quarta-feira, 2 de abril de 2014

Lançamento da campanha ‘Índio é nós’ em São Paulo: 05/04, na Casa do Povo

Lançamento da campanha Índio é nós em São Paulo.

Cliquem nesta ligação para assinar nosso manifesto.

“Índio é nós” é uma mobilização nacional em prol dos direitos e das terras indígenas que, neste ano do cinquentenário do golpe de 1964, permanecem sendo alvo de ataque no Brasil.

Normas constitucionais e internacionais vêm sendo flagrantemente desrespeitadas, sem consulta às populações, descumprindo as condicionantes ambientais. São exemplo dessa escalada autoritária as obras de barragens dos rios da Amazônia, concebidas na ditadura militar.

”Índio é nós” compõe-se de uma rede independente de eventos pelo Brasil apoiada por nomes representativos de nossa cultura, como Gilberto Gil, Manuela Carneiro da Cunha, Eduardo Viveiros de Castro, Marlui Miranda, Adriana Calcanhotto, Alfredo Bosi, Deborah Duprat, Antonio Dias, Rubem Fonseca, Arnaldo Antunes.

Neste evento, abrimos ao público o manifesto pela demarcação das terras indígenas, bem como pela paralisação dos empreendimentos que estão sendo realizados à revelia dos direitos constitucionais desses povos e das convenções internacionais.

Local: Casa do Povo, Rua Três Rios, 252 (Bom Retiro). São Paulo/SP.

Programação:

14:00-15:00. Abertura e mesa com Artionka Capiberibe (Unifesp) e Pádua Fernandes (Índio é nós).
15:15-15:30. Fragmento XAPIRI: Companhia Oito Nova Dança e convidados.
15:30-16:00. Lançamento da revista Poesia Sempre, da Biblioteca Nacional: especial Cantos Ameríndios.
16:00-17:00. Mesa com Marcelo Zelic (Tortura Nunca Mais-SP) e David Martim (Aldeia Jaraguá).
17:00-17:15. Apresentação de Marlui Miranda.
17:15-19:00. Mesa com Manuela Carneiro da Cunha (Universidade de Chicago), Maria Rita Kehl (Comissão Nacional da Verdade) e Marta Azevedo (Unicamp e ex-presidente da Funai).


Neste portal estão disponíveis as atividades da campanha Índio é nós, bem como textos e vídeos sobre as questões indígenas no Brasil, manifestações artísticas, material para baixar da campanha e ligações para outros sítios relevantes na internet. Abaixo, está nossomanifesto.

Convidamos pessoas, instituições e grupos a se agregar a esta campanha, entrando em contato conosco para que divulguemos aqui suas atividades e somemos forças: Índio é nós.Este é nosso endereço eletrônico: indio.eh.nos@gmail.com. Estamos no twitter:https://twitter.com/Indio_eh_nos e no facebook: https://www.facebook.com/indioehnos.

Para assinar nosso manifesto e pedir a retomada das demarcações de terras indígenas e o respeito ao direito de consulta, clique nesta ligação.

Para colar nosso símbolo à imagem de seu perfil no twitter e/ou no facebook, clicar aqui:https://twibbon.com/Support/índio-é-nós

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MANIFESTO: ÍNDIO É NÓS

Índio é nós: não somos um grupo, somos vários. Agimos porque, neste ano do cinquentenário do golpe de 1964, permanecem os ataques às terras e às vidas dos índios no Brasil. Além da realização de projetos hidrelétricos da ditadura militar, como a usina de Belo Monte, assiste-se hoje à ofensiva, com franco apoio dos três Poderes, do agronegócio e dos grandes eventos esportivos contra o meio ambiente, as populações indígenas e as tradicionais.

Normas constitucionais e internacionais vêm sendo flagrantemente desrespeitadas, ignorando a necessidade democrática de consulta às populações interessadas e o cumprimento das condicionantes ambientais, em uma escalada autoritária e plutocrática incompatível com a democracia.

Na escalada dessa ofensiva, ocorreu o inominável “leilão da resistência” para financiar a apropriação de terras pelo agronegócio. Desde o nome, ele quis roubar dos índios até mesmo a posição que ocupam: a de resistir.

Em resposta ao genocídio dos povos indígenas, propõe-se a realização de uma rede de eventos autônomos, de natureza variada, porém sempre relacionados pelo mote da resistência contra o etnocídio e o genocídio, em prol dos índios e dos mortos e desaparecidos de ontem e de hoje.

As atividades, em diferentes lugares do Brasil e também no exterior, mostrarão, ao contrário do que apregoam os arautos do agronegócio e do desenvolvimentismo, que os índios não estão isolados e não representam o “atraso”.

Contra as barragens dos rios na Amazônia, os projetos anti-indígenas no Congresso Nacional e as milícias armadas que atacam impunemente as tribos; pela urgente demarcação das terras indígenas segundo critérios técnicos e não os interesses do agronegócio; pela real implementação dos direitos constitucionais e internacionais dos índios; pelos projetos de futuro inspirados pela indianidade, convidamos todos a se agregarem a esta campanha: Índio é nós.

… Lista de Signatários: …

coDebate, 02/04/2014

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