sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

School feeding and possibilities for direct purchases from family farming


Educadores conectados levam cultura digital ao campo

Programa de formação online para professores ajuda a aproximar comunidades rurais da tecnologia

30/01/15 // ESCOLA
A primeira vez que Marlene Leal Franco usou um computador foi em 2013, quando a escola em que trabalha ganhou três notebooks e conexão à internet. Ela é diretora da Escola Municipal Franco, que fica na zona rural do município de Espírito Santo do Dourado, em Minas Gerais, uma das instituições beneficiadas pelo projetoEscolas Rurais Conectadas, da Fundação Telefônica, que leva conectividade para escolas de zonas remotas, as provendo de internet e infraestrutura.

Para que professoras como Marlene saibam usar e tirar proveito dos novos equipamentos, junto com eles chegaram às escolas oficinas online de formação de professores. A preparação dos educadores do campo para a cultura digital é o tema desta reportagem que faz parte série Tecnologia no Campo, produzida pelo Porvir em parceria com a Fundação Telefônica.
Crédito Retrostar / Fotolia.com

Marlene conta que, desde que sua escola recebeu os notebooks, ela já soma mais de 240 horas de oficinas realizadas. O feito é grande, levando em conta que cada curso demanda em média 10 horas de participação. “Essas oficinas mudaram o nosso olhar. Hoje em dia, a escola rural não pode ficar atrás, tem que acompanhar o que acontece no mundo, e os cursos ajudam por abordarem temas atuais e proporem atividades alinhadas com a realidade rural”, conta a diretora.

Em sua escola, ela desempenha o papel de educadora multiplicadora. Marlene é a única da equipe docente a realizar as oficinas online. “Nenhum de nós tem internet em casa e as professoras não conseguem ficar mais na escola para estudar, pois o ônibus passa na hora marcada para leva-las de volta para a cidade”, diz. Mas isso não a impede de transmitir o que aprende a suas colegas: “Eu salvo todo o material num pendrive, faço apostilas com as atividades e apresento para as professoras usando Datashow”.

Juliano Bittencourt, parceiro executor do projeto Escolas Rurais Conectadas, explica que a curta duração e o caráter prático das oficinas foram planejados estrategicamente com o intuito de otimizar o trabalho do educador de escola rural, respeitando as peculiaridades de seu contexto social e cultural. “O objetivo é manter o professor engajado a partir de necessidades muito concretas de sala de aula, aplicáveis e transferíveis de maneira simples e com impacto direto no aprendizado dos alunos”, ressalta.
“A escola rural tem que acompanhar o que acontece no mundo, e os cursos ajudam por abordarem temas atuais e proporem atividades alinhadas com a realidade rural”

A Escola Municipal Franco tem cerca de 50 alunos, divididos em quatro turmas multisseriadas. Segundo a diretora, um dos maiores desafios das professoras é determinar o nível de alfabetização dos alunos para planejar aulas e propor atividades adequadas. Ela conta que as oficinas explicam novas abordagens pedagógicas e estratégias que ajudam a identificar o estágio de letramento de cada estudante. “Com essas dicas as professoras passam a ter um ponto de partida mais embasado para entender as dificuldades de cada aluno e assim trabalhar em cima disso”.

Temas conectados

“Salas multisseriadas são uma salada. O maior desafio é conseguir despertar o interesse de todos ao mesmo tempo, com uma mesma atividade. Os alunos estão em níveis diferentes, aprendem em ritmos distintos, uns tem mais facilidade, outros engasgam”, relata a diretora que finaliza: “Temos que respeitar cada aluno, o grau de dificuldade do exercício tem que ser individual, e a tecnologia pode ajudar muito nesse sentido”.

Abordando temáticas relevantes a vida em áreas rurais, uma das oficinas ofertadas é sobre a produção de pomares domésticos. “A horta familiar é um tema bem do campo, bem próximo ao cotidiano dos estudantes”, aponta Marlene, que conta que através desse tópico foram realizadas diversas atividades envolvendo conteúdos pedagógicos de diferentes disciplinas.

Primeiro, os estudantes fizeram uma pesquisa, na internet, sobre o tipo de clima e o tipo de solo da região, o que era mais propício para ser plantado no local e que tipos de cuidado (como irrigação e adubagem) eram necessários. “Nesse momento trabalhamos história e geografia”, afirma a diretora. Depois de identificadas as frutas possíveis de serem cultivadas, foram abordados conteúdos de ciência, quando os alunos aprenderam as propriedades e vitaminas de cada fruta.

Eles trabalharam no pomar da própria escola e foram incentivados a fazer um em suas casas. Quando as frutas estavam próprias para o consumo, cada estudante foi desafiado a elaborar uma receita com o ingrediente. Assim, foram trabalhados conceitos matemáticos, de medidas e proporção. Esse projeto também contou com uma participação especial de um agrônomo da comunidade, convidado pela diretora a dar uma palestra para os estudantes.
“Queremos fazer os educadores enxergarem como a tecnologia tem um papel forte e transformador dentro das práticas de sala de aula”

Usando a tecnologia

Bittencourt ressalta que uma das principais funções desse programa é promover o contato dos professores, e consequentemente dos alunos, com os recursos tecnológicos. “Queremos fazer eles enxergarem como a tecnologia tem um papel forte e transformador dentro das práticas de sala de aula. Se conseguirmos isso, vamos conseguir promover neles o desejo pela inovação”, argumenta.

Marlene se mostra convencida. “É muito mais fácil ensinar com esses recursos, até para a gente é mais interessante. Não ficamos restritos apenas ao livro didático e ao quadro negro. A tecnologia deixa as aulas mais divertidas, une a turma e deixa os alunos mais engajados”, diz, que ainda ressalta a necessidade que os alunos do campo têm de se familiarizar com a tecnologia para se preparar para o trabalho no campo: “Mesmo alunos que quando crescerem forem trabalhar na roça vão ter que lidar com sistemas informatizados. Todos os tratores hoje possuem painéis digitais”, brinca a diretora.
por Regiany Silva / Porvir

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Agrofloresta pra todo lado

Agroecologia

Dicionário da Educação do Campo

Município de Volta Redonda vai produzir fitoterápicos com auxílio do MS


Parceiro da RedeFito Mata Atlântica Rio de Janeiro, Volta Redonda foi um dos 19 beneficiados pelo edital SCTIE/MS nº 1/2014, do Ministério da Saúde (MS). O município recebeu o valor de R$ 460.779,40 para desenvolver projeto com vistas à produção de fitoterápicos a partir das espécies medicinais Mikania glomerata Spreng (guaco) e Cymbopogon citratus Stapf (capim limão).

De acordo com informações do Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde (NGBS) do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), o programa será gerido pela Secretaria Municipal de Saúde de Volta Redonda (SMS/VR). O projeto prevê a realização de estudo e diagnóstico do cultivo para produção orgânica integrada em larga escala, considerando o manejo adequado de plantio e colheita de guaco e capim limão.

Segundo a representante da SMS/VR, Fabiola Martins, para a definição das espécies foram considerados vários fatores: o fato das espécies serem aclimatadas na região; as áreas com histórico de cultivo e possibilidade de desenvolvimento socioeconômico; a prevalência de enfermidades passíveis de intervenção com o uso de drogas vegetais e medicamentos fitoterápicos, no caso doenças do aparelho respiratório. Em saúde mental foram relevantes os transtornos de ansiedade e a possibilidade de diminuição das principais causas de morbidade hospitalar.

A dispensação atenderá a Política Municipal de Assistência Farmacêutica, por meio da Farmácia Municipal e dos dispensários existentes nas Unidades Básicas de Saúde da Família. Os diversos atores que participam nas diferentes etapas do projeto serão capacitados em uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos (PMF), com ênfase nas espécies definidas.

De acordo com Fabíola, a manutenção das parcerias acontecerá através de articulação, interação e cooperação entre os agentes de toda cadeia de PMF, numa rede de esforços para a melhoria da atenção à saúde e à integralidade do cuidado, ao fortalecimento da agricultura familiar, à geração de emprego e renda e à inclusão social.

Data: 06.01.2015
Link:

Cartilha #escolaparatodos do Movimento Down para promover educação inclusiva

O Professor da Farinha



Documentário curta-metragem, realizado em 2005, focalizando dois pequenos produtores de farinha de mandioca em nível de excelência: Benedito Batista da Silva, de Bragança, estado do Pará, na Amazônia, região Norte do Brasil, e Fermínio Nascimento, de Paulo Lopes, estado de Santa Catarina, região Sul do Brasil. No filme, os dois agricultores se apresentam e falam de sua profissão, ao lado de seus familiares. O processo é acompanhado passo-a-passo, desde a colheita até a venda da farinha. Cada um, é focalizado em toda a particularidade do seu trabalho, mostrando as semelhanças e as diferenças do processo de cada um. Este filme é um projeto do Instituto Maniva / Slow Food Rio de Janeiro .

O filme participou do Slow Food on Film 2006 e foi premiado no Festival de Cinema de Piratuba (Santa Catarina, Brasil). 

Diretor: Manuel Carvalho
Roteiro: Teresa Corção
Produção: Made for TV
Edição: Guido Cavalcante

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Toda Escuela Debería Tener Un Programa Como Este. Creciendo “Verde” En El Bronx

jueves, 29 de enero de 2015
Por: diarioecologia.com
Un torbellino de energía e ideas, Stephen Ritz es profesor en el recio y duro barrio del sur de Bronx, en Nueva York, donde él y sus muchachos cultivan jardines exuberantes que ofrecen alimentos, verdor y trabajo.

En 2003 Stephen Ritz, un profesor norteamericano, recibió una caja de semillas. Él hacía clases en un colegio en el sector del Bronx, área de Nueva York, que comúnmente podemos ver en películas de delincuencia y drogadicción.

No sabía qué hacer con ellas, así que simplemente las dejó tiradas tras un radiador. El calor hizo que éstas crecieran accidentalmente, floreciendo maravillosamente junto al sistema de calefacción.

Esas semillas no sólo dieron flores, sino también la idea perfecta que Ritz necesitaba para tener un mayor impacto en sus alumnos, niños y jóvenes provenientes de ambientes vulnerables y que lamentablemente estaban expuestos a tener un futuro no muy prometedor.

Ritz vio la agricultura como una metáfora para la educación: “Estamos plantando todo tipo de semillas-semillas académicas, semillas culturales y semillas de esperanza”, asegura Ritz en su página web. “Lo llamo cultivar las mentes y cosechar esperanza”.

Este proyecto, llamado The Green Bronx Machine, invita a los niños y jóvenes, muchos de cuales no tienen acceso a un hogar, comida sana o salud, a cultivar plantas y vegetales dentro de su comunidad, al mismo tiempo que aprenden ciencia, matemáticas, tecnología y habilidades del siglo 21.

Ritz comenzó con un jardín, en una tierra que nadie utilizaba. Reunió a sus estudiantes y comenzaron a cultivar tomates. Pero cada vez que crecían, eran robados.
Estas son las escuelas más verdes del mundo

Buscando una solución, se contactó con George Irwin, de Green Living Technologies, una compañía de Nueva York que diseña muros verdes (jardines verticales) y que contenía la tecnología de luces LED para cultivar comida en interiores. Con su ayuda, lograron alimentar a 450 niños de colegio en tiempos de cosecha.
Y no se detuvieron ahí. Con sus niños, provenientes de hogares de adopción, de la calle, y del sistema penitenciario de Nueva York, comenzaron a realizar diferentes proyectos.

En el proceso, esos mismos niños comenzaron a mejorar su rendimiento en clases. Empezaron a asistir más seguido, para empezar y luego la mayoría de ellos se graduaron del colegio. Incluso algunos, entraron a la universidad.

En el programa TODAY Show, Ritz muestra como sus niños pueden producir estos solicitados muros y sus beneficios.

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Consumo de castanha-do-brasil pode melhorar função cognitiva

Por Hérika Dias - herikadias@usp.br
Publicado em 29/janeiro/2015
Uma castanha por dia foi suficiente para recuperar a deficiência em selênio

Pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP mostrou que o consumo diário de uma castanha-do-brasil, conhecida por castanha-do-pará, recuperou a deficiência de selênio e ainda teve efeitos positivos sobre as funções cognitivas de idosos com comprometimento cognitivo leve (CCL), considerado um estágio intermediário entre o envelhecimento normal e demências, como a Doença de Alzheimer.

A nutricionista Bárbara Cardoso explica que o CCL é caracterizado pela perda cognitiva (processo que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento, linguagem) maior do que o esperado para a idade. “Pessoas com comprometimento cognitivo leve têm mais risco de desenvolver Alzheimer”, diz a pesquisadora e autora da tese de doutorado Efeito do consumo de castanha-do-brasil (Bertholetia excelsa H.B.K) sobre o estresse oxidativo em pacientes com comprometimento cognitivo leve e a relação com variações em genes de selenoproteínas.

Entre as análises feitas pela nutricionista está a associação entre os níveis de selênio e o estresse oxidativo (excesso de radicais livres em comparação com o sistema protetor de cada célula) em pessoas com CCL.

Bárbara explica que o estresse oxidativo está envolvido no declínio cognitivo. Pacientes com comprometimento cognitivo leve ou Doença de Alzheimer apresentam maiores níveis de estresse oxidativo.

“Com o avanço da idade, os neurônios apresentam maior ineficiência no processo de produção de energia, com o aumento da geração de radicais livres. Já a capacidade do sistema antioxidante, que combate esses radicais, tende a reduzir. Esse descompasso contribui para o comprometimento cognitivo leve porque os radicais livres acabam afetando o sistema motor, sensorial, a memória e o aprendizado”, afirma Bárbara.

O selênio é um importante mineral que constitui enzimas antioxidantes cuja finalidade é combater a formação de radicais livres. E os resultados da pesquisa indicam que o consumo da castanha-do-brasil pode melhorar a resposta antioxidante e atenuar o declínio cognitivo.

Metodologia

Foram selecionados 20 idosos de ambos os sexos, frequentadores do Ambulatório de Memória do Idoso, do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (FM) da USP, sendo que 95% deles apresentavam deficiência em selênio. “Esse alto índice era esperado, o solo da região Sudeste é pobre em selênio e a população de São Paulo tem tendência à deficiência de selênio”, conta Bárbara.

Durante seis meses, a nutricionista acompanhou dois grupos de idosos. O primeiro ingeriu uma castanha-do-brasil por dia e o outro não recebeu nenhuma intervenção. Após o período, no grupo que consumiu a castanha diariamente, todos deixaram de apresentar a deficiência de selênio.

Os grupos também passaram por avaliação neuropsicológica antes e depois da intervenção com a castanha-do-brasil. “Os testes analisaram domínios cognitivos, como a fluência verbal, capacidade de copiar desenhos, reconhecimento de figuras, entre outros. E o grupo que ingeriu a castanha apresentou melhora nos aspectos de fluência verbal, avaliada pelo número de animais que o entrevistado consegue mencionar durante um minuto, e praxia construtiva, avaliada pela capacidade do entrevistado em fazer cópia de quatro desenhos apresentados pelo examinador (círculo, losango, retângulos sobrepostos e cubo)”.

Segundo a nutricionista, “apenas uma unidade de castanha-do-brasil forneceu 288,75 microgramas de selênio ao dia, aumentando o consumo de selênio para além da recomendação diária (55 microgramas/dia), mas sem ultrapassar o limite tolerável de 400 microgramas”.

Foto: Adriana Figueiredo da Silva

Mais informações: email barbaracardoso@usp.br, com Bárbara Rita Cardoso

Link:

Cantinas escolares saudáveis

Promover a alimentação saudável faz parte da Política Nacional de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, que elaborou o Manual das Cantinas Escolares para estimular lanches saudáveis entre os estudantes. 

Acesse: http://www.cantinasaudavel.com.br/arquivos/manual_cantinas.pdf

Mecanismo de resposta celular ao estresse oxidativo é descoberto

27 de janeiro de 2015

Por Karina Toledo

Agência FAPESP – Em artigo publicado na revista Nature Structural & Molecular Biology, pesquisadores da New York University (NYU) e da Harvard University, ambas nos Estados Unidos, descreveram um novo mecanismo usado pelas células para se defender do estresse oxidativo.

Essa condição biológica é caracterizada pelo aumento dos níveis de radicais livres e de outras espécies reativas de oxigênio no meio celular durante diversos processos fisiológicos, como inflamação e envelhecimento. Também pode ser resultante da exposição à poluição, cigarro, radiação e produtos químicos presentes em alimentos e bebidas.

Em excesso, os oxidantes danificam ácidos nucleicos, proteínas e outras moléculas importantes para o funcionamento celular. Caso se torne crônico, esse processo pode levar ao desenvolvimento de tumores e de doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer.

“Descrevemos uma nova via de sinalização celular em resposta ao estresse oxidativo completamente desconhecida. Além de ampliar o entendimento sobre como as células respondem a esse tipo de agressão, a descoberta pode revelar novos alvos terapêuticos a serem explorados no tratamento de diversas doenças”, afirmou Gustavo Monteiro Silva, pós-doutorando da NYU e autor principal do estudo. São coautores Daniel Finley, de Harvard, e Christine Vogel, da NYU.

Silva iniciou os estudos na área quando ainda estava no doutorado, realizado no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) com apoio da FAPESP.

Sob a coordenação de Luis Eduardo Soares Netto e de Marilene Demasi, investigou o mecanismo pelo qual o proteassomo – complexo proteico intracelular – é regulado para degradar proteínas danificadas em uma situação de estresse oxidativo (leia mais em: http://agencia.fapesp.br/pesquisa_mostra_como_celula_elimina_proteinas_oxidadas/15507/).

Após o término do doutorado, em parceria com Vogel, Silva investiu em proteômica e em biologia de sistemas para entender melhor a resposta ao estresse no âmbito celular. Os pesquisadores observaram que, além de regular a remoção de proteínas danificadas pelo proteassomo, a célula pode se defender controlando a produção de novas proteínas-chave para a sobrevivência ao estresse.

Os dois mecanismos de defesa estão relacionados com uma via de sinalização mediada por uma proteína chamada ubiquitina. Essa molécula forma cadeias (poliubiquitina) que se ligam a proteínas-alvo em um processo conhecido como ubiquitinação.

Até pouco tempo atrás, acreditava-se que a ubiquitinação servia apenas para sinalizar ao proteassomo que uma determinada proteína deveria ser degradada – foi, por esse motivo, apelidada de “beijo da morte”.

Estudos mais recentes, porém, mostraram que as cadeias de poliubiquitina podem assumir outras funções de acordo com a forma com que as moléculas de ubiquitina estão interligadas entre si e organizadas espacialmente.

“A ubiquitinação de proteínas em resposta ao estresse oxidativo é essencial para a célula, mas seu papel tem sido debatido pelos cientistas por mais de 30 anos. Sabendo que existem diferentes cadeias de ubiquitinação, decidi investigar qual o tipo, os alvos e a importância dessas cadeias para a célula em resposta ao estresse oxidativo”, contou Silva.

Os ensaios foram feitos com células de levedura da espécie Saccharomyces cerevisiae. Para induzir o estresse oxidativo, os pesquisadores inicialmente trataram as células com peróxido de hidrogênio (água oxigenada).

Com auxílio de técnicas de espectrometria de massa e anticorpos específicos para os diversos tipos de cadeia, os cientistas observaram o já esperado aumento das cadeias de poliubiquitina do tipo K48 (ligadas através do resíduo de aminoácido lisina 48 da ubiquitina), relacionadas com a degradação de proteínas.

Mas os resultados também mostraram, de maneira inédita, a rápida elevação de um tipo de cadeia alternativa de poliubiquitina conhecida como K63. Essa resposta mostrou-se específica para estresse oxidativo induzido por peróxidos. Quando essas substâncias oxidantes eram removidas do meio de cultura, a quantidade de cadeias do tipo K63 rapidamente diminuía em um processo altamente regulado.

“Decidimos então investigar a função dessa cadeia alternativa K63 e, utilizando proteômica quantitativa, verificamos que ela modifica certas proteínas do ribossomo, tornando essa estrutura mais estável e favorecendo a síntese de proteínas importantes para a resposta antioxidante”, disse Silva.

Alvos terapêuticos

Para que o processo de ubiquitinação aconteça, é necessária uma cascata de reações catalisadas por diversas enzimas. Na avaliação de Silva, a identificação das enzimas especificamente envolvidas nessa via tornou possível encontrar alvos potenciais para o desenvolvimento de drogas contra doenças relacionadas ao dano oxidativo.

“Nós observamos que peróxidos inibem de forma reversível a ação de uma enzima desubiquitinadora chamada Ubp2 (cuja função é remover moléculas de ubiquitina dos seus alvos). Favorecendo, portanto, o acúmulo da cadeia K63”, contou o pesquisador.

Ao realizar experimentos com uma linhagem de levedura mutante, incapaz de formar cadeias K63 de ubiquitina, os pesquisadores observaram que o dano oxidativo era maior, a produção de proteínas era reduzida e as células mutantes se tornaram mais sensíveis ao estresse oxidativo.

“Se conseguirmos entender melhor a função dessas enzimas e como essa cadeia regula a produção de proteínas, podemos tentar modular a resposta celular ao estresse oxidativo, tanto para favorecer a morte da célula, no caso de um tumor, como para torná-la mais resistente, o que seria interessante no tratamento de doenças neurodegenerativas”, comentou Silva.

Neste trabalho, o grupo realizou ainda ensaios com células neuronais de camundongos, nas quais também foi observada a formação de cadeias de poliubiquitina K63 em resposta ao estresse. Segundo Silva, o próximo passo é entender melhor, com base no conhecimento obtido em leveduras, como esse mecanismo de defesa atua em células de camundongos. No futuro, o grupo pretende realizar ensaios com linhagens humanas.

O artigo K63 polyubiquitination is a new modulator of the oxidative stress response (doi:10.1038/nsmb.2955), publicado por Gustavo M Silva e outros na Nature Structural & Molecular Biology, pode ser lido por assinantes no endereço http://www.nature.com/nsmb/journal/vaop/ncurrent/full/nsmb.2955.html.
Estrutura 3D do complexo ribossomal. Em azul, as proteínas modificadas por cadeias K63 de ubiquitina identificadas por espectrometria de massa quantitativa (imagem: Silva et al., 2015/ Nature Structural & Molecular Biology)

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Planta da Serra da Mantiqueira tem composto com ação anti-inflamatória

29 de janeiro de 2015
Por Elton Alisson

Agência FAPESP – Pesquisadores do Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) isolaram e caracterizaram um composto bioativo de uma planta encontrada na região da Serra da Mantiqueira que tem propriedades anti-inflamatória, antimicrobiana e antiparasitária.

O composto, denominado sakuranetina, foi identificado durante um projeto realizado com apoio da FAPESP, na modalidade Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes.

“Observamos que a atividade anti-inflamatória da sakuranetina é muito similar à da dexametasona, o principal corticoide usado hoje no tratamento de processos alérgicos e inflamatórios graves”, disse João Henrique Ghilardi Lago, professor da Unifesp e coordenador do projeto, à Agência FAPESP.

A sakuranetina foi isolada da planta Baccharis retusa DC., da família Asteraceae, a mesma do girassol (Helianthus annuus) e de diversas outras plantas medicinais.

Segundo o pesquisador, o gênero Baccharis – um dos mais importantes da família Asteraceae, composto por cerca de 500 espécies de plantas, entre elas a carqueja (Baccharis trimera) – é muito comum nas Américas do Sul e Central, em regiões de altitude como a Serra da Mantiqueira, a cadeia montanhosa que se estende pelos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Ao prospectar espécies vegetais com compostos bioativos de interesse farmacológico em montanhas em Campos do Jordão (SP), os pesquisadores constataram que há uma grande variedade de espécies de Baccharis na região, a mais elevada da Serra da Mantiqueira, com 1.628 metros de altitude.

“Ficamos surpresos com a variedade de espécies de Baccharis na Serra da Mantiqueira”, afirmou Lago. “Coletamos cerca de dez espécies diferentes em Campos do Jordão, entre elas a Baccharis retusa DC..”

A fim de selecionar as que apresentavam potencial atividade biológica, os pesquisadores prepararam extratos bioativos das plantas coletadas e os submeteram a uma sequência de testes em laboratório.

Os resultados indicaram que o extrato da Baccharis retusa DC. demonstrou maior atividade antiparasitária, antimicrobiana e anti-inflamatória em comparação com as outras espécies coletadas.

Com base nessa constatação, os pesquisadores analisaram o extrato da Baccharis retusa DC. por cromatografia líquida de alta eficiência e por ressonância magnética nuclear, a fim de determinar a composição química da planta.

A análise química revelou que cerca de 50% do extrato bruto da planta diluído em etanol é composto por uma única substância: a sakuranetina. “Isso é muito raro em plantas porque, em geral, elas apresentam uma grande diversidade de compostos”, afirmou Lago.

Os pesquisadores depois fracionaram o extrato bruto da planta e constataram que a substância ativa da planta era a sakuranetina .

“O fato de cerca de 50% do extrato bruto da Baccharis retusa DC. ser composto pela sakuranetina facilitou muito isolarmos esse composto que é um flavonoide [do grupo dos polifenois encontrado em diversos tipos de vegetais e de alimentos, que trazem benefícios à saúde]”, disse Lago.

“É muito raro na área da química de produtos naturais obter uma quantidade tão grande de uma substância, da ordem de gramas, como a sakuranetina de Baccharis retusa DC.”, afirmou.

Atividade antiparasitária

A fim de avaliar a atividade antiparasitária da sakuranetina, os pesquisadores da Unifesp, em parceria com André Tempone, do Instituto Adolfo Lutz, Rodrigo Cunha, da Universidade Federal do ABC (UFABC), e Paulette Romoff, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, isolaram e testaram o composto. Eles incluíram dois derivados semissintéticos dele (que passaram por simples modificações estruturais) em formas promastigotas (flageladas) e amastigotas (intracelular) de Leishmania spp – parasita causador da leishmaniose – e amastigota e tripomastigota (sem flagelo) de Trypanosoma cruzi – protozoário causador da doença de Chagas.

Os resultados indicaram que a sakuranetina apresentou atividade antiparasitária contra Leishmania (L.) amazonensis, Leishmania (V.) braziliensis, Leishmania (L.) major e Leishmania (L.) chagasi em concentrações na faixa de 43 a 52 microgramas por mililitro (ug/ml) e em 20,17 ug/ml contra tripomastigotas de Trypanosoma cruzi.

Já os dois derivados semissintéticos da sakuranetina não demonstraram ação antiparasitária.

Alguns dos principais resultados do estudo, realizado no âmbito do projeto “Princípios com potencial anti-Leishmania em espécies vegetais da Mata Atlântica: avaliação, isolamento e caracterização molecular”, desenvolvido em conjunto por Lago e pela pesquisadora Patricia Sartorelli, com apoio da FAPESP, foram publicados na revista Experimental Parasitology.

“A sakuranetina demonstrou ser a única substância ativa entre os demais flavonoides encontrados em Baccharis retusa DC. contra os parasitas causadores da leishmaniose e da doença de Chagas”, disse Lago.

Ação anti-inflamatória

Em outro estudo, Lago e a pesquisadora Carla Prado, da Unifesp, em colaboração com colegas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), avaliaram a atividade anti-inflamatória da sakuranetina em um modelo experimental de asma induzida em camundongos.

Um grupo de animais foi tratado durante cinco dias com sakuranetina e um grupo controle recebeu dexametasona.

Os resultados do estudo, publicado no British Journal of Pharmacology, indicaram que o tratamento com sakuranetina atenuou vários aspectos da inflamação alérgica das vias aéreas dos animais, ao reduzir citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias e controlar o estresse oxidativo.

De acordo com os autores do estudo, os efeitos da sakuranetina foram semelhantes aos observados em animais tratados com dexametasona na maioria dos parâmetros avaliados.

“A sakuranetina é um potencial candidato para o desenvolvimento de um protótipo molecular para a obtenção de uma nova droga voltada para o tratamento de asma”, avaliou Lago.

Ação antimicrobiana

Em colaboração com Marcelo Vallim e Renata Pascon, da Unifesp, e com Antonio Doriguetto e Marisi Soares, da Universidade Federal de Alfenas, os pesquisadores também caracterizaram a estrutura cristalina da sakuranetina e avaliaram a ação antimicrobiana do composto bioativo contra leveduras dos gêneros Candida, Cryptococcus e S. cerevisiae BY 4742.

Publicado na revista Molecules, o estudo mostrou que a substância apresentou forte atividade antifúngica contra as leveduras patogênicas e pode ser considerada como um protótipo pela indústria farmacêutica para o desenvolvimento de agentes antifúngicos mais eficazes.

“Agora estamos em um ponto crucial, que é avaliar a toxicidade da sakuranetina, porque não adianta termos uma substância que apresenta ação anti-inflamatória tão potente como a droga padrão usada no tratamento de asma se não soubermos em que concentração ela pode ser administrada em animais e humanos”, afirmou Lago.

Além da sakuranetina, os pesquisadores da Unifesp estudaram outros compostos bioativos durante o projeto “Uso sustentável da biodiversidade de áreas remanescentes da Mata Atlântica do Estado de São Paulo: avaliação, isolamento e caracterização molecular de metabólitos secundários bioativos em espécies vegetais”, realizado com apoio da Fundação, no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA).

O artigo In vitro antileishmanial and antitrypanosomal activities of flavanones from Baccharis retusa DC. (Asteraceae) (doi: 10.1016/j.exppara.2011.11.002), de Lago e outros, pode ser lido na revista Experimental Parasitology em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0014489411003298.

E o artigo Flavonone treatment reverses airway inflammation and remodelling in an asthma murine model (doi: 10.1111/bph.12062), de Toledo e outros, pode ser lido no British Journal of Pharmacology em onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bph.12062/full8.

Já o artigo Structural Crystalline Characterization of SakuranetinAn Antimicrobial Flavanone from Twigs of Baccharis retusa (Asteraceae) (doi: 10.3390/molecules19067528), de Lago e outros, pode ser lido na revista Molecules em www.mdpi.com/1420-3049/19/6/7528
Substância encontrada na Baccharis retusa DC. tem efeito similar ao da dexametasona, principal droga usada no tratamento de asma, aponta estudo feito na Unifesp (foto: João Henrique Ghilardi Lago)

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O que é endometriose?



Beer compound could help fend off Alzheimer's and Parkinson's diseases

Date: January 28, 2015

Source: American Chemical Society

Summary:
The health-promoting perks of wine have attracted the spotlight recently, leaving beer in the shadows. But scientists are discovering new ways in which the latter could be a more healthful beverage than once thought. It turns out that a compound from hops could protect brain cells from damage -- and potentially slow the development of disorders such as Alzheimer's and Parkinson's diseases.
Benefits of beer? A compound from hops could protect brain cells from damage -- and potentially slow the development of disorders such as Alzheimer's and Parkinson's diseases.
Credit: © habrda / Fotolia

The health-promoting perks of wine have attracted the spotlight recently, leaving beer in the shadows. But scientists are discovering new ways in which the latter could be a more healthful beverage than once thought. They're now reporting in ACS' Journal of Agricultural and Food Chemistry that a compound from hops could protect brain cells from damage -- and potentially slow the development of disorders such as Alzheimer's and Parkinson's diseases.

Jianguo Fang and colleagues note that mounting evidence suggests that oxidative damage to neuronal cells contributes to the development of diseases that originate in the brain. If scientists could find a way to guard these cells from this type of damage, they might be able to help prevent or slow down Alzheimer's disease, Parkinson's disease and other neurodegenerative conditions.

One compound found in hops, called xanthohumol, has gotten the attention of researchers for its potential benefits, including antioxidation, cardiovascular protection and anticancer properties. Fang's team decided to test xanthohumol's effects on brain cells.

In lab tests, the researchers found that the compound could protect neuronal cells and potentially help slow the development of brain disorders. The scientists conclude xanthohumol could be a good candidate for fighting such conditions.

The authors acknowledge funding from Lanzhou University and the Natural Science Foundation of Gansu Province.

Story Source:

The above story is based on materials provided by American Chemical Society. Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
Juan Yao, Baoxin Zhang, Chunpo Ge, Shoujiao Peng, Jianguo Fang.Xanthohumol, a Polyphenol Chalcone Present in Hops, Activating Nrf2 Enzymes to Confer Protection against Oxidative Damage in PC12 Cells.Journal of Agricultural and Food Chemistry, 2015; 150114105705007 DOI:10.1021/jf505075n

Cite This Page:

American Chemical Society. "Beer compound could help fend off Alzheimer's and Parkinson's diseases." ScienceDaily. ScienceDaily, 28 January 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/01/150128113947.htm>.

What To Eat In The Wilderness: Survival Guide (http://www.ukoakdoors.co.uk/)

Revista de Manguinhos, 30 dez 2014

Confira on-line a nova edição da#RevistadeManguinhos, que traz como reportagem principal os 15 anos do Museu da Vida. A publicação também destaca a experimentação animal e os métodos alternativos que têm sido testados pela#Fiocruz. http://bit.ly/1ERHRHQ

Zaatar

Texto:
Carolina Nujo
Engenheira de Alimentos

No Brasil, a palavra Zaatar pode ser relacionada à algumas espécies ou à uma mistura. 

No entanto, em algumas publicações, zaatar é o nome popular da espécie Origanum syriacum sinônimo Marjorana syriacum (figura 1). Esta espécie pertence à família Lamiaceae. É originária do Oriente Médio e popularmente é reconhecida também de za’atar, za’tar, zatar, zatr, zattr, zahatar, zaktar, satar ou hissopo-bíblico. É o principal ingrediente que compõe a mistura de especiarias que leva o mesmo nome, resultando em confusões muitas vezes. 

Zaatar também pode ser a denominação para a família de espécies do Oriente Médio dos gênero Origanum (orégano), Calamintha (manjericão-tomilho), Thymus (tipicamente Thymus vulgaris, o tomilho) e Satureja (segurelha-anual). É também o nome para o condimento feito a partir de ervas desidratadas, misturadas com gergelim, sumagre, frequentemente com sal e outras especiarias. 

Algumas variedades podem adicionar sumagre, cominho, coentro ou sementes de erva-doce. Uma variação distintamente palestina de za'atar inclui sementes de cominho, enquanto uma variedade libanesa, por vezes, contém frutos de rhus, e tem uma cor vermelho-escuro distinta. Usada na cozinha árabe, ambos (a erva e a mistura de especiarias) são populares na Armênia, Egito, Iraque, Israel, Jordânia, Líbano, Líbia, Marrocos, Palestina, Arábia Saudita, Síria, Tunísia e Turquia. 

Na culinária, o zaatar é muito usado em pães e com azeite em torradinhas de pão pita, também pode temperar carnes, frangos e peixes, batatas, assados, grelhados e ensopados. Como um tempero seco esfregado na carne ou em marinada misturado a um líquido. Fica ótimo em vegetais diversos e em molhos para saladas. 

Aceita-se que o Origanum syriacum é o hissopo mencionado na Bíblia, que foi usado para purificar o altar do templo, leprosos etc. Hoje também é atribuída com qualidades tais como tônica, espasmódica, carminativa, emenagoga, usada para alívio de resfriados, melhora da memória e alívia para dores das contrações de parto. 

Dois tipos desta espécie têm sido discernidos em Israel, que diferem umas das outras na composição do óleo essencial, que é a substância que confere as folhas com o seu perfume. Não existem outras diferenças entre os dois tipos, exceto pelo o cheiro. A maior parte do material de perfume é armazenada em tricomas glandulares na superfície da folha. Quando a folha é arrancada entre os dedos, os “pêlos” são arrancados e o óleo é derramado, o cheiro pode ser percebido de longe. 

A planta contém muitas substâncias taninosas, pentanosas e princípios amargos, além de mineirais, mas a substância principal é a essência aromática de cor amarelo-esverdeado composta por terpenos, terpineno e timol (cerca de 40%), sabineno e sesquiterpenos em pequenas quantidades. É também rica em antioxidantes. 

REFERÊNCIAS 

Figura 1. Origanum syriacum 

[Mais que ideias] Vamos cozinhar, crianças!

postado por Luana Mello em Quarta-feira, 14 de Janeiro de 2015

Já pensou que bom seria se ao invés dos pais fazerem almoço para seus filhos isso se invertesse?

Parece uma coisa que só aconteceria em um mundo distante, mas não é tão complicado assim.

No mundo em que a obesidade está cada dia mais presente nas famílias do mundo inteiro, inclusive no público infantil, é possível perceber que cada vez menos as pessoas estão comendo em casa, sempre optando por alimentos industrializados com altos teores de sódio, açúcar e gorduras. Por conta disso, é essencial ensinar às crianças como se alimentar de maneira saudável, já que elas estão em período de consolidação de hábitos que vão levar para toda a vida.
Já se sabe que as crianças aprendem muito mais sobre algum assunto quando estão envolvidas no processo, então, porque não ensiná-las sobre uma alimentação saudável e feita em casa colocando as mãozinhas delas na massa?

Oficinas culinárias com crianças são muito utilizadas para esses fins, com crianças a partir de 2 anos, desde que seja com supervisão constante. Com crianças a partir de 10 anos, já é possível dar maior autonomia para cozinhar sozinho uma refeição inteira.

Quer começar a ensinar seus filhos a cozinhar? O site The Globe And Mail mostra um plano de 5 semanas para que eles estejam preparando refeições:

Semana 1: Nessa semana, você deve ensinar o básico, como as maneiras corretas de pegar e manusear uma faca. Comece com facas pequenas, de serra e sem ponta, por exemplo. É a hora também de ensinar que o que sai do fogão e do forno está quente, que o cabo pode queimar e o vapor de água que sai da panela também. Ensine-os a usar copos de medidas e a como ler e entender uma receita. É importante também ensiná-los a limpar toda a bagunça quando terminar.
Semana 2: A partir daqui, você já pode permitir que eles cozinhem as pequenas refeições sozinhos, com a sua ajuda. Se programe para estar por perto nos primeiros dias, além de ter em sua casa tudo o que for necessário para fazer a receita que eles quiserem. Já é possível fazer um pão para lanchar!
Semana 3: Nessa semana já é possível permitir que eles façam preparações de jantar, por exemplo, contanto que seja fácil e com baixa margem de erros. Uma boa pedida é sopa. Deixe que as crianças piquem os vegetais que forem ser utilizados!

Semana 4: Nessa fase é possível ensiná-los a fazer molhos (molho de tomate caseiro, por exemplo) e deixar que ele lidere a cozinha, com você somente o auxiliando.

Semana 5: Na última semana, se tudo for feito com muito carinho e dedicação, as crianças já vão estar aptas a cozinhar uma refeição simples sozinhos.

Tenha em mente que eles podem errar, e devem aprender com seus erros. Dê preferência para alimentos que sejam da sua cultura, de forma a familiarizá-los com esses alimentos, além de reduzir custos.
Se quiser receitas fáceis de preparar com seus filhos, o site Nutrition Action (em inglês) vende um livro de receitas saudáveis para cozinhar com crianças, que pode te inspirar a fazer muito mais! 

Que tal cumprir a nossa nova missão do Missiorama com a criançada e ainda se deliciar com as receitas do nosso livro "Mais que receitas"?

Mãos à massa!

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Manual do PAA orienta sobre alimentação saudável

Postado por Consea - Terça-feira, 20 de Janeiro de 2015 

Fonte: http://goo.gl/I1Su63 

Informações para armazenar e preparar alimentos e também para estimular o consumo de frutas e vegetais da época são algumas das dicas do Manual de Orientação para a Oferta de Alimentação Adequada e Saudável, ou simplesmente Manual do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Se, há dez anos, no início do PAA, o objetivo era promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar, agora o desafio é também incentivar a população a ter uma alimentação adequada e equilibrada. 

O Manual de Orientação para Oferta de Alimentação Adequada e Saudável é voltado aos profissionais das instituições que recebem e preparam os alimentos servidos em mais de 6 mil instituições socioassistenciais em todo o país. O número representa 53% das organizações que recebem alimentos do PAA. 

A publicação apresenta um conjunto de orientações para incentivar os profissionais a identificarem a produção dos agricultores familiares da região e a forma como ela pode contribuir para a diversificação dos cardápios e da produção local. 

“Queremos aproveitar todo o potencial da agricultura familiar, que tem produtos locais, diversificados e de alta qualidade nutricional”, explica o secretário de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Arnoldo de Campos. 

“É um instrumento que temos em um país que está virando a página da fome de um lado, mas que tem um enorme desafio de outro, que é enfrentar o sobrepeso, a obesidade e as doenças decorrentes da má alimentação. Para isso, uma dieta com alimentos saudáveis é fundamental.”

O manual é uma ferramenta importante para orientar as ações das prefeituras e dos governos estaduais, que executam o PAA. “Com as dicas do manual, municípios e estados poderão melhorar a relação entre os agricultores familiares e sua produção e os alimentos que são destinados às entidades”, observa o coordenador geral de Articulação Federativa para o Abastecimento Alimentar do MDS, Fernando Brutto.

De acordo com ele, com o apoio técnico as instituições podem aumentar a qualidade e a diversidade dos alimentos oferecidos ao público da assistência social, incentivando a educação alimentar.

Além da elaboração de cardápios e acondicionamento dos alimentos para garantir suas qualidades nutritivas, o manual também mostra exemplos de mapeamento da época de colheita da produção para que os cardápios possam ser organizados de forma a respeitar e incentivar a cultura local. 

Orientações de como organizar a quantidade de alimentos necessária para refeições adequadas e de acordo com cada faixa etária também são encontradas no manual.

Seguindo a mesma direção do estímulo à alimentação adequada e saudável, em agosto deste ano, o MDS lançou dois Cadernos de Educação Alimentar e Nutricional, voltados à rede socioassistencial. Os cadernos apresentam conteúdo para subsidiar o trabalho dos profissionais e sugerem um conjunto de atividades lúdicas, pedagógicas e culturais com o objetivo de discutir e estimular boas práticas alimentares a partir da experiência de cada um.

Clique aqui para ler o Manual de Orientação para Oferta de Alimentação Adequada e Saudável.

Link:

Cantinas de escolas podem ser proibidas de oferecer alimentos não saudáveis

Postado por Iara Guimarães Altafin - Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2015 
Fonte: http://goo.gl/dKkP3F 

As escolas de educação básica, públicas e privadas, podem ser obrigadas a oferecer, em suas cantinas, apenas alimentos saudáveis, conforme critérios definidos pelas autoridades sanitárias. É o que determina substitutivo ao PLC 93/2010, aprovado nesta quarta-feira (26) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

O Cardápio oferecido nas escolas deverá ser elaborado por nutricionista. O texto também proíbe propaganda de alimentos não saudáveis nas dependências das escolas.

Os órgãos responsáveis pela fiscalização deverão publicar relatórios semestrais e a escola que descumprir as normas estará sujeita às penas previstas na Lei 6.437/1977, que vão de advertência ao fechamento da cantina escolar.

O texto fixa prazo de 180 dias após a publicação da nova lei para que as regras entrem em vigor.

A relatora na CCJ, senadora Ângela Portela (PT-RR), lembra que as regras deverão ser seguidas em todo o país e ajudarão a formar hábitos alimentares mais saudáveis, com impacto positivo na qualidade de vida da população.

No substitutivo que apresentou ao projeto, a relatora acatou emendas aprovadas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e ofereceu ajustes de redação.

A matéria vai à Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) e depois à Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde terá decisão terminativa.

Link:

You can save the monarch

Oferta de produtos agroflorestais é ampliada com alimentos processados

Agroindústria Frutos da Vida, empreendimento coletivo da Cooperafloresta, aumenta a diversidade de alimentos agroflorestais para um maior número de pessoas.

Os alimentos ecológicos advindos das agroflorestas recebem um incremento. Trata-se da Agroindústria Frutos da Vida, iniciativa coletiva da Cooperafloresta(Associação dos Agricultores Agroflorestais de Barra do Turvo/SP e Adrianópolis/PR), que está processando produtos advindos das agroflorestas para compor o cardápio dos brasileiros. A iniciativa está sendo apoiada pelo Projeto Agroflorestar, patrocinado pelaPetrobras através do Programa Petrobras Socioambiental.

Agora, além de in natura, os produtos agroflorestais orgânicos estão sendo manipulados na agroindústria da Cooperativa, localizada em Barra do Turvo, onde são transformados em valiosas fontes de saúde, pois este processamento tem o compromisso com a manutenção das qualidades nutricionais e do vigor de todos os alimentos. Para tal, todos as etapas do processamento dos alimentos foram especialmente desenvolvidas para a conservação das propriedades, da seleção dos ingredientes ao envasamento em embalagens propícias para garantir produtos frescos e seguros. 

Frutos da Agroindústria Coletiva da Cooperafloresta – Linhas de processados

Os frutos da Agroindústria são os Alimentos Funcionais (gengibre em pó, farinha de berinjela ou de maracujá etc); os Minimamente Processados (pupunha, inhame, abobrinha, chuchu etc); os Amidos Resistentes (biomassa de banana-verde, farinha de inhame cru, farinha de yacon etc); as Polpas de Frutas; as Passas; os Doces; asGeleias; os Sorbets mais os Picolés. Entre os quatro últimos há duas linhas: os sem adição de açúcar e os com 50% da quantidade tradicionalmente utilizada, sendo ele o açúcar cristal orgânico.

Saberes e seus sabores

O cajá-mirim, a jaca, o biribá, a carambola com cúrcuma, o juçara, anêspera, o abio, a graviola, a lichia, além de outras dezenas de composições de saberes compõem os sabores de algumas das oito linhas de processados.

Produtos agroflorestais proliferando na mesa dos brasileiros

“A estruturação da nossa agroindústria é um sonho antigo, que se concretizou para podermos compartilhar a grande diversidade de alimentos gerados em nossas agroflorestas com um maior número de pessoas”, esclarece a engenheira agrônoma, técnica da Cooperafloresta, Lucilene Vanessa Andrade, que lembra a importância do aval que a Cooperafloresta vem recebendo da Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental.

Vendas

A produção das 120 famílias agricultoras e quilombolas vem sendo escoada por meio da comercialização coletiva, direcionada para as feiras ecológicas em Curitiba; mercado institucional (PAA-Programa de Aquisição de Alimentos e PNAE- Programa Nacional de Alimentação Escolar); empreendimentos da Economia Solidária; pequeno varejo; Circuito de Comercialização da Rede Ecovida de Agroecologia e vendas pela internet. Com os produtos processados, diversifica-se a oferta e a possibilidade de ampliação dos canais de mercado. “O resultado disso está sendo a promoção, cada vez maior, do consumo consciente e responsável. Assim, a comercialização é assumida como uma vertente de ação política que alia o interesse das pessoas em se alimentar melhor à compreensão de que estão contribuindo para o fortalecimento da agricultura familiar e para a conservação dos recursos naturais”, enfatizaLucilene.

Das panelas aos pratos dos brasileiros. A diversidade que faz a diferença!

Entre frutas, legumes, verduras, hortaliças, temperos… atualmente a diversidade produzida pela Cooperafloresta é de, em média, 250 variedades – entre os alimentos agroflorestais in natura e processados. Lucilene Vanessa faz questão de lembrar dos inúmeros pratos preparados com o Maná-cubiu (caldeiradas, geleias etc); com oNoni; molhos de saladas elaborados à base do Cajá-mirin; além, é claro, de mais de 100 receitas executadas com a pupunha.

Valorização dos sabores e sabores

A produção é decorrente do trabalho de 120 famílias agricultoras e quilombolas que, além de beneficiar a população de cada comunidade onde atuam, garantem o seu próprio sustento e a conservação da floresta atlântica. A produção comercializada conta com uma diversidade de cerca de 20 tipos de produtos, entre frutas, verduras, grãos e hortaliças – nos períodos de baixa de produção, e de até 70 variedades, incluindo a sazonalidade de alguns produtos. Já à mesa das famílias agricultoras chegam mais de 100 produtos paraautoconsumo, garantindo uma dieta diversificada e saudável.Este é um dos principais resultados do Projeto Agroflorestar, patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobrás Socioambiental.

Certificação participativa – Rede Ecovida

A qualidade ecológica de todos os produtos agroflorestais da Cooperafloresta é garantida através do Sistema Participativo de Garantia (SPG) da Rede Ecovida de Agroecologia, através de um processo de certificação participativa que envolve produtores, consumidores e organizações de assessoria técnica.

Parcerias

O Projeto Agroflorestar, patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobrás Socioambiental, tem contribuído para o fortalecimento e ampliação de parcerias nas esferas Federal, Estadual e Municipal, promovendo a articulação de organizações governamentais, não-governamentais, movimentos sociais, estudantes e acadêmicos, famílias agricultoras e representantes de comunidades tradicionais, que estão trabalhando juntos, em prol da irradiação dos sistemas agroflorestais (SAFs).

Sobre a Cooperafloresta – http://cooperafloresta.com

A Cooperafloresta (Associação dos Agricultores Agroflorestais de Barra do Turvo/SP e Adrianópolis /PR) nasceu em 1996. Em 2003 foi formalizada e hoje atua diretamente com 120 famílias agricultoras e quilombolas de Adrianópolis (PR) e Barra do Turvo (SP). Também assessora 180 famílias agriculturas assentadas, distribuídas nos municípios de Morretes, Antonina, Paranaguá, Serra Negra e Lapa (Paraná); Ribeirão Preto e Apiaí (São Paulo).

Em todas as localidades promove o fortalecimento da agricultura familiar e camponesa assessorando os processos de organização, formação e capacitação das famílias agricultoras, planejamento dos sistemas agroflorestais, além do beneficiamento, agroindustrialização, certificação participativa e comercialização da produção. 

Além do Projeto Agroflorestar, a Cooperafloresta executou três outros projetos patrocinados pela Petrobras que tem se configurado como uma parceira fundamental para a consolidação, qualificação e multiplicação da prática agroflorestal, geração de renda e conservação ambiental.

Em 2013, a prática agroflorestal desenvolvida pela Cooperafloresta classificou-se em segundo lugar no Prêmio Tecnologia Social promovido pela Fundação Banco do Brasil. A premiação teve 1.011 projetos inscritos em cinco categorias distintas, e apenas 15 projetos premiados. A tecnologia social em questão foi a ‘Agrofloresta baseada na estrutura, dinâmica e biodiversidade florestal’, da categoria “Comunidades Tradicionais, Agricultores Familiares e Assentados da Reforma Agrária”.

Sobre o Projeto Agroflorestar

O Projeto Agroflorestar – iniciativa que busca o equilíbrio entre o desenvolvimento humano e o meio ambiente – está sendo patrocinado pela Petrobras dede 2010. Ao longo de sua execução vem conquistando resultados importantes e muitos avanços,transformando a vida de centenas de famílias agricultoras de diversas regiões do país ao mesmo tempo em que recupera e conserva os recursos naturais.

Telefone para informações:  (15) 35771460

JOSI BASSO
Jornalista e Quituteira 
(41) 9959.0506 (41) 9223.7104
Skype – josibasso1969

Saiba como controlar o colesterol por meio da alimentação



Publicado: 16 Janeiro 2015

O colesterol é uma gordura importante para o nosso organismo, desempenhando diversas funções, como a estruturação da parede das células, produção de diversos hormônios, fundamental para o metabolismo das vitaminas chamadas lipossolúveis (A, D, E e K) e fabricação da bile, que participa do processo de digestão das gorduras ingeridas. 

Em excesso, o colesterol está associado com aterosclerose, o acúmulo de placas de gorduras nas artérias ao longo dos anos que impede a passagem do sangue, doenças coronarianas, infarto e acidente vascular cerebral, além da possibilidade de gerar o acúmulo de colesterol em articulações, manchas amareladas ao redor dos olhos, denominado xantelasma, e descoloração branca ao redor da córnea, chamado de arco senil.

O consumo excessivo de gordura saturada está associado ao aumento do colesterol total no organismo, a soma do “colesterol bom” HDL com o “colesterol ruim” LDL, que é encontrado em alimentos de origem animal, como carnes, ovos, vísceras, leite, manteiga e queijos, e em alguns alimentos de origem vegetal como o óleo de palma e a gordura do cacau.
A presença desse tipo de gordura também é bastante concentrada em alimentos ultraprocessados, como biscoitos, salgadinhos, comidas congeladas prontas para consumo, embutidos (como presunto, salsicha, linguiça, mortadela etc), bolos prontos e sorvete. Estes produtos industrializados, além de altas concentrações de gordura saturada, geralmente também apresentam a chamada gordura trans, cujo consumo está fortemente associado ao aumento do colesterol total e do LDL, bem como a redução do HDL, aumentando o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.

A Pesquisa Nacional de Saúde, uma parceria do Ministério da Saúde com a Fiocruz e o IBGE, aponta que 57,4 milhões de brasileiros têm pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT), entre elas a hipertensão arterial e a alta taxa de colesterol, que estão associadas a fatores de risco como tabagismo, consumo abusivo de álcool, excesso de peso, níveis elevados de colesterol, baixo consumo de frutas e verduras e sedentarismo.

Na idade adulta é importante fazer o monitoramento regular dos níveis de colesterol no sangue, quanto maior o nível de HDL no sangue, menor o risco de excesso de colesterol e de doenças aterosclerótica. 

A obesidade é um dos fatores de risco para o excesso de colesterol sanguíneo, mas pessoas magras também podem ter o colesterol alto. Entretanto, esse é um fator passível de mudança. Uma alimentação equilibrada e saudável, junto à prática da atividade física pode, além de ajudar a controlar o peso, manter o colesterol dentro dos níveis recomendados.

Controlando o colesterol com a alimentação: alimentos como os óleos vegetais (óleo de soja e azeite de oliva), peixes, nozes e castanhas apresentam grande quantidade de gordura insaturada, que, quando consumidos com moderação, podem contribuir para a redução do colesterol total e do LDL e aumento do HDL.

Combinações de alimentos de origem vegetal – vários tipos de grãos, raízes, tubérculos, farinhas, legumes, verduras, frutas e castanhas – com a complementação de pequenas quantidades de alimentos de origem animal, óleos e gorduras, constituem base excelente para uma alimentação nutricionalmente balanceada, saborosa e culturalmente apropriada. O impacto do consumo de gorduras e colesterol sobre a qualidade nutricional da alimentação - e consequentemente sobre a saúde - dependerá da quantidade consumida, bem como a quantidade utilizada nas preparações. Uma dieta variada, com consumo moderado de alimentos de origem animal - dando-se preferência a carnes de corte magro e carne de aves sem pele -, baseada predominantemente de alimentos de origem vegetal e com utilização moderada de óleos e gorduras no preparo das refeições propicia um consumo de gorduras e colesterol adequado.

Colesterol bom x colesterol ruim

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Biodiversity and nutrition: a common path


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Como aproveitar o lixo orgânico?

Você sabia que o Brasil produz cerca de 150 mil toneladas de lixo por dia? E que menos da metade, 13%, é reciclado ou aproveitado como lixo orgânico? Preocupados com essas informações do Ministério do Meio Ambiente, resolvemos dividir com você uma dica de como aproveitar o lixo orgânico por meio da compostagem.

Mas antes, vamos lembrar: reciclagem é o processo em que determinados tipos de materiais, como latinhas de refrigerante e garrafas pets, entre outros, são reutilizados como matéria prima para a fabricação de novos produtos.

Já lixo orgânico é todo resíduo que tenha origem vegetal ou animal, produzido nas residências, escolas, empresas e pela natureza. A compostagem transforma o lixo orgânico em adubo e pode ser feita em casa. Há dois tipos de compostagem: a tradicional, feita apenas com a decomposição do material orgânico, e a feita com minhocas, conhecida como minhocasa.

Que tal aprendermos a fazer a compostagem tradicional? Peça ajuda de um adulto e vamos lá!

Você vai precisar de:

1 pote de sorvete, uma lata de tinta ou um balde
1 bacia rasa
Matéria seca: papelão, cascalho de árvore, serragem, folhas secas, aparas de grama e/ou palha de milho
Material úmido: resto de leite, filtro de café usado, borra de café, cascas de frutas, sobras de verduras e legumes e/ou iogurte
Luvas

O que você não pode usar:

Restos de comida temperada com sal, óleo, azeite ou qualquer tipo de tempero
Frutas cítricas em excesso, por causa da acidez
Esterco de animais domésticos, como gato e cachorro
Madeiras envernizadas, vidro, metal, óleo, tinta, plásticos, papel plastificado
Cinzas de cigarro e carvão
Gorduras animais (como restos de carnes)
Papel de revista e impressos coloridos, por causa da tinta
1º Passo

Com ajuda de um adulto, pegue o pote ou a lata e perfure o fundo. Você pode fazer isso manualmente, variando o tamanho dos buracos. É por eles que o chorume (líquido eliminado pelo material orgânico em decomposição) vai passar.

2º Passo

Coloque a bacia rasa embaixo do recipiente em que ficará o material orgânico, é ela que vai “recolher” o chorume. Ela não pode ficar em contato direto com a lata ou o pote, pois o chorume deve ter um espaço para escorrer. Use pedaços de tijolo ou algo que sirva de calço, para colocar a lata e deixá-la um pouco mais “alta” em relação à bacia.

Observação: a compostagem até pode ser feita em contato direto com o solo, mas neste caso o terreno deve ter boa drenagem e ser inclinado, para que o chorume não acumule em um local só.

3º Passo

A compostagem caseira não significa que o lixo pode ser jogado de qualquer jeito, um em cima do outro e pronto, está feito. É necessário colocar de forma adequada os resíduos orgânicos, formando camadas. Coloque um por um os materiais.
O que regula a ação dos microorganismos que vão decompor o material é a proporção de nitrogênio (material úmido – o lixo em si) e carbono (materail seco – papelão, folhas secas, aparas de grama,etc). Essa relação deve ser de três para um. Ou seja, uma camada de nitrogênio para três camadas de carbono. Se a relação for diferente desta, não significa que não ocorrerá o processo de compostagem, apenas que vai levar mais tempo.

4º Passo

Depois dos passos anteriores, é necessário esperar alguns dias para que as ações aconteçam. A primeira fase é a decomposição, que dura em média 15 dias na compostagem doméstica. Durante esse tempo não é necessário mexer. Depois desses 15 dias é que essas “mexidas” podem ser feitas. Com um “garfo de jardim” ou trocando o material de lugar – para uma outra lata, por exemplo.

O tempo para ter o adubo final varia em função da quantidade de lixo usado e pela forma como a compostagem é feita. É possível chegar ao final do processo em 2 ou 3 meses. O indicativo de que o húmus (adubo) está pronto é quando a temperatura do composto se estabiliza com a temperatura ambiente. Para saber, use os sentidos: a cor é escura, o cheiro é de terra. E, quando o esfregamos nas mãos, elas não ficam sujas.

Fonte: Turminha MPF/ EBC

Publicado no Portal EcoDebate, 28/01/2015