sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Fiocruz alerta para cuidados contra a mosquito transmissor da dengue

15/01/2014 - 17h24

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – As chuvas de verão aumentam o risco de proliferação do mosquito transmissor da dengue, doença infecciosa que pode levar à morte. Para chamar a atenção sobre o problema, especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgam a iniciativa 10 Minutos Contra a Dengue, criada em 2011, para que as pessoas combatam o foco do Aedes aegypt dentro de casa.

A pesquisadora Rafaela Vieira Bruno informa que em 80% dos casos o Aedes aegypt vive e se reproduz dentro e no entorno das residências, e, se cada um evitar água parada em suas casas, será possível impedir o nascimento da grande maioria dos mosquitos nas cidades.

“Qualquer local que possa armazenar um pouquinho de água é suscetível para a fêmea colocar os ovos. E não apenas água limpa; ela consegue colocar em áreas com um pouquinho de matéria orgânica também”, comenta ela, ao mencionar que mesmo piscinas e fontes com chafariz podem servir de criadouro. “O ideal é fazer a limpeza periodicamente ou cobrir os locais. Cloro e água sanitária contribuem para eliminar o ovo [do mosquito]”, informa.

Rafaela explica que os ovos deixados pelo mosquito aguentam até um ano sem água e que basta um único contato com a água, em até dez dias, para eles se transformem em mosquitos aptos a transmitir a doença. A bióloga alerta, no entanto, que não é suficiente vistoriar o próprio quintal, se o vizinho não fizer a sua parte.

“O mosquito tem uma capacidade de voar até 800 metros. Se você não cuida, mas o seu vizinho cuida, ele pode ser picado por um mosquito que nasceu até 800 metros de distância da casa dele”, disse a pesquisadora. “Por isso, é tão importante que haja um esforço da comunidade em geral, de todo mundo”, completa.

As vistorias devem ser feitas em caixas d’água, para verificar que estão vedadas, calhas de chuva, ralos externos, vasilhas de animais, bandejas de ar-condicionado e de geladeiras, além de vasos sanitários desativados ou pouco utilizados e todos os outros locais que possam acumular água.

Edição: Beto Coura
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