terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Jarrinha Aristolochia birostris Ducht.; Flora do RN

Extraído do blog:


9 de fevereiro de 2014

Jarrinha Aristolochia birostris Ducht.; Flora do RN
Planta conhecida popularmente como Jarrinha, Angelicó, Papo-de-peru, Mil-homens, Macela e Capivara, mas cientificamente seu nome é Aristolochia birostris. O nome do gênero Aristolochia é de origem grega, aristos= bom e lochia= nascimento, parto. Recebeu esse nome devido a forma da flor de uma espécie desse gênero (Aristolochia clematitis) ser curvada, parecendo com um feto antes do nascimento, motivo pelo qual aquela planta era usada popularmente para facilitar o parto (STASI; HIRUMA-LIMA, 2002). Pertence à família Aristolochiaceae, a qual é constituída por apenas sete gêneros (Apama, Aristolochia, Asarum, Euglypha, Holostylis, Thottea e Saruma) e cerca de 600 espécies, representadas em todas as regiões do globo terrestre, exceto na Ártica e Antártica.

A Jarrinha (A. birostris) é uma trepadeira glabra de caule delicado, cujas folhas são longo-pecioladas, flores axilares, pequenas e solitárias, amarelo-pardacentas e lábio em forma de bico curvado, fruto do tipo cápsula oblonga,deiscente e sementes arredondadas. Todas as partes da planta exalam cheiro desagradável.
Segundo a literatura A. birostris é utilizadas no tratamento de câncer (WU et al, 2005), amenorreia e como abortiva (AGRA et al, 2007b). Além disso suas raízes são usadas como antiofídico, em especial contra veneno de cascavel (Crotalus durissus), e suas folhas como sudoríficas e anticatarrais (Correa, 1984). Compostos como terpenóides, lignóides (CONSERVA et al,1990), antraquinona e vanilina já foram isolados da planta (FRANÇA et al, 2003; 2005). A grandisina, lignoide encontrado na espécie, possui potente atividade contra o Trypanosoma cruzi (VERZA et al, 2009).

Aristolochia birostris é uma planta nativa e endêmica do Brasil. Está presente nos domínios fitogeográficos Caatinga e Cerrado com ocorrência predominante no Nordeste do país (BARROS, 2010). Durante minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, só visualizei essa espécie até o momento, no território do município de Campo Grande,na Serra do Cuó.

Referências

Det.: J. Jardim, set. 2013.

Malheiros, Sarah Guimarães de Lima. Estudo farmacobotânico de seis espécies de uso medicinal no nordeste brasileiro. João Pessoa, 2012. Dissertação (Mestrado) –UFPB/CCS.

Vanusia C. França, Karlete Vânia M. Vieira, Edeltrudes de O. Lima, José M. Barbosa-Filho, Emidio V.L. da-Cunha, Marcelo Sobral da Silva. Estudo fitoquímico das partes aéreas de Aristolochia birostris Ducht. (Aristolochiaceae). Revista Brasileira de Farmacognosia Brazilian Journal of Pharmacognosy 15(4): 326-330, Out./Dez. 2005.

Mil-homens. Disponível em:>http://www.hortomedicinaldohu.ufsc.br/planta.php?id=216<: 09="" acesso="" em:="" p=""> 

Jarrinha.Disponível em:>http://www.cnip.org.br/bdpn/ficha.php?cookieBD=cnip7&taxon=465 < : Acesso em: 09/02/2014.

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Um comentário:

  1. Na verdade, essa imagem se refere a Aristolochia disticha, outra espécie encontrada no Rio Grande do Norte.

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