quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Universidade em SP desenvolve ‘viagra caipira’ com pimenta asiática

Descoberta foi feita durante pesquisa para tratar o Mal de Chagas
A equipe da Unifran, universidade no interior de São Paulo, patenteou o “viagra caipira” .A equipe mostrou que uma das substâncias, a cubebina ou pimenta-de-java, nativa da Indonésia, tinha potencial para ser usada como medicamento contra a disfunção erétil em seres humanos, inclusive com vantagens em relação a fármacos que estão no mercado hoje, como o Viagra. Entre as vantagens do “viagra verde” estariam a diminuição dos efeitos paralelos comuns aos remédios contra a disfunção erétil.

Para falar sobre o assunto, o programa Nossa Terra entrevistou o farmacêutico da Unifran, Márcio Luís Andrade e Silva, que falou aos ouvintes da Rádio Nacional da Amazônia sobre a novidade, que pode beneficiar muitos homens que sofrem com a doença, já que ela diminui os efeitos colaterais do tradicional Viagra.

“Se confirmarmos os testes, não teremos efeitos colaterais, como ataque cardíaco, vermelhidão, irritabilidade, boca seca, hiperatividade e outras mudanças comportamentais. Comparamos a ação da cubebina com a do princípio ativo do Viagra e verificamos que ela é 50% mais potente”, ressaltou ele.

Márcio Luís contou que, para realizar a pesquisa, a pimenta exótica teve de ser trazida para o Brasil, após autorização do Ministério da Agricultura. A importação de mudas de plantas de qualquer espécie deve ser permitida pelo órgão como uma forma de preservar a agricultura brasileira.

O farmacêutico explicou, ainda, que a descoberta se deu através de uma pesquisa para tratar o Mal de Chagas. Segundo ele, em 2004, ao testar os resultados das pesquisas em camundongos, a equipe da Unifran percebeu que as substâncias colhidas da pimenta-de-java estavam causando ereção nos roedores.

Além disso, Márcio Luís ressaltou que o projeto da Unifran aguarda disponibilização de recursos por parte do governo para colocar o resultado da pesquisa em prática.

Produtor: Katia Lins

Confira a íntegra da entrevista no link:

Publicado no Portal EcoDebate, 12/11/2014

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