sábado, 14 de junho de 2014

Fatores psicológicos podem causar ou agravar doenças de pele, afirma dermatologista

Quem sofre com estresse, ansiedade, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo e outros traumas psicológicos pode sofrer com problemas de pele.
Foto: B. Boissonnet /BSIP/Corbis

Caspa, psoríase, vitiligo, manchas, acnes e dermatites são algumas das condições desencadeadas por fatores emocionais. “As psicodermatoses referem-se a qualquer doença que afeta a pele diretamente devido a fatores psicológicos, que exercem um papel significativo. O sistema nervoso central e a pele têm a mesma origem embrionária, então é comum a relação dos dois. O estado emocional pode tanto causar doenças como agravá-las”, explica a dermatologista Márcia Senra, especialista no assunto que atua no Hospital Federal de Ipanema/RJ.

Segundo a especialista, quem sofre com estresse, ansiedade, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo, esquizofrenia, hipocondria e traumas psicológicos pode sofrer com o problema. “A primeira coisa a ser feita é afastar as causas orgânicas, como problemas de circulação, reação medicamentosa ou problemas de sangue. Só depois serão avaliados fatores psicológicos. O dermatologista tem que trabalhar em conjunto com o psicólogo para descobrir a causa. Os quadros mais comuns são a automutilação, dermatites atópicas, arrancar os cabelos, acnes, psoríase, vitiligo, manhas e escamação. Todos esses sintomas são agravados pelo estado emocional do paciente”, alerta.

Algumas dessas doenças, como a urticária, o prurido e o vitiligo, apesar de poderem ser potencializadas por distúrbios emocionais, só se manifestam em pessoas com predisposição familiar. “A vitiligo é altamente genético, mas pode está relacionado a algum fator psicológico”, diz Márcia.

Livre das psicodermatoses – O tratamento da condição psicológica pré-existente traz benefícios na grande maioria dos casos. “Nos quadros em que o distúrbio psiquiátrico é a causa da doença, esse tratamento em conjunto é indispensável. O dermatologista vai ter um olhar diferenciado, vai buscar descobrir qual ponto de partida desta psicodermatoses”. Caso o especialista perceba que o problema é realmente psicológico, deve encaminhar o paciente para uma consulta psiquiátrica.

Segundo a dermatologista, é muito importante que se tenha clínicas dermatológicas trabalhando em conjunto com os serviços de psicologia. “Esse trabalho vai ajudar no diagnóstico e principalmente no tratamento dos pacientes. Se esses quadros não forem convenientemente tratados, essas alterações mantêm o problema na pele sem regressão. Além disso, é importante saber lidar com os efeitos psicológicos, para conseguir um estilo de vida melhor e evitar principalmente que as doenças de pele apareçam”, finaliza.

Evite o estresse:

- Mantenha uma alimentação adequada;
- Pratique atividades físicas;
- Descanse;
- Medite.

Fonte: Érica Santos / Comunicação Interna do Ministério da Saúde

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