sexta-feira, 24 de julho de 2015

Matos e Fatos: Chenopodium ambrosioides no tratamento de animais

Cercada de polêmicas quanto aos nomes populares e os seus usos medicinais em seres humanos, a espécie Chenopodium ambrosioides (figura 1) ocorre em boa parte do país. No Sul do Brasil é denominada principalmente de erva-de-santa-maria, enquanto no Norte e no Nordeste recebe os nomes de mastruz, mastruço e mentruz. No Sul, mentruz é usado mais como referência para Coronopus didymus (figura 2).

Figura 1. Chenopodium ambrosioides (sin. Dysphania ambrosioides)
Autor da foto:Paulo Schwirkowski

https://sites.google.com/site/florasbs/chenopodiaceae/erva-de-santa-maria
Figura 2. Coronopus didymus
Autor da foto: Paulo Schwirkowski 

https://sites.google.com/site/florasbs/brassicaceae/mentruz

Apesar de ser classificada como planta daninha, invasora ou concorrente, é raro ocorrer em grandes quantidades nos quintais ou no meio da lavoura. É de origem da América Central e da América do Sul. É citada em livros do colombiano Gabriel García Márquez e do brasileiro Guimarães Rosa.

Na saúde humana, é famosa pelo seu uso com leite como vermífuga ou para tratamento de tosses e tuberculose. No entanto, não é recomendável, pois em pequenas doses pode causar asfixia devido à saída dos vermes. Em altas doses é considerada tóxica.

Em animais, é utilizada também para tratamento de verminoses. Uma das formas de uso na Medicina Veterinária é por meio do macerado de suas folhas. Boelter (2007) cita as seguintes recomendações e respectivas formas e dosagens:

para afastar piolhos pulgas de aves: colocar galhos com folhas e piolhos nos locais onde as aves ficam;

para terneiros: 3 colheres de sopa em 0,5 litro de água; e

para bovinos: 4 a 6 colheres de sopa em 0,5 litro de água.

Apesar do uso como vermífuga, a espécie ainda não foi suficientemente estudada.

Em artigo de revisão, Oliveira et al. (2014) concluíram que a espécie "possui vasta utilização na medicina veterinária como anti-helmíntico, tendo também propriedades antissépticas, digestivas, antioxidantes, antifúngicas, antibacterianas, anti-inflamatórias, sedativas, tônicas, cicatrizantes, esquistossomicidas, molusquicidas, antimaláricas, leishmanicidas, antiacetilcolinesterásicas e atividade repelente". Segundo os autores, "a literatura aponta que esta planta está amplamente difundida, com aplicabilidade terapêutica para o manejo de diversas enfermidades e com alto potencial frente às endoparasitoses e ectoparasitoses. Porém necessita de mais estudos para o estabelecimento de doses espécie-específicas e redução de sua toxidade".

Referências 


BOELTER, R. Plantas medicinais usadas na Medicina Veterinária. 2 ed. Santa Maria: Imprensa Universitária. 2007.

OLIVEIRA, L.S.S.; FERREIRA, F.S.; BARROSO, A.M. Erva de santa maria (Chenopodium ambrosioides L.): aplicações clínicas e formas tóxicas. JBCA, Jornal Brasileiro de Ciência Animal, v.7, n.13, 2014.

Texto


Erica Carvalho Lamari - Farmacêutica
Marcos Roberto Furlan - Engenheiro Agrônomo
Maria Beatriz da Silva Pereira - Acadêmica de Engenharia Agronômica - UNITAU

quinta-feira, 23 de julho de 2015

SiSTSP – Sal-vegetal (Sarcocornia perennis) - (www.tudosobreplantas.wordpress.com)

NOME CIENTIFICO: Sarcocornia perennis

NOME(S) POPULAR(ES): Sal-vegetal

FAMILIA (Cronquist): Amaranthaceae

FAMILIA (APG): Amaranthaceae
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Uma planta descoberta por pesquisadores da Epagri de Itajaí, originária do litoral catarinense, será a matéria prima para o primeiro sal de origem vegetal do Brasil.

A Sarcocornia produz sal cristalizado com três vezes menos cloreto de sódio do que o sal de cozinha. A grande vantagem é que além do sódio ela tem em sua composição outros sais que também dão sabor ao alimento e não causam mal à saúde.[3]
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ficha disponivel online em:
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| SiSTSP – Banco de Plantas Notaveis – Projeto Tudo Sobre Plantas
| registro atualizado em: 12/06/2015 09:02:05, por Anderson Porto.
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Link:

Article: Extracts from Annona Muricata L. and Annona Reticulata L. (Annonaceae) Potently and Selectively Inhibit Plasmodium Falciparum

Yamthe, L.R.T.; Fokou, P.V.T.; Mbouna, C.D.J.; Keumoe, R.; Ndjakou, B.L.; Djouonzo, P.T.; Mfopa, A.N.; Legac, J.; Tsabang, N.; Gut, J.; Rosenthal, P.J.; Boyom, F.F. Extracts from Annona muricata L. and Annona reticulata L. (Annonaceae) Potently and Selectively Inhibit Plasmodium Falciparum. Medicines 2015, 2, 55-66.

(This article belongs to the Special Issue Medicinal Plants and Phytomedicines)

View Full-Text | Download PDF [217 KB, 4 May 2015; original version 30 April 2015] | Browse Figure 

Abstract

The aim of this work was to screen extracts from Annona muricata and Annona reticulata in vitro against Plasmodium falciparum. Crude ethanolic extracts, methylene chloride fractions, aqueous fractions, subfractions and isolated compounds (stigmasterol-3-O-β-d-glucopyranoside, lichexanthone, gallic acid and β-sitosterol-3-O-β-d-glucopyranoside) were tested for cytotoxicity on erythrocytes and Human Foreskin Fibroblasts cells and against the W2 strain of P. falciparum in culture. Results indicated that none of the extracts was cytotoxic at concentrations up to 10 µg/mL. Most of the extracts, fractions and subfractions inhibited the growth of P. falciparum with IC50 values ranging from 0.07 to 3.46 µg/mL. The most potent was the subfraction 30 from A. muricatastem bark (IC50 = 0.07 µg/mL) with a selectivity index of ˃ 142. Subfraction 3 from A. muricata root also exhibited very good activity (IC50 = 0.09 µg/mL) with a high selectivity index (SI ˃ 111). Amongst the isolated compounds, only gallic acid showed activity with IC50 of 3.32 µg/mL and SI > 10. These results support traditional claims for A. muricata and A. reticulata in the treatment of malaria. Given their limited cytotoxicity profile, their extracts qualify as promising starting points for antimalarial drug discovery.
This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.

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Cafeína: remédio ou veneno?

21 de julho de 2015

Karina Toledo, do Rio de Janeiro | Agência FAPESP – A diferença entre o remédio e o veneno muitas vezes está na dose, diz o ditado. No caso da cafeína, pode estar também na idade de quem a consome. Enquanto em indivíduos adultos a substância parece proteger o cérebro de danos causados pelo estresse que podem desencadear quadros depressivos, na vida intrauterina pode atrapalhar o desenvolvimento cerebral e representar um fator de risco para doenças como epilepsia.

As conclusões são de estudos feitos com camundongos e apresentados durante a nona edição do Congresso Mundial do Cérebro (IBRO 2015), realizado no Rio de Janeiro de 7 a 11 de julho.

Na pesquisa coordenada há cerca de 15 anos por Rodrigo Cunha, da Universidade de Coimbra, em Portugal, o objetivo é investigar em que medida a cafeína pode prevenir o desenvolvimento de depressão, doença que afeta cerca de 15% da população e representa a primeira causa de incapacitação segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O grupo, que envolve colaboradores da Alemanha, Estados Unidos e Brasil, sujeitou ao longo de três semanas dois grupos de camundongos a situações de estresse crônico e imprevisível. Um dos grupos começou a receber duas semanas antes do experimento cafeína na água de beber. Testes mostraram que a concentração da substância encontrada na corrente sanguínea dos animais era equivalente à de um humano adulto que consome entre duas e três xícaras de café por dia.

“Tentamos reproduzir no modelo animal aquilo que todos nós humanos sentimos naquele momento da vida em que tudo vai mal. O carro quebra, perde-se o emprego, termina-se um relacionamento amoroso, descobre-se que um amigo tem câncer. Tudo é uma desgraça e, muitas vezes, esse conjunto de situações dá origem a um quadro depressivo”, contou Cunha em entrevista à Agência FAPESP.

No modelo animal, o estresse era induzido por situações como agitar a caixa onde estavam os camundongos durante alguns segundos, privá-los de comida temporariamente, dar banhos de água fria ou pequenos choques nas patas.

Uma série de testes bioquímicos, neuroquímicos, eletrofisiológicos e comportamentais foi feita após o período do experimento para avaliar fatores indicativos de depressão nos dois grupos.

“Como o animal não pode dizer se está ou não deprimido, avaliamos seu comportamento com uma série de testes já bem padronizados”, contou Cunha.

Um dos testes consiste em colocar o animal em uma situação de nado forçado por alguns minutos. Em condições normais, o roedor tenta escapar a todo custo. Um camundongo deprimido, porém, costuma desistir rapidamente e começa a boiar. “É como se ele esperasse que a vida resolvesse seu problema”, comentou Cunha.

Roedores deprimidos também demonstram menos interesse em se esforçar para alcançar uma bebida açucarada (perda de prazer ou anedônia), déficit de memória e tornam-se mais retraídos em momentos de interação social.

Também foi medido o nível de corticosteroide – o equivalente em animais ao cortisol, o hormônio do estresse – de algumas proteínas que costumam estar alteradas em quadros depressivos e o fluxo de informações em determinados circuitos neuronais.

“Observamos que a informação continua fluindo normalmente, o que muda na depressão é o sentido que se dá à informação que chega. A capacidade de se adaptar rapidamente em função de pistas externas parece perdida nos animais deprimidos”, contou Cunha.

Com base nos resultados dos testes, os pesquisadores concluíram que o grupo tratado com cafeína apresentou uma quantidade significativamente menor de sintomas depressivos em relação ao controle. O passo seguinte foi caracterizar o alvo molecular responsável por esse efeito observado.

“Nossos estudos anteriores já mostravam que a cafeína se liga a um receptor celular chamado A2A para adenosina e queríamos demonstrar que manipulando farmacologicamente ou geneticamente esse receptor conseguiríamos interferir nos resultados”, disse o pesquisador.

Existente em grande quantidade nos neurônios, o receptor A2A se liga a uma substância chamada adenosina, um dos componentes da molécula de ATP (adenosina trifosfato), que é essencial para o metabolismo energético.

“Quando há uma situação de estresse ou qualquer disfunção no sistema nervoso, ocorre um maior consumo de ATP, consequentemente uma maior liberação de adenosina. A adenosina em excesso se liga aos receptores A2A e desencadeia um efeito em cascata que faz esse sistema trabalhar ainda pior”, contou Cunha.

Como a cafeína também se liga ao receptor A2A, acrescentou o pesquisador, ela bloqueia a ligação com a adenosina, impede o efeito em cascata e reequilibra o sistema. “Por isso, quando estamos cansados e consumimos cafeína, por exemplo, nos sentimos mais alerta. Ela também aumenta a tolerância a vários sinais que podem causar hiperirritabilidade no indivíduo”, explicou Cunha.

Em um dos experimentos, o grupo administrou ao mesmo modelo animal o fármaco istradefilina, que também inibe a ação do receptor A2A e tem sido usado no tratamento da doença de Parkinson. Nesse caso, também foi observado no grupo de camundongos tratados um menor desenvolvimento de sintomas depressivos em comparação ao controle.

“Fizemos o nocaute do gene que expressa o receptor A2A para mostrar que isso conferia o mesmo efeito protetor da cafeína. Fizemos também o nocaute apenas em neurônios principais para mostrar que o efeito que observamos está presente diretamente no neurônio e não depende de interação com outros sistemas”, explicou.

Os resultados mais recentes da pesquisa foram divulgados em maio na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. Na avaliação de Cunha, os achados corroboram o que já havia sido demonstrado em estudos epidemiológicos com humanos.

“Um deles acompanhou ao longo de vários anos mais de 50 mil enfermeiras no Havaí, uma ilha onde todos têm estilo de vida e alimentação muito semelhante. Concluiu-se que aquelas que consumiam cafeína apresentaram menor necessidade de ajuda do ponto de vista psiquiátrico”, contou Cunha.

Ele ressalta, porém, que novos estudos precisam ser realizados para validar o receptor A2A como um alvo terapêutico em humanos.

“O grande problema de transpor essa informação para o homem é que somos sempre mais complicados. O receptor é uma proteína formada por uma cadeia de aminoácidos e essa cadeia pode ter pequenas variações de acordo com cada indivíduo. Isso é o que chamamos de polimorfismo genético e é o que faz as pessoas serem mais ou menos sensíveis à cafeína”, explicou Cunha.

O grupo de Coimbra também investiga se a inibição do receptor A2A pode prevenir as modificações cognitivas associadas a doenças como Alzheimer.

“Em estudos anteriores com modelos animais de Alzheimer, vimos que, quando se iniciam os problemas mnemônicos, o número de receptores A2A aumenta consideravelmente. Isso parece ser uma das causas da patologia e representa também uma oportunidade de tratamento”, disse.

O outro lado

No trabalho coordenado por Christophe Bernard no Institut de Neurosciences des Systèmes (INS), ligado à Aix-Marseille Université da França, foram avaliados os efeitos do consumo da cafeína durante a gestação e a lactação em camundongos.

Também nesse caso, as fêmeas de camundongo foram habituadas a ingerir cafeína na água, em concentrações equivalentes a duas ou três xícaras de café por dia. Depois era feito o cruzamento e mantida a oferta de cafeína durante a gestação e o período de lactação.

Os resultados foram publicados em 2013 na revista Science Translational Medicine.

“Observamos que a cafeína causa um atraso na migração para o hipocampo [região cerebral relacionada com memória e percepção espacial] de um grupo específico de neurônios gabaérgicos [que secretam ácido gama-aminobutírico]. Eles atingem o alvo, mas com um atraso de vários dias. Isso atrapalha o processo de construção do cérebro e causa um desequilíbrio”, contou Bernard à Agência FAPESP.

O efeito foi observado tanto na análise do tecido cerebral de camundongos quanto de macacos, que apresentam maior semelhança com os humanos.

Análises in vitro mostraram que, quando a cafeína se liga ao receptor A2A nos neurônios, a velocidade de migração é reduzida em 50%. “Isso sugere que a adenosina seja necessária para o processo de migração e essa é uma das coisas que estamos investigando atualmente”, contou.

O grupo francês também avaliou os efeitos desse atraso na migração neuronal nos filhotes e, posteriormente, nos camundongos adultos.

“Em decorrência do desequilíbrio causado pelo atraso dos neurônios, os filhotes se tornaram mais suscetíveis a sofrer de epilepsia e a apresentar convulsões febris. Apresentam um limite de tolerância ao aumento da temperatura corporal cerca de 1,5 grau Celsius menor”, contou Bernard.

Ao avaliar os camundongos já adultos, os cientistas notaram que outro grupo diferente de neurônios gabaérgicos estava faltando, causando, novamente, um desequilíbrio no funcionamento do cérebro.

“Testes comportamentais mostraram que a memória espacial nesses animais é menos eficiente que as dos camundongos controle. É um efeito sutil, mas está presente. Claro que se a cafeína estivesse causando algo realmente ruim no cérebro todos nós já saberíamos”, disse.

Bernard defende a necessidade de os profissionais de saúde investigarem o consumo materno de cafeína durante a gestação quando atenderem em hospitais crianças com crises convulsivas. “Dessa forma poderíamos tentar ver se há também em humanos uma correlação entre consumo de cafeína e aumento na probabilidade de ter epilepsia.”

Limite de segurança

Presente não apenas no café como também em diversos tipos de chá, refrigerantes, chocolates e bebidas energéticas, a cafeína é de longe a substância psicoativa mais consumida no mundo e não há consenso sobre qual seria o limite diário de segurança.

Segundo relatório publicado em maio pelo comitê científico da European Food Safety Authority (EFSA), o consumo de até 400 mg ao dia (cerca de 4 xícaras de café) por indivíduos adultos com em média 70 kg e que não estejam gestantes não representaria riscos significativos de saúde. Para mulheres grávidas ou lactantes, o valor supostamente seguro seria de 200 mg ao dia.

Bernard defende a necessidade de realizar estudos clínicos que confirmem se a quantidade de 200 mg ao dia é de fato segura para o desenvolvimento cerebral durante a gestação ou se pode representar um fator de risco para o desenvolvimento de patologias na vida adulta.

“No trabalho de 2013, avaliamos apenas o hipocampo. Agora estamos olhando o cérebro mais globalmente e vendo que outras regiões, como o córtex, também são afetadas, pelo menos em camundongos. Em um modelo animal de Alzheimer, estamos investigando se o consumo de cafeína na gestação pode facilitar de alguma forma o desenvolvimento da doença”, contou. 
Estudos foram apresentados durante a 9ª edição do Congresso Mundial de Cérebro, realizado no Rio de Janeiro de 7 a 11 de julho (imagem: Wikimedia Commons)

Link:

Soybean oil causes more obesity than coconut oil, fructose

Scientists found mice on high soybean oil diet showed increased levels of weight gain, diabetes compared to mice on a high fructose diet or high coconut oil diet

Date: July 22, 2015

Source: University of California - Riverside

Summary:
A diet high in soybean oil causes more obesity and diabetes than a diet high in fructose, a sugar commonly found in soda and processed foods, according to a new study. In the U.S. the consumption of soybean oil has increased greatly in the last four decades due to a number of factors, including results from studies in the 1960s that found a positive correlation between saturated fatty acids and the risk of cardiovascular disease.
A diet high in soybean oil causes more obesity and diabetes than a diet high in fructose, a sugar commonly found in soda and processed foods, UC Riverside researchers found.
Credit: Denise Wolf

A diet high in soybean oil causes more obesity and diabetes than a diet high in fructose, a sugar commonly found in soda and processed foods, according to a just published paper by scientists at the University of California, Riverside.

The scientists fed male mice a series of four diets that contained 40 percent fat, similar to what Americans currently consume. In one diet the researchers used coconut oil, which consists primarily of saturated fat. In the second diet about half of the coconut oil was replaced with soybean oil, which contains primarily polyunsaturated fats and is a main ingredient in vegetable oil. That diet corresponded with roughly the amount of soybean oil Americans currently consume.

The other two diets had added fructose, comparable to the amount consumed by many Americans. All four diets contained the same number of calories and there was no significant difference in the amount of food eaten by the mice on the diets. Thus, the researchers were able to study the effects of the different oils and fructose in the context of a constant caloric intake.

Compared to mice on the high coconut oil diet, mice on the high soybean oil diet showed increased weight gain, larger fat deposits, a fatty liver with signs of injury, diabetes and insulin resistance, all of which are part of the Metabolic Syndrome. Fructose in the diet had less severe metabolic effects than soybean oil although it did cause more negative effects in the kidney and a marked increase in prolapsed rectums, a symptom of inflammatory bowel disease (IBD), which like obesity is on the rise.

The mice on the soybean oil-enriched diet gained almost 25 percent more weight than the mice on the coconut oil diet and 9 percent more weight than those on the fructose-enriched diet. And the mice on the fructose-enriched diet gained 12 percent more weight than those on a coconut oil rich diet.

"This was a major surprise for us -- that soybean oil is causing more obesity and diabetes than fructose -- especially when you see headlines everyday about the potential role of sugar consumption in the current obesity epidemic," said Poonamjot Deol, the assistant project scientist who directed the project in the lab of Frances M. Sladek, a professor of cell biology and neuroscience.

The paper, "Soybean oil is more obesogenic and diabetogenic than coconut oil and fructose in mouse: potential role for the liver," was published July 22 in the journal PLOS ONE.

In the U.S. the consumption of soybean oil has increased greatly in the last four decades due to a number of factors, including results from studies in the 1960s that found a positive correlation between saturated fatty acids and the risk of cardiovascular disease. As a result of these studies, nutritional guidelines were created that encouraged people to reduce their intake of saturated fats, commonly found in meat and dairy products, and increase their intake of polyunsaturated fatty acids found in plant oils, such as soybean oil.

Implementation of those new guidelines, as well as an increase in the cultivation of soybeans in the United States, has led to a remarkable increase in the consumption of soybean oil, which is found in processed foods, margarines, salad dressings and snack foods. Soybean oil now accounts for 60 percent of edible oil consumed in the United States. That increase in soybean oil consumption mirrors the rise in obesity rates in the United States in recent decades.

During the same time, fructose consumption in the United States significantly increased, from about 37 grams per day in 1977 to about 49 grams per day in 2004.

The research outlined in the paper is believed to be the first side-by-side look at the impacts of saturated fat, unsaturated fat and fructose on obesity, diabetes, insulin resistance and nonalcoholic fatty liver disease, which along with heart disease and hypertension, are referred to as the Metabolic Syndrome.

The study also includes extensive analysis of changes in gene expression and metabolite levels in the livers of mice fed these diets. The most striking results were those showing that soybean oil significantly affects the expression of many genes that metabolize drugs and other foreign compounds that enter the body, suggesting that a soybean oil-enriched diet could affect one's response to drugs and environmental toxicants, if humans show the same response as mice.

The UC Riverside researchers also did a study with corn oil, which induced more obesity than coconut oil but not quite as much as soybean oil. They are currently doing tests with lard and olive oil. They have not tested canola oil or palm oil.

The researchers cautioned that they didn't study the impacts of the diets on cardiovascular diseases and note in the paper that the consumption of vegetable oils could be beneficial for cardiac health, even if it also induces obesity and diabetes.

They also noted that there are many different types of saturated and unsaturated fats. This is particularly true for the saturated fats in animal products that were associated with heart disease in the studies in the 1960s: they tend to have a longer chain length than the saturated fats in coconut oil.

The latest paper relates to previously released findings by scientists in Sladek's lab and at the UC Davis West Coast Metabolomics Center, which compared regular soybean oil to a new genetically modified soybean oil.

That research, presented at a conference in March, found that the new genetically modified, high oleic soybean oil (Plenish), which has a lower amount of polyunsaturated fatty acid than traditional soybean oil, is healthier than regular soybean oil but just barely. Using mice, the researchers found that the Plenish oil also induces fatty liver although somewhat less obesity and diabetes. Importantly, it did not cause insulin resistance, a pre-diabetic condition. It should be noted that both the regular soybean oil and Plenish are from soybeans that are genetically modified to be resistant to the herbicide RoundUp.

The researchers are now finalizing a manuscript about these findings that also incorporates tests done with olive oil.

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by University of California - Riverside. The original item was written by Sean Nealon. Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
Poonamjot Deol, Jane R. Evans, Joseph Dhahbi, Karthikeyani Chellappa, Diana S. Han, Stephen Spindler, Frances M. Sladek. Soybean Oil Is More Obesogenic and Diabetogenic than Coconut Oil and Fructose in Mouse: Potential Role for the Liver. PLOS ONE, 2015; 10 (7): e0132672 DOI: 10.1371/journal.pone.0132672

Cite This Page:
University of California - Riverside. "Soybean oil causes more obesity than coconut oil, fructose: Scientists found mice on high soybean oil diet showed increased levels of weight gain, diabetes compared to mice on a high fructose diet or high coconut oil diet." ScienceDaily. ScienceDaily, 22 July 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/07/150722144640.htm>.

Matos e fatos: Bidens pilosa

A espécie Bidens pilosa é uma das plantas espontâneas mais conhecidas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, principalmente pela fama de causar irritação nas pessoas quando grudam em suas roupas. 

É denominada popularmente por picão-preto, amor-seco, macela-do-campo, carrapicho-de-duas-pontas e fura-capas, dentre vários outros.

Apesar de ser classificada como planta daninha ou invasora, tem sido pesquisada quanto às suas propriedades terapêuticas.

1. Planta anual, de ciclo curto. Em um ano pode ter duas a três gerações e floresce e frutifica o ano todo. Dependendo do solo e da competição com outras espécies, pode ultrapassar mais de 1,0 m de altura.


2. No campo, vamos encontrar espécies ou variedades que não são fáceis de serem classificadas. Segundo Lorenzi (2000), a Bidens subalternans possui aquênios com 4 aristas enquanto a B. pilosa possui 2 a 3 aristas. Há também a Bidens alba, com usos e aspectos semelhantes. Todas estas são denominadas popularmente por picão-preto.

3. Seu principal uso tradicional mais comum é no banho de bebês para tratamento da icterícia. Como medicinal sempre foi usada pelos povos indígenas da Amazônia. Seus outros usos na medicina popular são vários, como, por exemplo, para tratamento de diabetes, desinteria, verminose e infecções urinárias. 

4. Em animais, alguns produtores adicionam na alimentação dos mesmos para desintoxicação devido ao uso de produtos químicos.

5. Também pode ser consumida como alimento, mas antes de florescer ou frutificar. (https://sites.google.com/site/florasbs/asteraceae/picao)

6. É uma espécie conhecida tanto como alimento como medicamento em muitas regiões do mundo, com destaque para a Ásia (http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870).

7. Apresenta rica constituição química: flavonoides, terpenos, esteróis, ácidos, sais minerais, lipídios (http://quintaisimortais.blogspot.com.br/2013/06/o-picao-preto-bidens-pilosa-na-medicina.html).

8. Uma planta pode produzir milhares de sementes, as quais se mantem viáveis por um longo período. Cada planta produz de 80 a 100 flores, com um potencial de produção de 3 000 plantas (http://www.plantasmedicinales.org/archivos/bidens_pilosa___monografia_portugues.pdf).

9. Altas infestações podem ocasionar decréscimos de até 30% na produtividade; planta hospedeira de fungos, nematóides e vírus (http://panorama.cnpms.embrapa.br/plantas-daninhas/identificacao/folhas-largas/picao-preto-bidens-pilosa).

10. Na literatura científica encontramo revisões sobre os aspectos terapêuticos da espécie:


Referência

LORENZI, H. Plantas medicinais do Brasil - nativas e exóticas. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002.

Texto

Marcos Roberto Furlan - Engenheiro Agrônomo 
Maria Beatriz da Silva Pereira - Acadêmica do curso de Engenharia Agronômica - UNITAU
Fotos: Bidens pilosa
Autoria: Paulo Schwirkowski
Link das fotos:

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Recomendações Técnicas para a Produção do Tomate Ecologicamente Cultivado -TOMATEC.

Um alerta foi feito: é preciso conservar as sementes tradicionais

Foi quando os Krahôs necessitaram de algumas sementes que as demais etnias começaram a buscar as sementes que lhes faltavam. Agora muitas vivem o resgate da alimentação indígena e do extrativismo sustentável.

Magali Colonetti
Em 19/07/2015
Lideranças Krahô falaram sobre sua busca por sementes tradicionais. . Foto: Leonil Junior

Na mitologia Krahô a estrela mulher Catxêkwyj é a responsável pelas sementes da terra. Com o tempo muitas dessas sementes se perderam por alguns motivos, entre eles a falta de terra produtiva. O costume nômade dos indígenas foi podado ao terem que ficar em terras demarcadas, impedindo migrar para terras boas depois de usufruir de uma outra. Para completar, em algumas aldeias os jovens deixaram de plantar. E com a necessidade de ter as sementes da Deusa novamente, o povo Krahô pediu ajuda a Terezinha Dias na Embrapa iniciando assim um resgate importante na plantação dos alimentos tradicionais de muitos povos. História essa contada na roda de prosa da tarde deste domingo. 

Terezinha foi quem iniciou o papo sobre a conservação de sementes tradicionais e crioulas, extrativismo sustentável e segurança alimentar de povos indígenas. Segundo ela, a busca pela preservação de sementes tradicionais é uma questão de política pública. Atualmente são 200 mil tipos de sementes espalhados pelas sedes da Embrapa e disponíveis para que o plantio das mesmas seja feito. “A gente só muda os costumes a partir de uma demanda popular. Procurar a Embrapa quando uma semente acabou é um serviço e divulgação do uso da instituição que precisa ser mais divulgado”, comentou. 

E foi nessa busca do povo Krahô que surgiu a troca de sementes em 2007 e desde então eles realizam uma feira em suas terras todo mês de setembro do ano. Outras etnias aderiram a ideia na sequencia e houve o retorno da troca de sementes entre os povos. Um costume que se perdeu ao longo dos anos devido à distância territorial entre as aldeias. “Quando eu era criança minha avó contou sobre as sementes antigas que minha aldeia perdeu. Eu pensava onde encontrar essas sementes. A Terezinha que contou tudo pra mim e falou sobre a feira dos Krahô”, contou o Cacique José Guimarães Sumené Xavante. Atualmente eles também realizam sua feira de trocas e estão em constante busca das sementes tradicionais. “Eu fiz reunir a comunidade porque não posso olhar comida no mercado. Não tenho grana pra isso e são comidas de branco. Não faz bem, não me da a força que preciso. Eu vou trabalhar junto com a comunidade, não posso ficar quieto”, completou. “A semente que nós pegamos não é de hoje, nem de ontem... é da mulher estrela. Não dá para adubar alimento sagrado. Nós não plantamos para revender no mercado, nós plantamos para ter o alimento suficiente até a próxima safra”, contou o cacique Getúlio Krahô. Ele terminou sua fala afirmando que todos nós formamos o povo da terra sagrada e que nós fizemos esse intercâmbio de sementes. 

Toda ajuda é bem-vinda 

Enquanto a prosa acontecia, uma feira de troca acontecia. Tudo arquitetado pelo projeto Raízes das Imagens que surgiu ao trabalhar com oficinas de vídeo nas aldeias. Durante as conversas viram o problemas que aconteciam pela falta de sementes tradicionais nas aldeias que passavam. Também observaram a falta de conhecimento em técnicas de plantio. Dessa necessidade surgiu o projeto Multiplica para buscar conscientizar no auto-reflexo do valor da tradição que essas sementes carregam. Assim o grupo começou a passar por comunidades agrícolas, principalmente os novos rurais que hoje investem no plantio consciente, passando as sementes para quem quer ajudar a criar um banco de sementes na terra. 

Para reforçar a importância da semente na cultura dos povos, a etnia Krahô demonstrou uma das danças feitas na Festa da Batata. Essa é a festa da semente e é uma festa sagrada. Realmente a questão de plantio e regaste de sementes tradicionais é uma das principais questões do povo indigina atualmente. 

Link: 

Caderno do Plano de Manejo Orgânico


Caderno do Plano de Manejo Orgânico

Boas Práticas Extrativismo Sustentável Orgânico - Caroá


Physalis peruviana (elhuerto20.wordpress.com)

Physalis peruviana en el interior del invernadero
Hilera creciendo en el exterior

La Physalis peruviana, más conocida como Uchuva, es una planta que tenía ganas de tener, desde que hace años cultivé a un pariente suyo, la Physalis alkekengi, pero no había coincidido hasta ahora. El año pasado compré un paquete de estas frutillas doradas que aparecen envueltas en sus cápsulas de papel y me hice con una tanda de semillas que este año puse a germinar. Y aquí tenéis como marcha la planta de momento.

Es una planta perenne en las zonas cálidas, pero que aquí posiblemente se comportará como anual. La planta dicen ronda en torno al metro de altura, pudiendo alcanzar los dos metros si se poda y no se deja que salgan brotes laterales, de modo similar a los tomates. Necesitará como ellos algún tipo de soporte o caerá por el suelo.

En sus primeras etapas las plántulas de esta solanácea son muy sensibles a podredumbres y encharcamientos, por lo que hay que tratarlas con algún antifúngico natural que impida que se enfermen y mueran. En nuestro caso hemos usado la cebolla y la manzanilla como base del tratamiento.
Plantas con tutor y las primeras flores
Plantas en el semillero

Las sembré tras terminar con todo lo demás, ya en el mes de marzo. Cuando las plantas en el semillero alcanzaron los 10-15 cm, las trasplanté a tiestos. Allí han estado creciendo hasta ahora, cuando, ya un poco tarde, han pasado de forma definitiva a tierra. No sé si sus plazos serán los adecuados, y cómo van de tiempo, en qué medida podrán llegar a madurar la cosecha, o no. Por ello no solo he puesto una tanda en el exterior. Otras pocas plantas las he colocado dentro del invernadero. Ya veremos lo que pueden dar de si.

Es una planta de terrenos cálidos, pero dentro del invernadero que es donde han estado hasta ahora no se han dado nada mal. Es una planta que puede tener un buen crecimiento. Por ello estoy pensando en colocar algo que sirva de soporte a las ramas que van a desarrollar las frutillas.
Detalle de las primeras flores

Las plantas han estado hasta hace poco en la mezcla usual empleada para los semilleros y al pasarlas al exterior las hemos colocado a pleno sol, en los caballones que hay junto al estanque, con un poco de humus en cada hoya de trasplante. ©

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Brasil tem oportunidade de ser protagonista em energia solar

Painéis fotovoltaicos utilizam o silício de grau solar em sua produção. Foto: IPT

Projeto do Instituto de Pesquisas Tecnológicas obtém silício de alta pureza e pode alavancar a indústria de energia fotovoltaica no País

A energia solar fotovoltaica, fonte limpa e renovável, vem se afirmando na matriz energética mundial, com perspectivas animadoras para os próximos anos. O Brasil tem agora a oportunidade de ser um dos protagonistas neste mercado, entrando com condições competitivas na produção dos painéis fotovoltaicos. A boa notícia vem da finalização de um projeto inovador que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) desenvolveu para obtenção do Silício Grau Solar (SiGS), material empregado na produção de células solares fotovoltaicas, utilizadas para a conversão da energia solar em energia elétrica.

Até o final da década de 1990, o Silício Grau Solar era obtido como subproduto da produção do Silício Grau Eletrônico (SiGE). O projeto do IPT, no entanto, desenvolveu o produto a partir de uma rota alternativa metalúrgica, que tem potencial para inovação, valendo-se da sua ampla experiência na purificação de silício e do menor custo que esse caminho propicia. Iniciou, assim, o desenvolvimento de um processo metalúrgico alternativo para a obtenção de silício de alta pureza (>99,999%).

Finalizado o projeto, o momento é de conseguir parceiros para viabilizar financeiramente o programa em escala industrial. “Com o estabelecimento de uma indústria produtora da principal matéria-prima empregada na produção de células solares fotovoltaicas, haverá condições favoráveis para projetos de implantação e expansão de indústrias fabricantes de células e painéis solares fotovoltaicos no Brasil, barateando toda a cadeia da energia solar no País”, afirma o pesquisador João Batista Ferreira Neto, do Laboratório de Processos Metalúrgicos, coordenador do projeto.

O Brasil, de acordo com Ferreira Neto, já é um dos maiores produtores mundiais de silício grau metalúrgico, com capacidade de produção de aproximadamente 200 mil toneladas a cada ano. A proposta é agregar valor a este produto com o desenvolvimento do Silício Grau Solar, que atualmente é comercializado por aproximadamente 20 dólares o quilograma. O momento é oportuno: em todo o mundo há apenas um projeto em fase industrial de produção de silício de grau solar pela rota metalúrgica, na Noruega, e a demanda por energia solar é ascendente.

Este mercado tem crescido nos últimos dez anos, em média, 40% anualmente. Embora o custo da energia solar fotovoltaica ainda seja alto, ele vem caindo rapidamente, e especialistas do setor acreditam que entre 2020 e 2030 a energia solar terá custos competitivos em relação às fontes tradicionais de energia.

O projeto do IPT, finalizado em 2014, contou com a parceria da Cia Ferroligas Minas Gerais – MinasLigas e o financiamento do BNDES. Dele resultou um doutorado, três dissertações de mestrado e duas patentes, além de diversos trabalhos publicados em revistas e anais de congressos, em investimentos que somaram aproximadamente R$ 12 milhões. Atualmente há interesse em parceria com empresas para a produção em escala industrial e comercialização do produto, na forma de painéis fotovoltaicos. Estudos de viabilidade financeira do IPT mostraram que uma planta com produção de 100 toneladas de silício ao ano teria, em sua fase piloto, um faturamento anual aproximado de US$ 2,1 a US$ 2,4 milhões.

Informações do IPT / Jornal da Ciência, in EcoDebate, 22/07/2015

Consumo de carne cresce em ritmo acelerado e pode se tornar insustentável

Na coroação da rainha Isabel II, em 1953, foi servido frango, uma ave que pode parecer muito pouco nobre para um momento de pompa como este. Daquela cerimônia nasceu uma das receitas britânicas mais famosas, a Coronation Chicken. A partir de então, o consumo de carne no Ocidente acelerou-se de forma tão espetacular que aquilo que era extraordinário agora é comum. Só entre 1990 e 2012, segundo dados da FAO, o número de frangos no mundo cresceu 104,2%, passando de 11.788 para 24,7 bilhões, e o gado bovino, muito poluidor para o meio ambiente, passou de 1,4 bilhão para quase 1,7 bilhão de cabeças (um aumento de 16,5%). O problema está em saber se o planeta tem condições para suportar este aumento: um estudo de 2013, também da organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura, garante que a produção da carne é responsável por 14,5% das emissões de carbono e que, ao mesmo tempo, nos países desenvolvidos o consumo de carne cresce em torno de 5% ou 6% ao ano. “O gado tem um papel muito importante na mudança climática”, concluía a FAO.
Fonte: http://bit.ly/1K8PM6U 

A reportagem é de Guillermo Altarese publicada por El País, 15-07-2015. A tradução é de André Langer.

“A nossa alimentação está baseada em produtos de origem animal e sabemos que sua repercussão ambiental é muito grande”, explica Emilio Martínez de Victoria Muñoz, ex-presidente do Comitê Científico da Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutrição. “Um quilo de carne é muito menos sustentável que um quilo de verduras”. O antropólogo Jesús Contreras, do Observatório da Alimentação, assinala: “Se todos os habitantes da China consumissem a mesma quantia de carne que nós, seria insustentável. Temos um problema de sustentabilidade, porque mantemos uma alimentação energeticamente muito cara”.

A carne sofreu várias crises. Por um lado, existem os conselhos médicos relacionados ao excessivo consumo de determinadas variedades (suínos, carne vermelha). Por outro lado, como ocorreu com as vacas loucas, há as polêmicas provocadas pelos produtos com os quais se alimenta o gado. Mas o grande problema envolvido em seu consumo tem agora muito mais a ver com o meio ambiente do que com a saúde. A chamada pegada de carbono, que mede os recursos necessários para produzir algo, é gigantesca no caso da carne, tanto que ninguém acredita que se possa manter o ritmo atual. Novamente segundo a FAO, no conjunto dos países desenvolvidos consumiam-se em média 60 quilos de carne em 1964; agora são 95,7 e calcula-se que serão 100,1 em 2030.

O jornalista Andrew Lawyer, que acaba de publicar um livro sobre a história dos frangos, Why did the chicken cross the world? (Por que o frango cruzou o mundo?), garante não poder calcular o número de aves que são sacrificadas diariamente no mundo: “Não existem estatísticas, mas estou seguro de que são dezenas de milhões. O consumo de frango cresce muito rapidamente. Quanto mais urbanizados são os países, mais ovos e frangos consomem”. AEspanha passou de uma produção de 836 mil toneladas de carne de aves para 1,3 milhão entre 1990 e 2013.

A carne representa uma indústria muito importante na Espanha. Segundo os últimos dados disponíveis da associação de produtores de carne, em 2013 o país exportou 1,57 milhão de toneladas pelo valor de 4,2 bilhões de euros. Com 3,4% da produção mundial, a Espanha é, além disso, o quarto maior produtor de carne suína, atrás apenas da China(que produz 50% da carne suína do mundo), dos Estados Unidos (10%) e da Alemanha (5,3%). Ao mesmo tempo, é o segundo país europeu em produção, representando 16% do total.

Esse mundo industrial, do qual vivem milhares de pequenas economias – basta recordar a crise que houve em Burgosno final de 2014 quando um incêndio destruiu a fábrica deCantimpalos –, pode ser encontrado na localidade de Cantimpalos, com 1.400 habitantes, 16 indústrias de embutidos e uma produção de chouriço de 42 toneladas em 2013: “O setor de suínos não tem ajudas comunitárias”, explica Pedro Matarranz (foto abaixo), um pequeno produtor. “Este povo vive das indústrias de embutidos, da pecuária ou da agricultura”, afirma.

Sob o calor de julho no planalto da Segóvia, uma visita à sua pequena propriedade mostra as enormes dificuldades do ofício, desde o manejo de cerca de 500 toneladas de esterco ao ano (apesar de que ele utilize sobretudo palha) para transformá-los em adubo até as enormes medidas de segurança alimentar. Também em escala familiar, que beira o artesanal, a carne de porco requer um esforço energético muito grande.

“A alimentação do futuro será a alimentação do passado”, explicaSandro Dernini, assessor da FAO. “A pegada de carbono da produção de proteínas animais é enorme”, assinala. “Este ofício mudou muito pouco em 200 anos”, explica Jesús González Veneros (ver primeira foto), um pecuarista de Ávila, enquanto aponta para as manchas pretas em um morro distante daSierra de Gredos. Um olho inexperiente é incapaz de distinguir o gado, mas ele o localiza perfeitamente. Para chegar até ali precisa de um cavalo, como seu bisavô, seu avô e seu pai, que também eram criadores de gado. Estas propriedades representam a máxima expressão de uma carne ecológica, da qual depende um ecossistema econômico e social, mas é impossível que por meio deste tipo de propriedade se consiga sustentar a demanda mundial, salvo se reduza drasticamente o seu consumo.

Este problema se coloca, além disso, em um mundo no qual em torno de 900 milhões de pessoas passam fome diariamente. Como assinala a FAO, o setor de carnes enfrenta um desafio impossível de aumentar a produção diante de um crescimento da demanda e da população do planeta e a necessidade de frear ao mesmo tempo as emissões.

(EcoDebate, 22/07/2015) publicado pela IHU On-line, parceira editorial da revista eletrônica EcoDebate na socialização da informação.

[IHU On-line é publicada pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]

CFC, FBC e Profis publicam Manual de Procedimentos para o Terceiro Setor

Publicação já está disponível no site do Conselho

A Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC), com o apoio do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e da Associação de Procuradores e Promotores de Justiça de Fundações e Entidades de Interesse Social (Profis) lança, no próximo dia 21, em São Paulo, o Manual de Procedimentos para o Terceiro Setor. A publicação tem o objetivo de auxiliar os profissionais da contabilidade que atuam em entidades da sociedade civil a conferir transparência em prestações de contas e registros contábeis.

A publicação surgiu de uma demanda da Profis, que observou a necessidade de melhoria das práticas contábeis do terceiro setor. “A Profis é a entidade que sintetiza a demanda por informação contábil produzida pelos contadores das entidades de interesse social. A partir dessa demanda, organizamos um grupo. Os capítulos do livro foram produzidos com a colaboração de autores que têm experiência prática, outros que contam com experiência acadêmica e alguns que contam com experiência nas duas áreas”, conta José Antonio de França, coordenador do Grupo de Estudos do CFC que produziu o manual.

A adequação entre a contabilidade pública e o terceiro setor foi tema de reunião no mês passado entre a assessora especial da Secretaria-Geral da Presidência da República Laís Lopes e o presidente do Conselho Federal de Contabilidade, José Martonio Alves Coelho. No próximo dia 27, entra em vigor o novo regime jurídico das parcerias voluntárias, e a secretaria-geral pediu auxílio do CFC para capacitar os profissionais da contabilidade sobre o novo marco legal. Segundo França, o Manual de Procedimentos auxilia nessa tarefa. “A publicação trata de prestação de contas e de procedimentos de contabilidade. Embora não seja voltado apenas para entidade que tenha convênio com o setor público, o manual auxilia nesse tipo de prestação de contas.”

O Manual de Procedimentos detalha, em 11 capítulos, o Regime Tributário Brasileiro, os conceitos básicos do sistema de controle interno, a necessidade e o trabalho das auditorias das demonstrações contábeis e o plano de contas.

A publicação está disponível no site do Conselho Federal de Contabilidade (www.cfc.org.br).

Por Juliana Barbosa, in EcoDebate, 22/07/2015

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Educação Ambiental nas Escolas

terça-feira, 21 de julho de 2015

Elderberry benefits air travelers

Negative health effects of international air travel are well documented, but now it seems that the common elderberry can provide some relief

Date: July 21, 2015

Source: Griffith University

Summary:
Intercontinental air travel can be stressful and affect a passenger's physical and psychological wellbeing. Whilst jet lag and fatigue remain the best known problems, holidaymakers also often experience upper respiratory symptoms. The negative health effects of international air travel are well documented but now it seems that the common elderberry can provide some relief.
Elderberries.
Credit: Iprona AG

The negative health effects of international air travel are well documented but now it seems that the common elderberry can provide some relief.

Associate Professor Evelin Tiralongo and Dr Shirley Wee from Griffith's Menzies Health Institute Queensland (MHIQ) have completed a clinical trial showing that an elderberry supplement can provide some protection from cold and flu-like symptoms following long-haul flights.

Intercontinental air travel can be stressful and affect a passenger's physical and psychological wellbeing. Whilst jet lag and fatigue remain the best known problems, holidaymakers also often experience upper respiratory symptoms.

Presenting their results at the 21st Annual International Integrative Medicine Conference in Melbourne, the research team showed how elderberry appears to reduce the duration and severity of the cold.

The randomised, double-blind placebo controlled clinical trial was conducted with 312 economy class passengers travelling from Australia to an overseas destination. Cold episodes, cold duration and symptoms were recorded in a daily diary and participants also completed surveys before, during and after travel.

"We found that most cold episodes occurred in the placebo group, but the difference between the placebo and active group was not significant. However, the placebo group had a significantly higher number of cold episode days, and the symptom score in the placebo group over these days was also significantly higher," says Associate Professor Tiralongo.

"Complementary medicines are used by two in three Australians, thus increasing the evidence base of these medicines should be at the forefront of our efforts. It's often forgotten that the evidence for various herbal medicines is extract specific," says Associate Professor Tiralongo.

The trial used capsules containing 300mg of a standardised, proprietary membrane-filtered elderberry extract which has shown to be effective in working against respiratory bacteria and influenza viruses.

The Griffith study follows recent European research published in the open access journal Current Therapeutic Research which suggests that a combination of Echinacea herb and root extract supplemented with elderberry can be as effective as the conventional antiviral medicine Tamiflu for the early treatment of influenza.

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by Griffith University.Note: Materials may be edited for content and length.

Cite This Page:
Griffith University. "Elderberry benefits air travelers: Negative health effects of international air travel are well documented, but now it seems that the common elderberry can provide some relief." ScienceDaily. ScienceDaily, 21 July 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/07/150721102755.htm>.

Hortas comunitárias e agricultura urbana, artigo de Roberto Naime

Crianças em uma das 126 hortas escolares de Belo Horizonte. Foto: FAO

[EcoDebate] Já é uma tendência mundial e se ainda não chegou com a força e a vitalidade que merecia ao Brasil, isto decorre da ausência de maior organização na sociedade civil e da histórica carência de gestão no setor público. As hortas comunitárias são uma expressão de realidade já relevante em cidades europeias e demonstram que é só querer fazer a diferença para modificar a paisagem.

Espaços públicos e principalmente áreas degradadas, podem ser utilizadas por organizações não-governamentais, associações de moradores ou mesmo por órgãos de gestão, preferencialmente municipais, para a instalação de hortas comunitárias. As hortas podem ser importantes instrumentos de viabilização de segurança alimentar, e mais do que isso, podem auxiliar na recuperação de áreas degradadas e na manutenção de áreas, onde aparente abandono por qualquer motivo, gera até mesmo situação de insegurança.

Na Europa é comum que o abastecimento de hortifrutigranjeiros provenha destas áreas, que humanizam as cidades e recuperam elos telúricos entre os habitantes e o meio físico no qual estão instalados. Lá pode não ter tão pronunciada característica de segurança alimentar, mas como aqui, evita a necessidade que o abastecimento de verduras e itens correlatos dependa de transporte em elevadas distâncias.

Áreas utilizadas como depósitos de entulhos pela sensação de abandono e áreas tomadas por redutos de marginalidade e tráfico de drogas podem ser reintegradas à paisagem urbana, melhorando as condições de segurança social, segurança alimentar e eventualmente geração de ocupação e renda também.

Há mais de 20 anos experiências pioneiras neste sentido são descritas em várias localidades, como São Paulo, São Bernardo, Sete Lagoas em Minas Gerais e Brasília. Não cabe às prefeituras ficarem administrando associações comunitárias, com os mais variados objetivos, inclusive geração de ocupação e renda, mas certamente é lícito esperar que as administrações municipais possam ter estruturas que auxiliem a viabilizar a implantação deste tipo de empreendimento.

Experiências relatam custos iniciais de infraestrutura que podem ser relevantes, como remoção de resíduos sólidos e entulhos, cercas e outros itens, mas a manutenção geral das áreas não é onerosa e retoma espaços antes degradados ou marginalizados, além da indiscutível humanização dos espaços e criação de novo vínculo relacional entre a população e o meio físico, que é literalmente intangível

A Organização Não Governamental Associação Global de Desenvolvimento Sustentável (AGDS) de São Bernardo do Campo, conforme informação obtida em site foi uma das pioneiras nesta iniciativa. Identificou em terrenos da Eletropaulo que abrigavam torres de transmissão e se encontravam degradados, a oportunidade de semear mudas de hortaliças. Não se sabe qual foi a primeira iniciativa, mas fica aqui o registro elogioso. Deste momento em diante, um sem número de outros empreendimentos são registrados, não sendo possível a discriminação de todas as entidades e personalidades envolvidas, às quais fica apenas certificada a menção de louvor.

Atualmente, existem em São Paulo e em outras cidades, além de hortas tradicionais em espaços públicos, como praças, terrenos ou até mesmo páteos, outras hortas comunitárias ou particulares, em coberturas de edifícios, em áreas de shoppings e até mesmo hortelãos individuais em apartamentos ou em espaços urbanos variados. É muito relevante a sensação causada com este novo vínculo que se cria entre o homem e a terra, em qualquer que seja a condição da horta. Em shoppings, existem hortas desenvolvidas pela necessidade de compostagem dos restos de resíduos sólidos alimentares, que não mais puderam ser destinados à coleta regular dos municípios ou a aterros sanitários. Boa parte das hortas incentiva fortemente a produção orgânica.

Recuperar e reintegrar ao espaço urbano, áreas improdutivas e que estejam viabilizando maior degradação ou instrumentando atividades marginalizadas de qualquer natureza, é atividade de grande valor social. Ainda mais se houver a consideração de que está sendo utilizada para a produção de alimentos perecíveis, ou eventual geração de ocupação e renda local.

Também em escolas, se deve mencionar o desenvolvimento de quantidade prodigiosa de iniciativas por todo o país indistintamente. Existem também a evolução de iniciativas englobando o cultivo de mudas de árvores frutíferas e permitindo também a inserção de mudas de flores para abastecer viveiros.

São enormes as potencialidades desta iniciativa. Se repete que se faz urgente que as administrações municipais viabilizem estruturas de apoio às iniciativas, que sejam adequadas. Se enfatiza que não cabe nem é necessário que as administrações sejam responsáveis pelas iniciativas, mas é indispensável que estejam aptas e instrumentalizadas para apoiar iniciativas de associações de moradores, associações comunitárias ou organizações não governamentais.

Não é o caso da Europa, onde predominam fatores que se pode considerar existenciais e até mesmo antropológicos no desenvolvimento das hortas comunitárias, mas dentro do contexto da realidade do país, é possível até mesmo projetar ações importantes de inclusão social associadas, onde pessoas carentes, com instrução deficiente ou simplesmente vulnerabilizadas e marginalizadas, podem encontrar melhores condições de qualidade de vida para o cotidiano que enfrentam.

Neste sentido são relevantes algumas experiências já desenvolvidas há bastante tempo atrás, por municípios como Sete Lagoas em Minas Gerais. Ninguém está descobrindo a roda ou propondo solução miraculosa. Mas é de um somatório de pequenas e relevantes iniciativas que se alcançará um novo patamar de qualidade ambiental e de qualidade de vida para todas as populações neste país continente, no qual as realidades sempre devem ser reconhecidas e adaptadas regionalmente.

Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

Sugestão de leitura: Celebração da vida [EBook Kindle], por Roberto Naime, na Amazon.

Nota: Saiba mais sobre agricultura urbana clicando aqui

in EcoDebate, 21/07/2015
"Hortas comunitárias e agricultura urbana, artigo de Roberto Naime," in Portal EcoDebate, 21/07/2015, http://www.ecodebate.com.br/2015/07/21/hortas-comunitarias-e-agricultura-urbana-artigo-de-roberto-naime/.

Até 119 milhões de árvores viraram fumaça em áreas protegidas da Amazônia entre 2012-2014

Araújo, E., Barreto, P., & Martins, H. 2015. Áreas Protegidas críticas na Amazônia no período de 2012 a 2014. (p. 20) Belém: Imazon.Em geral, as Unidades de Conservação (UCs) têm sido uma das medidas mais eficazes contra o desmatamento na Amazônia e, consequentemente, para a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE). Mas, algumas delas se encontram em situação crítica de desmatamento. Geralmente, essas áreas apresentam ocupações irregulares e estão em regiões de influência de grandes obras de infraestrutura, como rodovias e hidrelétricas, e estão vulneráveis por causa da fiscalização ineficiente.Cientes destes problemas, recentemente órgãos de fiscalização como o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público Federal (MPF) demandaram a implementação das UCs no país e, especialmente, na Amazônia.Para contribuir com essas iniciativas, apresentamos as 50 UCs críticas em desmatamento que deveriam ser prioritárias para as ações de implementação, sobretudo de regularização fundiária – ou seja, a retirada de ocupantes irregulares e a indenização e reassentamento daqueles que tiverem esse direito.

Essas áreas críticas concentraram 96% do desmatamento ocorrido em UCs da Amazônia no período de agosto de 2012 a julho de 2014. Sete das dez áreas mais desmatadas e que respondem por 81% do desmatamento nas áreas críticas sofrem com o baixo grau de implementação de acordo com dados do TCU (ou seja, faltam planos de manejo, conselho gestor, recursos humanos e financeiros suficientes).

O sucesso das UCs contra o desmatamento e como base para o desenvolvimento local (turismo, extração de madeira sustentável) depende de investimentos. O governo deve fazer um plano de longo prazo que considere os recursos necessários e as ações prioritárias.

O foco inicial dessas ações deve ser as áreas críticas de desmatamento, mais pressionadas (em torno de projetos que atraem imigrantes como hidrelétricas e o asfaltamento de estradas) e vulneráveis por causa de ocupações irregulares. Para garantir a integridade dessas áreas, recomendamos: punir todos os crimes associados ao desmatamento ilegal, que resultam em confisco de bens e penas maiores; retirar ocupantes não tradicionais das UCs em que sua permanência não é permitida; e retomar terras públicas fora das UCs para os reassentamentos necessários.




Informe do Imazon – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, in EcoDebate, 21/07/2015des

Huerta Sana Ibarlucea

Alcaparra no Brasil e alcaparra na Espanha


Texto:

Laura dos Santos-Pinto Vázquez - Graduada em Ciências Biológicas na Universidade Complutense de Madrid

Marcos Roberto Furlan - Engenheiro Agrônomo, mestre e doutor pela UNESP

A alcaparra no Brasil

No Brasil, alcaparra como condimento é encontrada na maioria dos supermercados e hipermercados. Para muitos brasileiros, somente esta planta é conhecida como alcaparra, apesar de ser importada. Por aqui é muito utilizada na culinária, graças ao seu sabor diferenciado.

A espécie Tropaeolum majus (figura 1) é mais conhecida como capuchinha ou chagas-de-cristo, mas há alguns que a denominam como alcaparra-de-pobre ou falsa-acaparra. Os seus frutos (figura 2) são de formato diferente das sementes da alcaparra Capparis spinosa (figura 3), mas também são usadas em conservas.

No país, a alcaparra é utilizada apenas como condimento, enquanto que a T. majus é usada como ornamental, em saladas, nas conservas, medicinal e também nas hortas como atraente de lagarta-da-couve.
Figura 1. Tropaeolum majus
Figura 2. Fruto de Tropaeolum majus
Figura 3. Capparis spinosa

A alcaparra na Espanha

A planta da alcaparra (Capparis spinosa) é um arbusto da região do Mediterrâneo, pertencente à família Capparaceae (com aproximadamente 420 espécies). Acostuma a atingir os 30-40 cm de altura e é muito resistente à seca, é especializada no cultivo em áreas de deserto ou semi desérticas (planta xerófila). Forom os gregos os que trouxeram essa planta desde a Ásia.

Da planta alcaparra pode tirar vantagem de dois produtos. Uma delas seria o botão que tem antes da flor, conhecido como alcaparras ou tápenas (Figura 4), que são os mais utilizados e consumidos, e outro seria caparrones (Figura 5), que são o resultado de não recolher os botões de flores (alcaparras) e permitir a fruta se desenvolver. 

Para alcaparras, há uma triagem ou denominação internacional aonde as alcaparras são classificadas de acordo com seu diâmetro, que varia entre 0 e 13 mm.

Com seu sabor único, aroma e valor nutricional, alcaparras são usados em muitos pratos, de pizza a massas e todos os tipos de carnes, peixes, molhos e saladas. Os caparrones, também em conservas, são comumente comidos como um aperitivo em vez de adicionados aos alimentos. 
Figura 4. Alcaparras 
Figura 5. Caparrones

La alcaparra en Brasil

En Brasil, la alcaparra es encontrada como condimento em la mayoría de los supermercados e hipermercados. Para muchos brasileños, solamente esta planta es conocida como alcaparra, a pesar de ser importada. En la zona es muy utilizada en la cocina, gracias a que tiene un sabor diferente.

La especia Tropaeolum majus (figura 1) es más conocida como capuchina o chagas-de-cristo, pero hay algunos que la conocen como alcaparra-de-pobre o falsa alcaparra. Los frutos (figura 2) tienen un formato diferente al de las alcaparras Capparis spinosa (figura 3), pero también son usadas en conservas.

En el país, la alcaparra es utilizada solo como condimento, sin embargo T. majus es también utilizada para decoración, en ensaladas, en conservas, con fines medicinales y también en las huertas para atraer a la lagarta-da-couve.

La alcaparra en España

El alcaparro (Capparis spinosa) es un arbusto de la región mediterránea perteneciente a la familia Capparaceae (con alrededor de unas 420 especies). Suele alcanzar los 30-40 cm de altura y es muy resistente a la sequía, ya que está especializado en crecer en zonas desérticas o semidesérticas (planta xerófila). La introducción de esta planta en la zona mediterránea se le debe a los griegos que la trajeron desde Asia.

De la planta del alcaparro se pueden aprovechar dos productos. Uno sería el botón floral cerrado conocido como alcaparras o tápenas (figura 4), que son las más utilizadas y consumidas, y otro serían los caparrones (figura 5), que son el resultado de no recolectar el botón floral (alcaparra) y dejar desarrollar el fruto.

En el caso de las alcaparras, existe una clasificación o denominación internacional que las clasifica según su diámetro, que varía entre 0 y 13 mm.

Gracias a su inconfundible sabor, aroma y valores nutritivos, las alcaparras son usadas en muchos platos, desde pizzas hasta pastas y toda clase de carnes, pescados, salsas y ensaladas.

Los alcaparrones sin embargo, también encurtidos, suelen tomarse a modo de aperitivo en lugar de añadirse a las comidas.