e a capuchinha, e, no Brasil, esse hábito ainda não é muito explorado. 

A semente é chamada de "falsa alcaparra", é uma planta que pode ser consumida inteira. A flor possui um sabor semelhante ao do agrião e levemente picante, e o seu preço girarem torno de R$ 5,00 uma quantidade entre 7 a 18g, o que é considerável. 


As variações climáticas e as condições edáficas influenciam na fase de produção e na variação da quantidade demandada, o que, conseqüentemente, faz os preços variarem conforme a estação do ano. 



Golze e Souza (2008) realizaram uma pesquisa sobre Aceitabilidade de alimentação à base de capuchinha e concluíram que dos entrevistados, 30% consideraram a espécie muito saborosa, e 70% saborosa, sendo que 61% disseram que ela possui um sabor picante e 22% afirmaram possuir um sabor adocicado.



As folhas, de acordo com Ribeiro et al. (2012), podem ser conservadas durante quatro dias sob refrigeração a temperatura média de 12 ± 0,5ºC associada ao recobrimento com filme PVC.


Referência bibliográfica 



GOLZE, V.L.; SOUZA, T.A. Aceitabilidade de alimentação à base de capuchinha (Tropaeolum majus). Revista Brasileira de Agroecologia, · v. 3, n. 2, p. 27-30, 2008.
(http://www.aba-agroecologia.org.br/ojs2/index.php/cad/article/view/3220/2617)

RIBEIRO, W. S.; BARBOSA, J. A.; COSTA, L. C. DA. Capuchinha (Tropaeolum majus L.). Brasília, DF : Kiron, 2012. 96 p.


RIBEIRO, W.S.; BARBOSA, J.A.; COSTA, L.C.; BRUNO, R.L.A.; ALMEIDA, E.I.B.; SILVA, K.R.G.; BRAGA JÚNIOR, J.M.; BEZERRA, A.K.D. Conservação e fisiologia pós-colheita de folhas de Capuchinha (Tropaeolum majus L.). Rev. bras. plantas med. [online]. v.13, n.spe, p. 598-605, 2011 . (http://www.scielo.br/pdf/rbpm/v13nspe/a16v13nspe.pdf)
Foto: Isabella Ribeiro

España incumple la directiva de transgénicos

La legislación comunitaria exige la creación de un registro público con la localización exacta de las parcelas cultivadas con transgénicos. Greenpeace ha presentado ante la Comisión Europea una denuncia contra España por el incumplimiento de las directiva europeas sobre la liberalización intencional en el medio ambiente de transgénicos y de acceso público a la información medioambiental. La legislación europea exige el establecimiento de un registro público con la localización exacta de las variedades transgénicas que se cultivan en cada Estado miembro, sin embargo el Ministerio de Agricultura, Medio Ambiente y Alimentación sólo da a conocer, año tras año, una estimación de las hectáreas cultivadas por provincias.

Esta actitud del Gobierno va contra la directiva 2001/18/CE del Parlamento Europeo y del Consejo, de 12 de marzo de 2001, sobre la liberación intencional en el medio ambiente de organismos modificados genéticamente (OMG). Asimismo, incumple la aplicación de la Directiva 2003/04/CE del Parlamento y del Consejo, de 28 de enero de 2003, relativa al acceso del público a la información medioambiental. La denuncia ha sido registrada con el número CHAP(2013)00460.

El Estado Español es perfectamente conocedor de que ha de cumplir con esta obligación de información y prueba de ello es que en el año 2011 el Ministerio de Medio Ambiente Rural y Marino ya estaba tramitando un proyecto de Real Decreto para crear un registro público de parcelas de cultivo. Así figura en el acta de la reunión número 89 de la Comisión Nacional de Bioseguridad (CNB) que se celebró el 13 de julio de 2011 en la que se hizo referencia a que se estaba tramitando un Real Decreto con esa finalidad y cuyo último borrador conocido es de julio de 2011.

El Gobierno, en respuesta escrita al Congreso de los Diputados con fecha de 29 de febrero de 2012, indicaba que "existe un borrador de Real Decreto para la creación de un registro público de parcelas cultivadas con Organismos Modificados Genéticamente, que se encuentra en fase de tramitación." Sin embargo, pasado ya más de un año desde entonces, este Real Decreto sigue sin ver la luz del día.

"España es el único país de la Unión Europea que permite el cultivo de variedades transgénicas a gran escala y lo lleva haciendo desde 1998 sin ninguna transparencia" ha declarado Luís Ferreirim, responsable de la campaña de Agricultura de Greenpeace España.

"Greenpeace espera que con esta queja se obligue a España a cumplir la legislación europea y se cree un registro público con la localización exacta de las parcelas donde se cultivan variedades transgénicas. El público tiene el derecho a conocer esta información y el Ministerio de Agricultura está obligado a ofrecerla. Además, es vital para sectores como la agricultura ecológica y la apicultura, donde España es el exponente máximo de la UE", ha concluido Ferreirim.

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Anvisa quer montar lista de fitoterápicos com eficácia e segurança comprovados


07.03.2013
Remédios fitoterápicos (novadermefarmacia.com.br)

Brasília - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no dia 8 de março, iniciativa regulatória (primeiro passo da Anvisa para fazer qualquer regulação de produtos) para revisão das normas nacionais sobre remédios feitos com plantas de uso tradicional no Brasil. Com isso, a agência regulatória pretende montar uma lista de fitoterápicos com eficácia e segurança aprovadas com base nos relatos da literatura científica sobre o uso tradicional.

Segundo a Anvisa, mesmo tendo histórico de uso com bons resultados, algumas substâncias não conseguem se enquadrar nas exigências regulatórias brasileiras. A agência acredita que a medida vai valorizar a biodiversidade do país, aquecer a indústria dos fitoterápicos e dar às pessoas um leque maior de opções terapêuticas.

O próximo passo é abrir uma consulta pública para que todos os interessados no tema possam se manifestar e, a partir daí, alterar as normas de regulação.

Edição: Fábio Massalli
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Relatório mostra aumento do uso de novas drogas no mundo

Pedro Peduzzi - Agência Brasil
05.03.2013
Em termos mundiais, o estudo mostra um aumento de admissões em salas de emergência e de ligações para centros de toxicologia em decorrência de novas substâncias psicoativas (Tanjila/Creative Commons)

Brasília - Um relatório lançado hoje (5) pela Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife) mostra de forma regionalizada a situação das drogas lícitas e ilícitas em diversas partes do mundo. O material, que corresponde ao ano de 2012, ajudará a entidade a cumprir seu papel de contribuir para implementação das convenções internacionais da Organização das Nações Unidas para o controle das drogas.

Em termos mundiais, o estudo mostra um aumento de admissões em salas de emergência e de ligações para centros de toxicologia em decorrência de novas substâncias psicoativas. Entre elas, muitas drogas legais e as chamadasdesigner drugs – drogas cujas fórmulas químicas são ligeiramente alteradas para evitar o enquadramento delas como substância ilícita, mas que mantêm o seu princípio ativo.

Há, segundo a Jife, centenas de design drugs sendo vendidas com facilidade na internet. A tendência é que esse tipo de droga cresça de forma constante. A Jife informa que essas substâncias representam uma ameaça à saúde pública e que são necessárias ações conjuntas dos países para prevenir sua fabricação, tráfico e uso.

Apesar de, nos últimos anos, o uso de drogas ilícitas ter se estabilizado na Europa, ele ainda se mantém em nível considerado alto e o grande desafio do continente é o consumo das novas substâncias psicoativas. O número de sites que vendem essas drogas para países da União Europeia aumentou mais de quatro vezes em dois anos. A Jife contabilizou 690 sites desse tipo em janeiro de 2012.

Segundo o relatório, a área total de cultivo de coca na América do Sul diminuiu em 2011 em comparação com o ano anterior. No entanto, a Jife considera “motivo de preocupação” o fato de as grandes apreensões de maconha indicarem “aumento significativo” da produção de cannabisna região.

América Central e Caribe continuam sendo grandes áreas de trânsito para o tráfico da cocaína sul-americana na direção da América do Norte, que permanece como o maior mercado de drogas ilícitas do mundo e a que tem maiores índices de mortes relacionadas a ela. Lá, aproximadamente uma em cada 20 mortes de pessoas entre 15 e 64 anos está relacionada a drogas.

O tráfico de drogas tem, segundo o relatório, “efeito desestabilizador” na segurança regional das áreas sob sua influência. É o caso do México, onde mais de 60 mil pessoas foram mortas desde 2006 como resultado da violência relacionada a elas.

A maconha se mantém como a droga mais cultivada, traficada e usada no continente africano, mas estimulantes do tipo anfetamina são considerados pela Jife como “a mais nova ameaça na região”. O relatório aponta também aumento no abuso de cocaína na África Ocidental. Nos últimos anos, a região passou a ser rota de narcóticos, com destaque à cocaína vinda da América do Sul, com destino à Europa.

De acordo com a Jife, o sudeste asiático é um centro de fabricação ilícita de estimulantes como anfetamina e metanfetamina. A região foi responsável por quase a metade das apreensões desse tipo de droga, feitas em todo o mundo.

Junto com o leste do continente, esta é a segunda maior área de cultivo de papoula de ópio, com um quinto de toda a produção global, atrás apenas da Ásia Ocidental. O maior produtor continua sendo o Afeganistão. A apreensão de estimulantes ilícitos como cocaína e metanfetamina aumentou 20 vezes, entre 2001 e 2010, na Ásia Ocidental.

Edição: Fábio Massalli
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Saiba como se inscrever em curso online de inglês oferecido pelo MEC

MEC distribuirá 2 milhões de senhas para curso online (Takako Tominaga/Creative Commons)

Nesta semana foram abertas as inscrições para os estudantes interessados em participar do Programa Inglês Sem Fronteiras. A iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai oferecer um curso online de inglês para estudantes de cursos superiores de graduação e pós-graduação. A ideia é melhorar a proficiência dos alunos, principalmente aqueles interessados em pleitear uma bolsa de estudos em instituições estrangeiras por meio do programa Ciência sem Fronteira (CsF). Na primeira etapa serão distribuídas 2 milhões de senhas que dão acesso à plataforma My English Online (MEO), por onde será ministrado o curso. Saiba quem pode participar e como se inscrever para ter acesso ao programa.

Público: o Inglês sem Fronteiras se destina a estudantes do ensino superior, tanto de cursos de graduação como pós-graduação, de instituições públicas ou particulares. No caso dos alunos das universidades particulares, é preciso ter tirado nota mínima de 600 pontos em alguma das últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) entre 2009 e 2012.

Como se inscrever: o interessado deverá acessar a plataforma online de ensino para preencher um cadastro. Ele receberá um e-mail confirmando o envio das informações. Após essa etapa a Capes irá analisar os dados para conferir se o estudantes se encaixa nos pré-requisitos necessários. Não há um prazo limite para inscrição.

Se o cadastro for aprovado, o aluno receberá uma senha para ter acesso ao curso. De acordo com a Capes, não há um prazo para que as senhas sejam enviadas – elas serão liberadas a medida em que as informações forem analisadas.

Informe do Portal EBC, publicado pelo EcoDebate, 08/03/2013

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Propriedade intelectual não incentiva inovação em medicina e saúde

07/03/2013
Com informações do Inovação Unicamp

Ricos e pobres

Um estudo questiona a utilidade dos direitos de propriedade intelectual (PI) como mecanismo de incentivo para a inovação no setor de medicina e saúde em países em que não há mercados suficientemente competitivos.

O trabalho foi realizado em conjunto pela Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).

Apesar de esse sistema ser efetivo nas economias industrializadas, permitindo às empresas o retorno do capital investido, o mesmo não ocorre nos países onde os mercados são reduzidos.

O estudo afirma que a inovação em medicina e saúde exige uma complexa combinação de insumos dos setores público e privado, o que a diferencia de outras áreas por questões como ética na pesquisa médica, rigorosa estrutura regulatória, alto custo e elevado risco.

O atual sistema de pesquisa e desenvolvimento (P&D) nesse ramo está sofrendo mudanças profundas, que envolvem a criação de modelos diferenciados e a interação de um grupo maior de atores, destaca o estudo.

O relatório debate a interação entre esses temas e apresenta soluções para que tomadores de decisão, governantes, legisladores e ONGs possam suprir as necessidades sanitárias dos países sem infringir legislações e acordos internacionais.

Quebra de patentes

Ao enumerar exemplos de ações que beneficiaram a população ao ampliar o acesso a medicamentos, o estudo cita o Brasil, que empregou a quebra de patentes, ou licença compulsória.

Em 2007, o País emitiu uma licença compulsória da patente do efavirenz, utilizado para o tratamento da AIDS. Depois que a medida foi tomada, o preço da dose do medicamento caiu de US$ 1,59 (produto original) para US$ 0,43 (versão genérica), importada da Índia.

Segundo o documento, entre 2001 e 2005, o Brasil conseguiu economizar para os cofres públicos US$ 1,2 bilhão somente com a flexibilização de PI para compra de antirretrovirais.

Esse tipo de recurso não está restrito, no entanto, às economias em desenvolvimento. Mesmo países desenvolvidos, como Estados Unidos e Itália, já recorreram a esse expediente, por exemplo, em casos de práticas anticompetitivas que impediram o livre acesso a inovações na saúde.

Mecanismos para inovação

"Existem vários mecanismos diferentes para promover a inovação. Os direitos de propriedade intelectual são mecanismos de incentivo úteis, mas é discutível se o sistema de PI pode incentivar invenções em áreas em que não existe mercado", destaca o documento.

"A Comissão sobre Direitos de Propriedade Intelectual, Inovação e Saúde Pública da OMS constatou que o ciclo da inovação é autossustentado nos países industrializados, que contam com grandes mercados, permitindo dessa forma às companhias reaver seus investimentos em inovação. Isso não ocorre no caso dos países de baixa renda, em que os mercados são pequenos e os serviços de saúde não contam com recursos suficientes", conclui o documento.

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Como a enxaqueca sai dos neurônios e provoca dor

06/03/2013
Redação do Diário da Saúde

Depressão alastrante

Pesquisadores descobriram uma sequência de eventos no cérebro que pode ajudar a explicar como surge a enxaqueca.

Hulya Karatas e seus colegas da Universidade Hacettepe (Turquia) monitoraram o cérebro de voluntários para descobrir como uma atividade cerebral normal se transforma na terrível sensação de dor que é a marca registrada da enxaqueca.

A origem e o desenvolvimento da enxaqueca são fenômenos ainda pouco compreendidos.

Um possível ponto de partida da chamada aura da enxaqueca - o tipo de enxaqueca com dores mais fortes - é conhecido como depressão alastrante.

Trata-se de uma onda de ativação dos neurônios que começa lentamente, mas que leva a uma verdadeira disparada de íons carregados eletricamente, criando uma "tempestade" nos neurônios que pode ser vista por meio de imageamento médico durante as crises de enxaqueca.

Nervo trigêmeo

Karatas agora desvendou o caminho molecular que traduz o sinal neural de uma onda de depressão alastrante na liberação de proteínas pró-inflamatórias.

São essas proteínas que ativam as terminações nervosas do nervo trigêmeo, que é responsável pelas sensações no rosto e na boca.

Esse mecanismo, dizem os pesquisadores, pode ser a via de comunicação que cria a dor de cabeça quando os neurônios estão estressados e a depressão alastrante começa.

Segundo a equipe, conhecendo o mecanismo, torna-se possível desenvolver medicamentos que interrompam a cascata de eventos inflamatórios antes que ela ative o nervo trigêmeo.

O estudo foi publicado na revista Science.

Conhecendo o mecanismo, torna-se possível desenvolver medicamentos que interrompam a cascata de eventos inflamatórios antes que ela ative o nervo trigêmeo.[Imagem: Karatas et al./Science]

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Sal demais pode ser causa de doenças autoimunes

07/03/2013
Redação do Diário da Saúde

Rebelião imunológica

A incidência de doenças autoimunes - como a esclerose múltipla, diabetes tipo 1, lúpus, artrite reumatoide e outras - tem aumentado em todo o mundo.

Doenças autoimunes são aquelas causadas por um fenômeno conhecido como autoimunidade, quando o sistema imunológico ataca células da própria pessoa, como se elas fossem invasoras.

Agora, cientistas dos EUA e da Europa acreditam ter encontrado a razão para esse aumento: o sal presente na alimentação.

Não se trata de um estudo isolado, mas de uma série de artigos, de pesquisadores de várias instituições, publicados simultaneamente na edição da revista Nature desta semana.

Sal, genes e ambiente

Segundo os cientistas, a pesquisa foi inspirada, em parte, por uma observação de que comer em restaurantes fast-food tende a provocar um aumento na produção de células inflamatórias, que são mobilizadas pelo sistema imunológico para responder a uma lesão ou a organismos invasores - a diferença é que, nas doenças autoimunes, o ataque se volta para os tecidos saudáveis.

Os pesquisadores mostraram como o sal pode induzir e piorar as respostas imunológicas patogênicas.

Além disso, eles descobriram que a resposta imunológica disparada pelo sal consumido na dieta é controlada por genes envolvidos em uma variedade de doenças autoimunes.


"Estas não são doenças causadas apenas por genes defeituosos ou doenças causadas pelo ambiente, são doenças fruto de uma interação ruim entre os genes e o meio ambiente," disse o Dr. David Hafler, autor de uma das pesquisas.

Sal a gosto com bom senso

Os estudos mostraram que o aumento no nível de sal na dieta de cobaias induziu a produção de um tipo de célula T (Th17) que já se sabia estar associada a doenças autoimunes, e que os animais com dietas ricas em sal desenvolveram uma forma mais grave de esclerose múltipla, a encefalomielite autoimune experimental.

Os pesquisadores ressaltam que simplesmente baixar o consumo de sal depois que uma doença autoimune já se instalou não parece ser suficiente para reverter a situação, embora isto não tenha sido objetivo da série de estudos que acabam de ser publicados.

Para as pessoas que ainda não desenvolveram a doença, contudo, a recomendação é clara e incisiva: baixar o consumo de sal e evitar as chamadas "comidas porcaria" (junk food) e alimentos processados.


Link:
http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=sal-demais-causa-doencas-autoimunes&id=8639&nl=nlds

quinta-feira, 7 de março de 2013

Processed Meat Linked to Premature Death, Large Study Finds

Mar. 7, 2013 — In a huge study of half a million men and women, research in Biomed Central's open access journal BMC Medicine demonstrates an association between processed meat and cardiovascular disease and cancer.

One of the difficulties in measuring the effect of eating meat on health is the confounding effect of lifestyle on health. Often vegetarians have healthier lifestyles than the general population, they are less likely to smoke, are less fat, and are more likely to be physically active. Only within a very large study can the consequences of eating meat and processed meat be isolated from other lifestyle choices.

This EPIC (European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition) study involved ten countries and 23 centres in Europe and almost half a million people. In general a diet high in processed meat was linked to other unhealthy choices. Men and women who ate the most processed meat ate the fewest fruit and vegetables and were more likely to smoke. Men who ate a lot of meat also tended to have a high alcohol consumption.

A person's risk of premature death (increased risk of all cause mortality) increased with the amount of processed meat eaten. This is also true after correcting for confounding variables, although residual confounding cannot be excluded. However, a small amount of red meat appeared to be beneficial which the researchers suggest is because meat is an important source of nutrients and vitamins.

Prof Sabine Rohrmann, from the University of Zurich, who led this analysis explained, "Risks of dying earlier from cancer and cardiovascular disease also increased with the amount of processed meat eaten. Overall, we estimate that 3% of premature deaths each year could be prevented if people ate less than 20g processed meat per day."

This article marks the launch of an article collection on Medicine for Global Health in BMC Medicine. The collection focuses on public health initiatives, the development of health care policies and evidence-based guidelines which are needed to address the global burden of disease. Vulnerable populations, especially in low and middle income countries, continue to be seriously affected by non-communicable and infectious diseases including neglected tropical diseases, while complications during pregnancy and childbirth in these regions leave mothers and infants at risk of severe disability or death.

Journal Reference:
Sabine Rohrmann et al. Meat consumption and mortality - results from the European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition.BMC Medicine, 2013; 11 (1): 63 DOI: 10.1186/1741-7015-11-63

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Industrial Chemicals Found in Food Samples

Mar. 6, 2013 — Researchers at The University of Texas Health Science Center at Houston (UTHealth) have discovered phthalates, industrial chemicals, in common foods purchased in the United States. Phthalates can be found in a variety of products and food packaging material, child-care articles and medical devices.

"Although it's not completely understood how phthalates get into our food, packaging may be a contributor to the levels of the toxin in food," said lead investigator Arnold Schecter, M.D., M.P.H., professor of environmental health at The University of Texas School of Public Health Dallas Regional campus, part of UTHealth.

The study is published in the online edition of Environmental Health Perspectives. Schecter believes this is the first study to compile an analysis of phthalates in foods found in the United States. National Institutes of Health researcher Linda Birnbaum, Ph.D., is the senior author on the study publication.

"It's unfortunate that we have these toxic chemicals in our bodies," said Schecter. "However, this is not a cause for alarm because the amount of phthalates found in the food falls below what the Environmental Protection Agency considers safe. But it is cause for concern because these toxins and others previous reported by this group do not belong in our food or our bodies."

Phthalates are synthetic compounds that are used as a plasticizers and in personal care products such a shampoo, soap, perfumes and other common household products. According to Schecter, exposure to phthalates has been reported to be associated with harmful effects including reproductive changes such as damage in sperm, premature breast development in girls and premature birth.

A sample of 72 commonly consumed foods including pizza, meats and beverages from supermarkets in Albany, N.Y., were purchased and tested for the presence of phthalates. Researchers detected some level of phthalate in every food product they sampled, Schecter said.

Schecter believes further research is necessary to fully characterize phthalates in U.S. foods.

The study was funded by the Gustavus and Louise Pfeiffer Research Foundation.

In other studies, Schecter and his colleagues have found bisphenol A (BPA), a chemical produced in large quantities for use primarily in the production of polycarbonate plastics and epoxy resins, and hexabromocyclododecane (HBCD), a widely-used flame retardant, in foods. Polybrominated diphenyl ether (PBDE), another kind of flame retardant, was found in butter and its paper wrapping, which led to butter contamination.

Journal Reference:
Schecter A, Lorber M, Guo Y, Wu Q, Yun SH, Kannan K, Hommel M, Imran N, Hynan LS, Cheng D, Colacino JA, Birnbaum LS. Phthalate Concentrations and Dietary Exposure from Food Purchased in New York State.Environmental Health Perspectives, 2013 DOI:10.1289/ehp.1206367

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Bees Get a Buzz from Flower Nectar Containing Caffeine

Mar. 7, 2013 — You may need a cup of coffee to kick start the day but it seems honeybees also get their buzz from drinking flower nectar containing caffeine. Publishing in Science, researchers have shown that caffeine improves a honeybee's memory and could help the plant recruit more bees to spread its pollen.
You may need a cup of coffee to kick start the day but it seems honeybees also get their buzz from drinking flower nectar containing caffeine. Publishing in Science, researchers have shown that caffeine improves a honeybee's memory and could help the plant recruit more bees to spread its pollen. (Credit: © Mauro Rodrigues / Fotolia)


In tests honeybees feeding on a sugar solution containing caffeine, which occurs naturally in the nectar of coffee and citrus flowers, were three times more likely to remember a flower's scent than those feeding on just sugar.

Study leader Dr Geraldine Wright, Reader in Neuroethology at Newcastle University, explained that the effect of caffeine benefits both the honeybee and the plant: "Remembering floral traits is difficult for bees to perform at a fast pace as they fly from flower to flower and we have found that caffeine helps the bee remember where the flowers are.

"In turn, bees that have fed on caffeine-laced nectar are laden with coffee pollen and these bees search for other coffee plants to find more nectar, leading to better pollination.

"So, caffeine in nectar is likely to improve the bee's foraging prowess while providing the plant with a more faithful pollinator."

In the study, researchers found that the nectar of Citrus and Coffea species often contained low doses of caffeine. They included 'robusta' coffee species mainly used to produce freeze-dried coffee and 'arabica' used for espresso and filter coffee. Grapefruit, lemons, pomelo and oranges were also sampled and all contained caffeine.

Co-author Professor Phil Stevenson from the Royal Botanic Gardens, Kew and the University of Greenwich's Natural Resources Institute said: "Caffeine is a defence chemical in plants and tastes bitter to many insects including bees so we were surprised to find it in the nectar. However, it occurs at a dose that's too low for the bees to taste but high enough to affect bee behaviour."

The effect of caffeine on the bees' long-term memory was profound with three times as many bees remembering the floral scent 24 hours later and twice as many bees remembering the scent after three days.

Typically, the nectar in the flower of a coffee plant contains almost as much caffeine as a cup of instant coffee. Just as black coffee has a strong bitter taste to us, high concentrations of caffeine are repellent to honeybees.

Dr Wright added: "This work helps us understand the basic mechanisms of how caffeine affects our brains. What we see in bees could explain why people prefer to drink coffee when studying."

Dr Julie Mustard, a contributor to the study from Arizona State University, explains further: "Although human and honeybee brains obviously have lots of differences, when you look at the level of cells, proteins and genes, human and bee brains function very similarly. Thus, we can use the honeybee to investigate how caffeine affects our own brains and behaviours."

This project was funded in part by the Insect Pollinators Initiative which supports projects aimed at researching the causes and consequences of threats to insect pollinators and to inform the development of appropriate mitigation strategies.

Population declines among bees have serious consequences for natural ecosystems and agriculture since bees are essential pollinators for many crops and wild flowering species. If declines are allowed to continue there is a risk to our natural biodiversity and on some crop production.

Professor Stevenson said: "Understanding how bees choose to forage and return to some flowers over others will help inform how landscapes could be better managed. Understanding a honeybee's habits and preferences could help find ways to reinvigorate the species to protect our farming industry and countryside."

Journal Reference:
G. A. Wright, D. D. Baker, M. J. Palmer, D. Stabler, J. A. Mustard, E. F. Power, A. M. Borland, P. C. Stevenson.Caffeine in Floral Nectar Enhances a Pollinator's Memory of Reward. Science, 2013; 339 (6124): 1202 DOI:10.1126/science.1228806

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