quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Hibiscus sabdariffa L.

4 de fevereiro de 2014
Do blog:
O hibiscus mais conhecido é a flor ornamental (Hibiscus rosa-sinensisis) encontrado em muitos jardins, tipo na casa da vó. Já o de uso medicinal (Hibiscus sabdariffa L.) é originário da Ásia/África, e foi introduzido no Brasil como um alimento funcional.

Ele é um arbusto perene da família das malvacéas, gênero Hibiscus que compreende cerca de 200 espécies de plantas; pode atingir de 2 a 3m de altura. Dependendo da região recebe o nome de: hibisco, hibiscus, rosela, groselha, azedinha, quiabo azedo, caruru-azedo, caruru-da-guiné, quiabo-de-angola, cardadé, rosa da Jamaica, té de Jamaica (espanhol), red sorrel ou Jamaica sorrel (inglês), candade (italiano) afrikanische malve (alemão) e rosalle (francês). 

Contém propriedades medicinais de ordem diurética, digestiva, antiespasmódica; funcionando como calmante, laxante suave e até para corante e aromatizante. Suas sementes possuem cerca de 17% de óleo e 25% de proteína; assim, para partes diferentes da planta encontramos várias utlidades devido à sua constituição, por exemplo: as folhas são ricas em vitamina A e B1; sais minerais e aminoácidos. Quando bem jovens e tenras elas podem ser consumidas em saladas cruas; já um pouco mais velhas podem ser refogadas ou usadas para aditivar cozidos, sopas, feijão, etc. O cálice vermelho da flor tem um sabor azedinho (lembra framboesa), e contém ácidos cítricos, hibístico, maléico e tartárico. Ao ser triturado é perfeito na composição de geléias, doces, vinho, vinagre e sucos. No preparo de sucos são usuais os cálices crus ou cozidos, que são triturados no liquidificador com água, depois é só coar e adoçar a gosto. Por ser rico em flavonóides, o chá que é obtido a partir do cálice seco à sombra, e tido como poderoso antioxidante, auxiliando no combate aos radicais livres protegendo o coração e a pele do envelhecimento. Atualmente vem sendo utilizado como coadjuvante no tratamento da obesidade e no equilíbrio orgânico.

Benefícios do chá

  • Antioxidante
  • Reduz as toxinas
  • Auxilia na normalização da pressão arterial
  • Auxlia nas constipações intestinais
  • Auxilia na desintoxicação, responsável por reter líquido
  • Alivia inchaços, inclusive os de origem hormonal, no período menstrual
  • Diminuiu a formação de colesterol
  • Diurético
  • Retarda o envelhecimento da pele 
Modo de Preparo & Consumo

O Hibiscus sabdariffa pode ser encontrado nas variações: em pó, cápsula ou chá de caixinha, que vem triturado. nesses casos os benefícios podem sofrer variações; o ideal é fazer uso na forma in natura, e sem ser triturado. 

Coloque uma colher de chá de Hibiscus sabdariffa na quantia de uma xícara de chá de água fervente e deixe ferver por 3 minutos. Apague o fogo deixe em infusão por 5 minutos. Coe e beba. Pode ser consumido diariamente, entre as principais refeições; seja aquecido, gelado ou na temperatura ambiente. Evite reaquecê-lo depois de pronto e faça uso somente da quantia que irá beber no dia, para que o chá não oxide perdendo suas propriedades medicinais. Para seu melhor aproveitamento é indicado a não adição de açúcar. Se não for possível, acrescer um pouco de mel (boa qualidade). 

No auxílio da redução de peso o consumo desse chá específico tem eficácia por se tratar de uma bebida termogênica, que quando ingerida atua como coadjuvante estimulando a queima de gordura corporal podendo ser usado de forma conjugada (faz ótima parceria com o chá verde). Também encontramos na composição do Hibiscus sabdariffa, altas taxas de antocianina, um pigmento da família dos flavonóides com ação antioxidante (elimina os radicais livres) e antiinflamatória (combate a inflamação das células; permitindo seu funcionamento correto). Enzimas e mucilagens que atuam em diferente áreas, como por exemplo: no estômago facilitando a digestão, no intestino, onde impedem parte da absorção do carboidrato e da gordura dos alimentos e nos rins anulam temporariamente, a ação do hormônio antidiurético, quando o organismo aproveita para se livrar do excesso de líquido. Vitamina C que diminui a pressão dos vasos sanguíneos; melhorando a circulação e a perda de peso, por fim o cálcio essencial aos ossos.

Para obter eficiência em qualquer tratamento de redução de peso é fundamental, a mudança de hábitos alimentares incorretos e da prática de exercícios regularmente.

Importante: Toda planta possui princípios ativos que podem ser medicinais ou não. Sempre informe a seu médico de quais anda fazendo uso. Gestantes e mulheres no período de lactação consulte antes, se pode consumir o chá.
Para quem tem fácil acesso ao hibiscus fresco vale essa receita do blog Receituário de Cozinha.

Chimia* de Hibiscus sabdariffa

Ingredientes

1kg de cálices de Hibiscus bem frescos (higienizados e preparados - veja a seguir) 
500g de açúcar
500mL de água

Modo de fazer

Leve a água e o açúcar ao fogo em uma panela de preferência de fundo grosso e deixe ferver até que o açúcar se dissolva. Junte os cálices de Hibiscus misture bem e assim que começar a ferver novamente abaixe o fogo.

Cozinhe em fogo baixo com a panela semi-tampada, mexendo vez ou outra.

Quando o doce estiver bem brilhante e com consistência cremosa estará pronta. Para saber o ponto, passe a colher bem no meio da panela deverá formar um caminho, isso se chama “ponto de estrada” e indica que o doce está no ponto certo.

Mas vale dizer, se a geléia engrossar muito rapidamente e as pétalas do hibiscus ainda estiverem com aspecto fibroso e não cremoso “atrase o ponto” do doce, ou seja, acrescente mais um pouquinho (1/2 xícara) de água fria (vá colocando a água pelas bordas da panela) e deixe cozinhar mais um pouco até atingir o ponto desejado. Você poderá repetir isso quantas vezes achar necessário até o doce ficar no ponto desejado.

Depois de pronto é só passar para vidros bem esterilizados e secos.

Sirva com torradas, pães, bicoitos... Experimente junto com cream-chese, requeijão cremoso ou pasta de ricota. Também pode ser usada como recheio para bolos, tortas, etc.

Como preparar os cálices de Hibiscus

Para retirar a parte interna onde ficam as sementes basta cortar a base com uma faca e com a ponta (da faca) empurrar o frutinho de dentro, que lembra um pequeno quiabo, (são da mesm a família). Para usá-los nesta receita é preciso retirar também, a parte verde (na base) e depois cortar os cálices em gomos (use uma tesoura).
Nota (*). A palavra chimia vem do alemão schimer que significa uma espécie de doce pastoso, semelhante a uma geleia, bastante comum no sul do Brasil.

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