quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Hábitos de vida saudáveis ajudam na prevenção de câncer

O câncer no Brasil poderia ser evitado se a população seguisse padrões de vida mais saudáveis. O aumento do sedentarismo e do consumo de comidas industrializadas, por exemplo, têm contribuído com o problema. Esta foi a perspectiva apresentada no primeiro dia do IV Fórum de Monitoramento do Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil realizado pelo Ministério da Saúde. O evento, que continua nesta quarta-feira (6/8) no Hotel Gran Bittar, em Brasília, é dirigido somente a técnicos, representantes de sociedades médicas, associações, universidades e organizações não governamentais.

Durante o encontro, a professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Gulnar Azevedo destacou que desde 1981 milhares de mortes poderiam ser evitadas no mundo, com a prática de exercícios físicos regulares e o abandono de excessos relacionados ao álcool, tabaco e alimentos inadequados. Em seu discurso, a pesquisadora demonstrou que apesar de haver diferenças entre países, cerca de 40% a 50% dos óbitos em decorrência de câncer não são atribuídos a fatores genéticos. Estão relacionados ao meio ambiente, ao estilo de vida adotado e a infecções.

“Considerando todas as doenças crônicas, temos que olhar para o câncer com maior preocupação. Apesar de vários tipos terem apresentado pequenas quedas, alguns não vão cair tão rápido porque são dependentes do estilo de vida ocidentalizado, da industrialização, da mulher ocupando espaços importantes no mercado de trabalho. Estas questões estão fazendo uma modificação demográfica da população, com a incorporação de hábitos completamente equivocados no campo da prevenção de câncer”.

De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde (DANTPS/SVS), Deborah Malta, o IV Fórum representa um momento ímpar para que todas as secretarias, diretorias e coordenações do Ministério da Saúde avaliem as ações realizadas, efetuando as devidas adequações para o aprimoramento do plano. “Hoje o maior desafio é o enfrentamento da obesidade. Desenvolvemos diversas iniciativas, como os programas Academia da Saúde e Saúde na Escola. Porém ainda temos um caminho a percorrer, envolvendo outros setores na formulação de políticas públicas”.

DCNT – o Plano de Ação para o Enfrentamento das DCNT foi lançado em agosto de 2011 e engloba um conjunto de medidas para reduzir em 2% ao ano a taxa de mortalidade prematura por enfermidades como câncer, diabetes e doenças cardiovasculares como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Construído em parceria com diferentes setores do governo e da sociedade civil, o plano prevê para a década 2012-2022 ações de vigilância, promoção e cuidado integral da saúde.

Fonte: Mariana Cordeiro/ Agência Saúde

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