sexta-feira, 15 de maio de 2015

Como a agricultura urbana pode transformar o cultivo de plantas e alimentos

By Priscila Kichler Pacheco 20 de Abril de 2015
Você pode transformar qualquer espaço e fazê-lo prosperar.

Esse foi o princípio adotado pelo australiano Angelo Eliade (à esquerda), que transformou o jardim de sua casa em Melbourne em uma verdadeira fazenda urbana. Aliando sustentabilidade e economia, a agricultura urbana pode ser uma solução para os problemas de abastecimento alimentar – e, como mostra a experiência de Eliade, é aplicável em qualquer lugar.

Utilizando técnicas da permacultura, o australiano prova que é possível produzir diversos tipos de alimentos mesmo em áreas pequenas. Em seu blog, ele detalha uma a uma as etapas do projeto. Lá, a gente descobre, por exemplo, que a transformação levou quatro anos. Mas valeu a pena: o pátio da casa de Eliade passou de um jardim comum para um ambiente rico, onde frutas e vegetais crescem em quantidade.
(Foto: Deep Green Permacultura/Reprodução) 
(Fotos: Deep Green Permaculture/Reprodução)

Limão, maçã, figo, cereja, pêssego, uva, banana, feijão, pepino, batata, alface, cenoura, alho, entre muitos outros. Por ano, a plantação de Eliade produz em torno de 70 quilos de vegetais e 160 quilos de frutas. Além dos comestíveis e ornamentais, ele estima que o jardim abrigue ainda 95 espécies de ervas e plantas medicinais.

Para evitar o desperdício de água, a rega do jardim é feita com água da chuva, coletada em um sistema que permite a economia de pelo menos 21 mil litros por ano, considerando as médias de chuva na cidade e a capacidade de estoque. Evitar o desperdício, aliás, é um dos princípios da permacultura. No jardim de Eliade, nada é descartado: os resíduos são aproveitados como adubo para manter o solo saudável.
(Fotos: Deep Green Permaculture/Reprodução)

Especialista na construção dessas chamadas food forests, o australiano explica que a diferença entre um sistema desse tipo e um jardim comum é a autossustentabilidade: a natureza passa a controlar o ambiente por si mesma, trazendo benefícios diretos para a biodiversidade local.

O trabalho de Eliade mostra que, unindo sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente, é possível cultivar uma grande quantidade de alimentos mesmo em espaços pequenos, sem usar pesticidas, herbicidas ou fertilizantes químicos, sem desperdício de água e com pouco trabalho, deixando que a natureza tome conta do ambiente e faça o que faz de melhor: florescer.


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