sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Agricultura familiar, prioridade contra a fome na América Latina

Fonte: Mariana Kaipper Ceratti - Quarta-feira, 27 de Julho de 2016 


A cada dia, 27 milhões de latino-americanos e caribenhos, cerca de 5,5% da população regional, acordam sem ter o que comer. É um número ainda colossal, mas bem menor do que a média de 58 milhões registrada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no período entre 1990 e 1992. À época, 14,7% dos moradores da América Latina e do Caribe sofriam com a desnutrição.

Por isso, pode-se dizer que a América Latina e o Caribe cumpriram a missão — estabelecida nos Objetivos do Milênio — de diminuir pela metade, entre 1990 e 2015, a proporção de pessoas que sofrem com a fome. As Nações Unidas ainda consideram que a região está entre as que fizeram progressos mais rapidamente, devido ao ótimo desempenho econômico e agrícola e às políticas de proteção social adotadas no período. Entre elas, os programas de alimentação escolar e apoio à agricultura familiar.

Mas um olhar mais a fundo revela como os progressos foram desiguais e o quanto determinadas sub-regiões terão de evoluir para a América Latina e o Caribe como um todo alcançarem a meta número 2 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU em 2030: acabar com a fome, conquistar a segurança alimentar e promover a agricultura com sustentabilidade.

A maior parte dos avanços feitos pela região foi feita pela América do Sul, segundo a FAO. Nela, foi possível diminuir a desnutrição em 75% desde 1990, fazendo com que a prevalência registrada em 2015 fosse de menos de 5%. Já a América Central reduziu o problema em 38,2% no período. Exatamente 6,6% dos centro-americanos sofriam de desnutrição no ano passado.

No Caribe, a queda foi ainda menor: 26,6% entre 1990 e 2015, resultado puxado principalmente pelo Haiti, país de economia frágil, que enfrenta desastres naturais constantes e baixa disponibilidade de comida para atender ao crescimento da população. Quase 20% dos caribenhos ainda lutavam contra a desnutrição em 2015.

Cereais e nutrição

O desafio de acabar com a fome até 2030 será grande não só na América Latina, mas também no resto do mundo. O percentual de desnutrição caiu quase pela metade em todo o planeta, de 19% para 11%, nos últimos 25 anos. No entanto, ainda há 795 milhões de pessoas desnutridas no mundo hoje, a maior parte delas em países de baixa renda, como os da África Subsaariana.

O relatório Indicadores de Desenvolvimento Global 2016, do Banco Mundial, acrescenta que será difícil cumprir a segunda meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável se o ritmo atual de queda continuar. Para acelerá-lo, é fundamental elevar a produtividade agrícola das famílias de baixa renda, já que 70% dos pobres do mundo trabalham no campo.

Outro motivo para apostar na produtividade agrícola — em especial a de cereais — é o fato de ela influenciar diretamente os números de forme e desnutrição. De 2000 a 2012, quando houve aumento médio anual de 2,6% na produção de cereais nos países de baixa renda, a pobreza e a desnutrição caíram 2,7% ao ano. Já entre 1990 e 1999, quando a produção ficou estagnada nos países mais pobres do mundo, houve pouca melhora nos índices de pobreza e saúde nutricional.

Os programas de proteção social que permitiram à América Latina e ao Caribe avançar nos Objetivos do Milênio também podem ser uma inspiração para o resto do mundo. Ao aumentar a produtividade e reduzir a vulnerabilidade dos pequenos agricultores, bem como melhorar a qualidade da nutrição das crianças em idade escolar, eles vêm contribuindo significativamente para melhorar a segurança alimentar na região.

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Ricardo Gheman - Fenomenologia de Goethe

Ricardo Ghelman - Saúde e doença pela Antroposofia

Atlas de Desenvolvimento Sustentável e Saúde. Brasil: 1991 a 2010

Fonte: Representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasi - Quinta-feira, 28 de Julho de 2016 


O Atlas de Desenvolvimento Sustentável e Saúde foi elaborado pela Representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, com o objetivo de descrever a magnitude e a evolução de importantes indicadores das dimensões econômica, social e ambiental e oferecer subsídios para o debate sobre as desigualdades no Brasil ao longo das últimas duas décadas, considerando o ponto de vista da saúde. Os indicadores referem-se aos anos de 1991, 2000 e 2010, e a todas as unidades federadas, tomando como base para a análise dos municípios brasileiros.

A realização do estudo foi motivada por uma frase-chave do documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), realizada no Rio de Janeiro, em 2012, que afirma: “[…] reconhecemos que a saúde é uma condição prévia, um resultado e um indicador das três dimensões do desenvolvimento sustentável”: a econômica, a social e a ambiental.

Foram selecionados indicadores incluídos nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) que terão continuidade nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), pactuados pelos estados-membros das Nações Unidas para o período posterior a 2015.

São eles: taxa de mortalidade infantil e na infância, como indicadores da dimensão da saúde; proporção da população em condição de pobreza, como indicador da dimensão econômica; proporção da população analfabeta, como indicador da dimensão social; e proporção da população sem acesso à água encanada, como indicador da dimensão ambiental.

As análises realizadas evidenciam, em todas as unidades federadas do país, avanços positivos nas duas décadas estudadas (1991-2010), especialmente na última, no que se refere tanto à melhoria dos indicadores de desenvolvimento sustentável analisados quanto na redução de seus valores médios e das desigualdades entre as regiões e os municípios do país, sendo esse último muito importante de ser ressaltado.

O Brasil é hoje um país melhor e mais equitativo que há 20 anos. Sua população é mais saudável e goza de mais bem-estar, como demostrado contundentemente por esta publicação.

Na versão online, o atlas está dividido por estados brasileiros e você pode ter acesso aos dados clicando aqui

"Desenvolvimento sustentável e saúde” marca o início de uma nova era no estudo de desigualdades em saúde no Brasil. Graças a um esforço de décadas, os investimentos na qualidade e cobertura de nossas estatísticas vitais passaram a permitir novas formas de análises espaciais de iniquidades, que já são frequentes nos países de alta renda. Os resultados aqui apresentados mostram que, apesar de importantes progressos, erradicar as iniquidades em saúde persiste como um desafio fundamental para nossa sociedade. Com sua riqueza gráfica e clareza analítica, esta publicação não apenas servirá como referência essencial para futuros estudos acadêmicos, mas também para embasar políticas públicas em prol da equidade."

Cesar Victora
Centro Internacional de Equidade em Saúde, Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia, Universidade Federal de Pelotas. Rio Grande do Sul, Brasil.

"O Atlas de desigualdades em saúde agora à disposição dos profissionais de saúde, estudantes e docentes da área de Saúde nos país é uma iniciativa extremamente interessante na qual os autores selecionaram indicadores socioeconômicos e de saúde capazes de fornecer um bom retrato da situação de estados e municípios. A escolha das formas gráficas e dos mapas para retratar a evolução temporal dos indicadores também foi muito bem sucedida pois em pouco espaço foi possível fornecer muitas informações. Todos nós que trabalhamos em epidemiologia social e temos nossa área de pesquisa em Determinantes Sociais de Saúde saudamos a iniciativa e certamente faremos bom uso deste Atlas."

Rita Barradas Barata
Departamento de Saúde Coletiva Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa São Paulo (FCMSCSP). São Paulo, Brasil.

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Práticas Integrativas e Complementares | Formação em Debate

Como o açúcar pode moldar o paladar das crianças

Fonte: André Cabette Fábio- Jornal NEXO - Quinta-feira, 25 de Agosto de 2016 

Um documento publicado na segunda-feira (22) pela Associação Americana para Doenças do Coração (“American Heart Association”) recomenda não dar açúcar processado a crianças com menos de dois anos.

O açúcar processado é aquele adicionado a refrigerantes ou usado para fazer doces - não entra nessa conta o açúcar natural, presente no leite e frutas.

“As preferências de gosto começam no início da vida, logo limitar açúcar processado pode ajudar crianças a desenvolver uma preferência duradoura por alimentos mais saudáveis". American Heart Association. Em declaração publicada nesta segunda-feira (22)

Além disso, jovens de entre 2 e 18 anos devem consumir menos do que seis colheres de açúcar processado diariamente. As recomendações foram divulgadas um dia antes da publicação do artigo científico nas quais se baseiam: “Açúcares adicionados e o risco de doença cardiovascular em crianças”, publicado na revista “Circulation”, ligada à entidade. Para produzir o documento, o trabalho analisou uma série de artigos científicos antigos sobre consumo de açúcar.

Pais sabem que, quando se trata de nutrição infantil, não faltam recomendações. Uma das formas de decidir quais seguir é buscar entender qual o raciocínio por trás delas e qual o possível efeito de desrespeitá-las.

Por que vetar açúcar para crianças com até dois anos de idade

A recomendação de vetar açúcar para crianças de até dois anos parte do estudo “Preferências de doce ou amargo durante a infância: O papel de experiências cedo”, publicado em 2002 na revista “Developmental Psychobiology”.

A experiência foi realizada com crianças de 4 a 7 anos de idade, mas na leitura dos pesquisadores da Associação Americana para Doenças do Coração, suas descobertas valem para as crianças mais novas.

- O estudo recrutou 83 crianças a partir de anúncios de jornal direcionados às suas mães. Elas foram divididas em grupos de 4 a 5 e de 6 a 7 anos de idade.

- Durante dois dias, as crianças tiveram as suas preferências por gosto doce e azedo testadas. Para isso, 12 soluções de suco de maçã com diferentes graus de doçura e gosto azedo foram testadas. Elas também foram questionadas sobre quais tipos de cereais e doces preferiam.

- Enquanto os testes ocorriam, as mães preencheram formulários sobre os hábitos alimentares de seus filhos. A pesquisa perguntava com o que as crianças haviam sido alimentadas quando bebês - se com leite materno ou fórmula infantil hidrolisada, que é mais azeda - a frequência com que adicionavam açúcar a alimentos e os tipos de cereal e doces que elas julgavam que seus filhos mais gostavam. Com isso, os pesquisadores buscavam entender o que poderia ter influenciado nas preferências de paladar dos jovens.

O trabalho concluiu que crianças de 4 a 5 anos de idade que tinham recebido fórmulas infantis hidrolisadas tendiam a ter uma preferência maior por sucos azedos. O tipo de leite consumido não tinha influência sobre a preferência por gostos doces.

E crianças cujas mães costumavam adicionar açúcar em suas dietas tinham uma preferência maior por suco de maçã com adição de açúcar. Elas também afirmaram que preferiam cereais com uma quantidade maior de açúcar quando comparadas com crianças cujas mães afirmaram que nunca adicionavam açúcar aos alimentos.

“Essas descobertas corroboram pesquisas anteriores demonstrando que experimentar água adoçada durante o início da vida resultava em preferências maiores por água adoçada aos dois anos de idade e que a preferência por gostos mais doces, como demonstrado por métodos psicofísicos, se relaciona à ingestão de carboidratos na vida adulta” Estudo “Preferências de doce ou amargo durante a infância: O papel de experiências cedo”, publicado em 2002.

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Brasil avançou no combate à fome, mas agora tem 54% da população com sobrepeso

Fonte: ONU BR - Quinta-feira, 25 de Agosto de 2016 


A incidência de nanismo associado à subnutrição no Brasil caiu de 19% em 1989 para 7% em 2007. O avanço foi um dos destaques do levantamento feito pelo Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (PMA), que reuniu dez fatos sobre nutrição no Brasil.

O organismo internacional — fruto de uma parceria entre a agência da ONU e o governo brasileiro — ressalta que, num perídio similar, de 1986 a 2006, o aleitamento materno exclusivo para bebês de até seis meses aumentou de 2% para 39%.

Outra conquista é o combate ao uso e preparação pouco conscientes dos alimentos — em 2007, as taxas de desperdício foram estimadas em 2%.

Nem todas as mudanças, porém, foram positivas. O sobrepeso em adultos e a obesidade alcançaram um patamar de 54% e 20%, respectivamente, e a tendência é de crescimento, alerta o Centro de Excelência.
Políticas pela nutrição

O Centro lembra que, nas escolas públicas brasileiras, alunos recebem ao menos uma refeição por dia. O fornecimento de comida é parte do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Desde 2009, ao menos 30% dos alimentos adquiridos pela iniciativa devem ser comprados de pequenos agricultores, fortalecendo a agricultura familiar e aumentando o acesso a produtos nutritivos e frescos.

O órgão ligado ao PMA também chama atenção para a adoção em 2010, na Constituição brasileira, do direito humano à comida. Com a medida, o Brasil se tornou um dos apenas três países do mundo a garantir a alimentação enquanto direito fundamental.

A lei nacional estabelece que todo cidadão “seja livre” da fome e da mal nutrição e tenha acesso a alimentação adequada e saudável.

Outro ponto positivo foram as regulações mais rígidas adotadas em 2015 pelo país para o mercado de substitutos do leite materno, mesmo com a resistência da indústria.

O Centro de Excelência elogiou ainda a publicação de diretrizes alimentares pelo governo, em 2014. O objetivo é encorajar pessoas a evitar alimentos ultraprocessados e consumir produtos naturais, integrais e com menores quantidades de aditivos e conservantes.
Pobreza

De acordo com o organismo do PMA, o combate à fome durante as últimas décadas foi possível devido à mobilização da sociedade civil, à alocação de recursos para a nutrição e a compromissos políticos traduzidos em ação concreta.

No entanto, o Centro alerta que, mesmo tendo conquistado melhorias na distribuição de renda, o Brasil ainda enfrenta pobreza generalizada e a insegurança alimentar e nutricional continua a ser um problema em algumas comunidades.

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Pesquisa oficial reforça que orgânicos são mais baratos nas feiras

Fonte: IDEC - Quinta-feira, 25 de Agosto de 2016 


Levantamento da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, reitera o que o Idec já mostrou: alimentos orgânicos são mais baratos em feiras especializadas.

A cada 15 dias, a Codeagro coleta preços de mais de 60 produtos orgânicos em feiras de produtores, supermercados e sites especializados, em parceria com a Associação de Agricultura Orgânica (AAO).

O relatório da segunda quinzena de julho aponta que as feiras oferecem maior variedade e preços mais acessíveis do que os sites e os supermercados. O abacate manteiga, por exemplo: custa, em média, R$ 8,50 por quilograma na feira, R$ 9,64 em sites especializados e R$ 13,80 no supermercado. 

Os dados corroboram os resultados da pesquisa realizada pelo Idec em 2010, que identificou diferença de até 462% no preço de um mesmo alimento a depender do canal de venda. Outra pesquisa, realizada ao longo de um ano pelo Instituto Kairós e divulgada este ano, apontou também que os Grupos de Consumo Responsáveis, ao lado das feiras, oferecem os preços mais em conta na maior parte dos casos em comparação com supermercados.

Mapa de feiras orgânicas

Para ampliar o acesso a alimentos orgânicos, o Idec criou o Mapa de Feiras Orgânicas. É uma ferramenta colaborativa, que mapeia e cadastra estabelecimentos que comercializam orgânicos diretamente do produtor em todo Brasil. 

Atualmente estão cadastrados mais de 600 estabelecimentos, entre feiras, produtores, grupos de consumo, cooperativas e associações. 

O Mapa também está disponível em aplicativo para Android e IOS.

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Agricultores da América Central unem-se para enfrentar desastres naturais

Fonte: ONU BR - Segunda-feira, 29 de Agosto de 2016 


Os agricultores da América Central criaram uma nova forma de enfrentar desastres naturais como a seca: um novo mecanismo de proteção e transferência de risco que atua como um seguro agrícola para aqueles que não podem acessar os sistemas financeiros tradicionais.

Os chamados fundos mútuos de contingência são apoiados pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em Honduras e na Guatemala, criados e gerenciados por associações de produtores com o objetivo de ajudar os associados em casos de emergência.

Para a FAO, tais fundos permitem financiar atividades para aliviar os problemas das famílias mais vulneráveis afetadas por calamidades inesperadas, como secas, furacões, inundações e terremotos.

“Esses fundos estão direcionados às casas que não têm acesso a sistemas formais de financiamento, nem a seguros que permitam proteger seus meios de vida”, explicou Anna Ricoy, oficial de gestão de risco da FAO.

Além disso, também podem financiar uma diversidade de atividades, como a compra de insumos para uma nova temporada agrícola quando se perdeu a colheita, apoiar a segurança alimentar das famílias durante uma emergência ou ajudar em atividades produtivas e de comércio quando a comunidade perde fontes de renda.

Os fundos mútuos de contingência oferecem maior sustentabilidade aos meios de vida dos agricultores familiares, fortalecendo as organizações. Por ter um caráter solidário, geralmente tem uma taxa de juros menor que a dos créditos regulares.

Mais que um mecanismo de poupança

Os fundos não apenas constituem uma rede de segurança diante das catástrofes, mas também fomentam as boas práticas agrícolas, atividades que geram renda, sistemas de alerta precoce de desastres e planos comunitários de gestão de risco, que são considerados pré-condição para poder acessar esses fundos.

“Dessa maneira, as comunidades não somente economizam e prestam apoio solidariamente, mas também ao mesmo tempo aumentam a resiliência de seus meios de vida diante das ameaças e desastres”, disse Ricoy.

Os fundos também têm efeitos positivos em relação a gênero: segundo a FAO, tanto em Honduras, como na Guatemala, a participação das mulheres é majoritária e desempenham um papel fundamental na sustentabilidade desses fundos, ao garantir o cumprimento dos pagamentos para a poupança.

Como se constroem os fundos mútuos de contingências?

Na Guatemala e em Honduras os integrantes de associações e as caixas rurais de poupança arrecadaram recursos para criar 40% do fundo. Outros 40% vieram de contribuição da FAO, enquanto os 20% restantes são capitalizados constantemente por meio de atividades como a produção de tecidos artesanais, tendas comunitárias para a venda de alimentos, entre outros.

Entre 2014 e 2015, os fundos comunitários estabelecidos com o projeto da FAO na Guatemala e em Honduras emprestaram 170 mil dólares aos seus integrantes para atividades geradoras de renda e investiram 23 mil dólares em projetos comunitários.

Também foram investidos 85 mil dólares para garantir o funcionamento e a sustentabilidade dos fundos, além do empréstimo de 19 mil dólares para atividades de reabilitação pós-emergência.

Efeitos positivos

Uma condição para que os integrantes de uma associação tenham acesso aos fundos mútuos de contingência é a adoção de um número pré-estabelecido de boas práticas agrícolas para a gestão de risco.

Entre essas iniciativas estão, por exemplo, as que evitam queimadas, o manejo de restolhos, a criação de cercas vivas (árvores que delimitem os terrenos), sistemas agroflorestais, bancos comunitários de sementes nativas, hortas hortícolas e métodos de purificação da água.

As associações também devem desenvolver atividades geradoras de renda: cada associação elabora um plano de negócio para o desenvolvimento de uma atividade comunitária paralela que gere renda, recapitalize e dê sustentabilidade ao fundo.

Sistemas de alerta precoce: os fundos mútuos de contingência se ativam quando a comunidade declara uma situação de emergência identificada mediante um sistema de alerta precoce.

“Esse sistema é uma ferramenta alimentada pelas comissões comunitárias que avaliam a disponibilidade de alimentos, o acesso, o consumo e a utilização biológica deles e a gestão de risco”, explicou Ricoy.

As comunidades também devem desenvolver planos de gestão de risco para identificar as ameaças e vulnerabilidades que enfrentam as comunidades e trabalham para removê-las.

A sustentabilidade desses fundos depende também de uma boa gestão e administração. Para isso, cada associação fortalece seus estatutos, regulamentos e organização interna. Além disso, os integrantes são capacitados em administração de empréstimos e em gestão transparente de fundos comunitários.

Enfrentar as mudanças e as ameaças climáticas

De acordo com a FAO, a América Central é uma das regiões do mundo mais expostas e vulneráveis às ameaças e as mudanças climáticas. Isso é especialmente certo para o corredor seco, que inclui áreas na Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Ricas e Panamá, nações que são regularmente afetadas por secas e um padrão cada vez mais irregular de chuvas.

“A cada cinco ciclos de colheita, três sofrem perdas significativas. Raramente o que se colheita é suficiente para satisfazer as necessidades alimentares das famílias”, disse Ricoy.

Em média, 62% da população do corredor seco vive da produção de grãos básicos. Esses países estão sendo apoiados pela FAO para melhorar a resiliência dessas comunidades, por meio do Programa para fortalecer a resiliência ao risco de desastres no corredor seco.

O programa trabalha para fortalecer as instituições e as políticas de gestão de risco, desenvolvendo sistemas de monitoramento para emissão de alertas precoces, melhorando a preparação e coordenação para respostas às emergências e a adoção de medidas de prevenção e mitigação de risco para reduzir a vulnerabilidade das comunidades.

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Da Fome à Obesidade – sobrepeso atinge mais da metade da população adulta do país

Fonte: Marcelo Torres - Consea - Segunda-feira, 29 de Agosto de 2016 


“A fome dizima as populações do terceiro mundo”, dizia Josué de Castro, em 1946, no livro Geografia da Fome. “A fome é escamoteada, é escondida, não se fala neste assunto, que é vergonhoso, a fome é um tabu”, afirmava ele. Josué de Castro [Recife – 1908, Paris – 1973] foi um humanista brasileiro, médico, nutrólogo, cientista social, geógrafo, escritor e ativista - indicado três vezes ao Prêmio Nobel da Paz. 

Foi ele um dos precursores de estudos e pesquisas sobre a fome no Brasil e no mundo. “Não foi na Sorbonne, nem em qualquer outra universidade sábia que travei conhecimento com o fenômeno da fome”, disse ele. “A fome se revelou espontaneamente aos meus olhos nos mangues do rio Capiberibe, nos bairros miseráveis do Recife - Afogados, Pina, Santo Amaro, Ilha do Leite”. Esta foi a sua Sorbonne: “A lama dos mangues de Recife, fervilhando de caranguejos e povoada de seres humanos feitos de carne de caranguejo”. 

Menos de uma década depois (1955), outro pernambucano, o poeta João Cabral de Melo Neto, publicava um dos mais famosos poemas da língua portuguesa - “Morte e Vida Severina”. No texto, o poeta denunciava a miséria reinante no país, ao dizer que “somos todos Severinos [...], condenados à morte de velhice antes dos 30, de emboscada antes dos 20, de fome um pouco por dia”. 

Três décadas mais tarde, em 1984, ano da campanha pelas eleições diretas para a Presidência da República, o cantor e compositor baiano Caetano Veloso lamentava na letra de uma de suas canções: “Enquanto os homens exercem seus podres poderes, morrer de fome, de raiva e de sede são tantas vezes gestos naturais”. Ou seja, até pouco tempo atrás, a fome era um assunto tabu e dizimava populações, segundo estudos de Josué de Castro; a fome matava diariamente milhares, talvez milhões de brasileiros, diziam os versos de João Cabral; por causa dos podres poderes, morrer de fome era algo natural, cantava Caetano. 

No início dos anos 90, cerca de 32 milhões de brasileiros viviam abaixo da linha da pobreza, segundo o “Mapa da Fome”, estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Apli cada (Ipea), em 1993, no governo Itamar Franco. No ano seguinte era criado o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e realizada a 1ª Conferência Nacional. 

O tempo passou e, em 2014, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) informou ao mundo que o Brasil – com menos de 5% da população em insegurança alimentar grave - saiu do Mapa da Fome Mundial, uma grande conquista para um país onde, segundo João Cabral, “morria-se de fome um pouco por dia”. 

A conquista brasileira, dizem especialistas, foi fruto de um somatório de fatores, como as políticas públicas e os programas sociais - que promoveram inclusão social e transferência de renda -, a atuação da sociedade civil e a luta de brasileiros como Josué de Castro e Herbert de Souza, o Betinho. Contudo, se hoje em dia mais brasileiros passaram a comer - e comer mais -, é fato também que outros problemas surgiram, com as mudanças sociais e econômicas dos últimos tempos – que provocaram mudanças nos hábitos alimentares da população. 

Segundo pesquisas do Ministério da Saúde, mais de 50% da população adulta está com sobrepeso, sendo que a obesidade já beira os 20%. Já a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), aplicada em 2014 e divulgada em 2015 pelo Ministério da Saúde revela: 52,5% dos brasileiros adultos estão com sobrepeso e, destes, 17,9% já estão obesos. A pesquisa foi feita por telefone, ouvindo 41 mil pessoas nas 27 capitais brasileiras. 

Na sequência histórica da mesma pesquisa, os dados mostram tendência crescente nos índices. O sobrepeso em 2006 era 42,6%, subiu para 50,8% em 2013 e chegou a 52,5% em 2014. Já a obesidade era de 11,8% em 2006, subiu para 17,5% em 2013 e passou a ser 17,9% no ano passado. Só para se ter uma ideia do problema, números oficias indicam que o Sistema Único de Saúde, o SUS, gasta quase meio bilhão de reais por ano no tratamento de doenças relacionadas à obesidade, as doenças crônicas não transmissíveis. Isso tudo sem contar outros impactos na economia, como por exemplo, as ausências ao trabalho. 

Neste contexto o Brasil realizou, em novembro do ano passado, a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, com um lema bastante oportuno: “Comida de Verdade no Campo e na Cidade, por direitos e soberania alimentar” – levando os participantes a discutirem o que estamos e não estamos comendo. 

Além do peso 

Em 2004 esteve em cartaz nos cinemas de todo o mundo o documentário “Super Size Me – a dieta do palhaço”, de Morgan Spurlock, que era o ator e o diretor. Ele passou um mês se alimentando três vezes por dia numa famosa rede de fast-food, a fim de mostrar os efeitos que tal escolha exerce sobre uma pessoa. Ao final da experiência, o ator-diretor engordou 11 quilogramas, ficou com uma fisionomia de doente e apresentou mudanças de humor, disfunção sexual e impacto sobre o fígado, precisando de mais de um ano para perder o peso adquirido. 

No Brasil, a Maria Farinha Produções e o Instituto Alana produziram o filme “Muito Além do Peso”, um contundente documentário sobre a obesidade infantil, que mostra hábitos alimentares de crianças e traz a opinião de especialistas no assunto. 

Apesar de muita gente achar que segurança alimentar e nutricional é tão somente “combate à fome”, o conceito é muito mais amplo do que se imagina. Não é só comer, não é só “matar” a fome. Estamos falando de alimentação adequada e saudável, livre de agrotóxicos e transgênicos, que não prejudique sua saúde nem o meio ambiente. O conceito de segurança alimentar e nutricional também prevê o respeito e a preservação dos hábitos alimentares (cultura alimentar) de um povo, de uma região, de uma comunidade, como, por exemplo, as tradições alimentares dos indígenas e dos povos e comunidades tradicionais, entre outros. 

A fome ainda não está de todo vencida, pois há ainda 3,8% de brasileiros privados do acesso diário ao alimento – e a situação é mais séria entre grupos vulneráveis (os mais pobres, os negros, os quilombolas, os indígenas, os povos e comunidades tradicionais, ente outros). O que se espera é que fique no passado – e não volte nunca mais – o tempo em que se morria de fome um pouco por dia, como no poema de João Cabral; o tempo em que morrer de fome era coisa natural, como na música de Caetano; o tempo em que a fome era um assunto tabu, como no livro de Josué de Castro.

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Você confunde erva-doce e funcho?


Gabi Pastro

O termo erva-doce pode gerar muita confusão, pois chamamos, no mínimo, duas espécies por este nome: Pimpinella anisum e Foeniculum vulgare. Isto porque ambas possuem sabor anisado, característico do princípio ativo anetol. Esta substância é percebida pelo nosso paladar como um sabor doce, sendo 13 vezes mais adoçante que a própria sacarose.

A espécie Pimpinella anisum é aquela que usamos as sementes para fazer o típico bolo de fubá com erva-doce e aquelas que compramos como chá. Suas folhas lembram as do coentro, fazem parte da mesma família (Apiaceae), e possuem sabor de anis. Por isto, em inglês é chamada de anise (não confundir com o anis-estrelado – Illicium verum). As folhas também podem ser consumidas.
Já a espécie Foeniculum vulgare nós rotineiramente chamados de erva-doce-de-cabeça ou funcho. Nomeamos de erva-doce o bulbo da planta e funcho as folhas. Ambas as parte também possuem o sabor anisado e podem ser consumidas em chá, saladas e como tempero. Suas sementes também são usadas como especiaria, porém possuem um sabor bem diferente, não tão anisado, quanto à espécie acima.
Já o anis-estrelado é este aqui, qual também possui alto percentual de anetol, e é muito usado como especiaria:
Planta de Illicium verum
Av. Nadir Dias de Figueiredo, 395 – Vila Maria, São Paulo
(11) 2631-4915
sabordefazenda@sabordefazenda.com.br

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1125 - Práticas Integrativas e Complementares

Webpalestra - Uso de práticas integrativas e complementares no tratament...

Resenha do artigo: Horta na escola: incentivando hábitos saudáveis de alimentação em uma escola de Uberlândia-MG

Autoria da resenha:
Fernanda Cardoso Fernandes - Nutricionista CRN 32574
fernandacnutricao@gmail.com

FERNANDES, Maiara Oliveira Fernandes; SILVA, Nathália Salgado; MARTINS, Renata Knychala, DEFENSOR, Milena Oliveira; BORSATO, Maria Lima Silva. Horta na escola: incentivando hábitos saudáveis de alimentação em uma escola de Uberlância-MG. Em Extensão, Uberlândia, v. 12, n. 2, p. 75-83, jul. / dez. 2013. ISSN 1518-6369. Disponível em: << http://www.seer.ufu.br/index.php/revextensao/article/view/22610/13539> Acesso em: 31 ago. 2016. 

A escola é considerada um meio eficaz para promover a saúde, pois é um espaço social, onde há, por exemplo, grande convivência e aprendizado (OMS, 2000). Um dos projetos utilizados nas redes de ensino é sobre horta nas escolas, com objetivos do cultivo de hortaliças, de proporcionar educação ambiental e também de reeducação alimentar. Os professores também inserem a horta em temas relacionados ao conteúdo programático de suas disciplinas, promovendo a interdisciplinaridade. 

Uma alimentação adequada é fator fundamental por contribuir nos desenvolvimentos físico, psíquico e social das crianças (OMS, 1999).

Os hábitos alimentares estão inteiramente ligados à qualidade de vida das pessoas. Uma vida agitada pode influenciar na maneira como se alimentam. A horta na escola acaba sendo instrumento de conscientização e de motivação para a prática de uma melhor alimentação, não somente para os alunos, mas também para a comunidade, tendo em vista que a participação desta nos processos de plantio, colheita e produção integram diversas formas de informação (DOBBERT, SILVA; BOCCALETO, 2008).

Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (2008-2009), os casos de obesidade entre crianças de 5 e 9 anos mais que quadruplicaram, atingindo valores de 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas. Pode-se constatar que a mudança no estilo de vida, ingestão de produtos hipercalóricos e a diminuição de atividade física, contribuem para a obesidade. A formação de hábitos saudáveis deve acontecer quando criança, pois nessa fase que as mesmas são estimuladas para formação de hábitos. 

O objetivo deste trabalho foi contribuir para a melhoria da aprendizagem escolar, por meio do desenvolvimento de técnicas básicas de produção, cuidados essenciais com a qualidade dos produtos e preparo, e consumo dos alimentos para crianças entre 3 e 10 anos. 

O projeto aconteceu em uma escola de Educação Infantil e do Ensino Fundamental da rede particular de ensino do município de Uberlândia – MG Foi dividido em duas etapas. Na primeira etapa participou a Educação Infantil (Infantil 1, Infantil 2, Infantil 3 e 1º Ano) e na segunda, o Ensino Fundamental (2º Ano, 3º Ano, 4º Ano e 5º Ano). 

Para a implantação do projeto, houve apresentação de vídeos educativos, palestras e atividades interdisciplinares. Em seguida, houve apresentação de slides. 

A próxima fase foi o cultivo de hortaliças com plantio de forma sustentável (caixinhas de leite, e posteriormente transplantadas em canteiros). Também houve o plantio de sementes diretamente no solo como para cenoura, beterraba, rabanete e abobrinha. 

Os canteiros foram atacados por pragas e o controle foi feito sem o uso de produtos químicos, isto é, foi realizado com uso de produtos naturais. Os alunos contribuíram no manuseio do solo, na irrigação, na retirada de plantas invasoras, na limpeza dos canteiros, na adubação orgânica e na colheita das hortaliças, dentre outras atividades. 

Assim que houve a colheita, foi ensinado aos alunos a maneira correta de higienizar os alimentos. Uma nutricionista realizou palestras para os alunos e ressaltou a importância da ingestão diária de frutas, verduras e legumes. Por fim, degustaram uma preparação com os alimentos colhidos da horta. 

Assim que finalizado o projeto, foi enviado aos pais um questionário onde haviam as seguintes perguntas: 1) O projeto horta na escola correspondeu às suas expectativas? 2) Houve alguma mudança positiva nos hábitos alimentares? 3) Despertou interesse em implantar uma horta em casa? 4) Despertou maior interesse em frequentar o colégio? 5) Já havia plantado algum tipo de alimento para o próprio consumo? 6) Passaram a reconhecer melhor os alimentos à mesa? 7) Compreenderam a importância correta dos alimentos?. 

Os autores constataram que o projeto atendeu às expectativas. Apresentou mudanças positivas nos hábitos alimentares, despertou interesse no plantio de hortas em casa, proporcionou maior interesse em frequentar o colégio na ânsia de novas aulas práticas, compreenderam a importância de uma higienização correta dos alimentos e de uma dieta balanceada como hábito alimentar. Sendo assim, os objetivos deste projeto foram cumpridos. Percebeu-se também um incentivo na adesão aos hábitos saudáveis e o consumo de produtos orgânicos e de alto valor nutritivo. 

Referências: 

DOBBERT, L. Y.; SILVA, C. C.; BOCCALETTO, E. M. A. Horta nas escolas: promoção da saúde e melhora da qualidade de vida. In: VILARTA, R.; BOCCALETTO, E. M. A. (Org.). Atividade física e qualidade de vida na escola. Campinas: IPES Editorial, 2008. 

IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares (2008-2009). 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009/POFpublicacao.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2016. 

OMS. Local action: creating health promoting schools, 2000. Disponível em: <http://www.who.int/school_youth_health/resources/information_series/en/index.html>. Acesso em: 31 ago. 2016.

Minhocario com anéis de concreto

Nomenclatura científica - 14

Nomenclatura científica - 13

Nomenclatura científica - 12

Nomenclatura científica - 11

Figuras:
http://www.mieleusa.com/domestic/all-about-herbs-590.htm

Diferença entre cultivares e variedades

Variedades são plantas diferentes da espécie em que surgiram em resultado do aparecimento natural e espontâneo de características novas (http://www.mauroparolin.pro.br/nobotanica.pdf). 

De acordo com a Lei de Proteção de Cultivares, Lei n.° 9.456/1997, cultivar é a variedade de qualquer gênero ou espécie vegetal superior que seja claramente distinguível de outras cultivares conhecidas por margem mínima de descritores, por sua denominação própria, que seja homogênea e estável quanto aos descritores através de gerações sucessivas e seja de espécie passível de uso pelo complexo agroflorestal, descrita em publicação especializada disponível e acessível ao público, bem como a linhagem componente de híbridos. 

Cultivares são espécies de plantas que foram melhoradas devido à alteração ou introdução, pelo homem, de uma característica que antes não possuíam. Elas se distinguem das outras variedades da mesma espécie de planta por sua homogeneidade, estabilidade e novidade (http://www.ufrgs.br/patrimoniogenetico/conceitos-e-definicoes/cultivares). 

Ou seja 

Variedade surge naturalmente de uma espécie. 

Cultivar surge do melhoramento com o objetivo de alterar ou introduzir uma nova característica.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Fitoterápicos são Naturais e Emagrecem

Fitoterápicos são Naturais e Emagrecem from EVOL on Vimeo.

Saberes de Dona Jorgina

Saberes de Dona Jorgina from mariana rodrigues on Vimeo.

Dona Jorgina já ensinou muita gente a fazer xaropes, pomadas e sabonetes com plantas medicinais. Ela é uma referência para todos os que fazem parte da Associação de Amigos da Rede Fitovida, formada por mais de cem grupos voluntários em todo estado do Rio, que tem como objetivo a preservação e transmissão de saberes sobre plantas medicinais.


Este filme faz parte da pesquisa "Folhas e curas: preservação de práticas culturais de cuidados com a saúde" da professora Dra. Mariana Leal Rodrigues, do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).

Saberes de Dona Jandira

Saberes de Dona Jandira from mariana rodrigues on Vimeo.

Dona Jandira é conhecida pela vizinhança como uma exímia conhecedora de plantas medicinais. Duas vezes por ano, ela se junta a mais uma dezena de pessoas para a fabricação de xaropes e pomadas com plantas medicinais. A pomada milagrosa de São Benedito é feita nos fundos da pequena igreja com mesmo nome no município de Engenheiro Pedreira, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. O grupo faz parte da Associação de Amigos da Rede Fitovida, formada por mais de cem grupos semelhantes em todo estado do Rio, que tem como objetivo a preservação e transmissão de saberes sobre plantas medicinais.


Este filme faz parte da pesquisa "Folhas e curas: preservação de práticas culturais de cuidados com a saúde" da professora Dra. Mariana Leal Rodrigues, do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).


Chás medicinais, alternativa natural para uma vida mais saudável

Chás medicinais, alternativa natural para uma vida mais saudável from Agência Brasil on Vimeo.

REDE PATATIVA PGM 5

REDE PATATIVA PGM 5 from Sempre Viva Produções on Vimeo.

A Patativa vai pra Sergipe, visitar o Alcides, um agricultor que sabe muito bem a importância da água. Pro planeta Terra e pra ele, que vive e planta no Semiárido. Depois vai participar de um grande encontro de agricultores experimentadores de todo o Nordeste, organizado pela Articulação Semiárido, ASA, lá em Campina Grande. Por fim, visita o sítio arqueológico Lagedo de Soledade, no Rio Grande do Norte e aprecia a música da banda de pífanos dos Irmãos Aniceto, no Crato, Ceará.

REDE PATATIVA PGM 4


A Patativa circula pelo sertão baiano, pousando primeiro no município de Santa Luz, onde vive e trabalha um agricultor experimentador arretado, o Mauricinho. A Patativa chegou por lá pra conhecer o trabalho do cabra e, nem bem pousou, apareceu uma turma de estudantes da escola técnica local pruma aula prática sobre a agro-ecologia. V`ambora aprender junto??!!! 
Em seguida, conheceu o trabalho da Central de Cooperativas, que reúne dezenas de organizações do Sertão baiano. No fim, forró com Maciel Melo na praça de Afogados da Ingazeira, PE.

REDE PATATIVA PGM 3

REDE PATATIVA PGM 3 from Sempre Viva Produções on Vimeo.

José Lucivaldo nasceu no campo, numa família de agricultores, mas cedo mudou-se pra cidade, estudou, teve vários empregos, o último no Banco do Nordeste. Anos depois, cansado da cidade grande, comprou um pedaço de terra em Angelim, Pernambuco, e hoje é mais um agricultor-experimentador. 

E veja este CÍRCULO VIRTUOSO: o gado come o capim, produz a bosta, que vira gás, que cozinha a comida, plantada na terra adubada com o rejeito do gás. É biogás!!! Depois, coco, Coco Raízes de Arcoverde.

REDE PATATIVA PGM 2




A Patativa apresenta um agricultor que, além de experimentador, é inventor. Isso mesmo, diante das dificuldades ele bota a cabeça pra pensar e inventa a solução. Que serve pra ele e pra muita gente. Com vocês, Abel Manto. 

20 anos depois da praga do bicudo acabar com a produção de algodão do NE, pequenos agricultores do Ceará e de Pernambuco voltaram a produzir. E agora o algodão é orgânico. Por isso, estão exportando toda a sua produção direto para fábricas têxteis da França e da Espanha, eliminando o atravessador e ganhando um bom dinheiro. Por fim, a banda sinfônica de Carnaiba,PE, cidade onde uma escola de música dá o que falar. Ou melhor, o que tocar.

REDE PATATIVA PGM 1

REDE PATATIVA PGM 1 from Sempre Viva Produções on Vimeo.

Este primeiro episódio do programa Rede Patativa é uma homenagem às mulheres trabalhadoras rurais do Semiárido brasileiro. Você vai conhecer a Dona Francisca, agricultora que apresenta a riqueza do bioma da Caatinga e ensina como conviver em harmonia com ele; vai sentir a força do movimento das mulheres trabalhadoras rurais na sua luta contra a violência sexista e a desigualdade de gênero; vai, na companhia de dezenas de agricultoras e agricultores, visitar a Nalva em sua propriedade para ver como ela cultiva hortaliças, plantas medicinais, frutas com pouca água e muita sabedoria; vai apreciar o som do pífano de Zabé da Loca, que aos 81 anos continua tocando e encantando.

Ervanário São Francisco de Assis

Ervanário São Francisco de Assis from Walney Alves on Vimeo.


Conheça a história do Ervanário São Francisco, um grupo de Sabará - MG, que mantêm vivos os tradicionais saberes dos raizeiros, o cultivo de hortas urbanas e a manipulação de plantas medicinais, propagando a consciência da preservação e da apropriação social da natureza.

Tantinha e Fernando, os protagonistas dessa história, nos convidam a conhecer de perto essa experiência que deu muito certo!

Kátia Regina Torres - A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF)

Kátia Regina Torres - A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) from LAIS UFRN on Vimeo.

Curandeira é a vovozinha! (The Healing Grannies) w/ english subtitles

Curandeira é a vovozinha! (The Healing Grannies) w/ english subtitles from mariana rodrigues on Vimeo.

Desvendando os Aromas: Óleo Essencial de Tomilho, por Yan Oberlaender

Scientists shed new light on the role of calcium in learning, memory

Date: August 26, 2016

Source: The Scripps Research Institute

Summary:
While calcium’s importance for our bones and teeth is well known, its role in neurons—in particular, its effects on processes such as learning and memory—has been less well defined. A new study offers insights into how calcium in mitochondria -- the powerhouse of all cells -- can impact the development of the brain and adult cognition.

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Breast milk sugar may protect babies against deadly infection

Date: August 26, 2016

Source: Imperial College London

Summary:
A type of sugar found naturally in some women’s breast milk may protect newborn babies from infection with a potentially life threatening bacterium called Group B streptococcus, according to a new study. These bacteria are a common cause of meningitis in newborns and the leading cause of infection in the first three months of life globally.

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Could the paleo diet benefit heart health?

Date: August 26, 2016

Source: American Physiological Society (APS)

Summary:
Findings from a small study suggest that people who followed the Paleo diet for only eight weeks experienced positive effects on heart health.

The popular Paleo diet is based on eating foods thought to be available to our ancestors during the Paleolithic era, before the advent of dairy or processed grains. Findings from a small study suggest that people who followed the Paleo diet for only eight weeks experienced positive effects on heart health. Preliminary findings from this research will be presented at the American Physiological Society's Inflammation, Immunity and Cardiovascular Disease conference.

"Very few studies have examined the Paleo diet in seemingly healthy participants, despite the prevalence of this dietary practice in health and fitness enthusiasts," said study author Chad Dolan, a graduate student researcher at University of Houston Laboratory of Integrative Physiology.

The researchers asked eight healthy people who normally consumed a traditional Western diet high in processed foods to switch to the Paleo diet -- which consists of minimally processed foods -- for eight weeks. The participants received a sample Paleo diet menu and recipe guide, as well as initial counseling on how to incorporate the Paleo diet into their everyday lives. They were told to eat as much food as they wanted while following the diet.

The researchers found that the study participants experienced a 35 percent increase in levels of interlukin-10 (IL-10), a signaling molecule secreted by immune cells. A low IL-10 value can predict increased heart attack risk in people who also have high levels of inflammation. Scientist think that high IL-10 levels may counteract inflammation, providing a protective effect for blood vessels.

Although the researchers have not yet analyzed inflammation levels in the study participants, the increase in IL-10 could suggest a lower risk for cardiovascular disease after following the Paleo diet. The researchers also observed changes in other biomarkers of inflammation, but further investigation is needed to understand whether these changes indicate increased inflammation or a protective mechanism at work.

Even though the study was not designed to promote weight loss, the participants did drop some pounds during the eight-week trial. Compared with what they regularly ate before the study, participants reported consuming around 22 percent fewer calories and 44 percent fewer grams of carbohydrates on the Paleo diet.

This preliminary feasibility study did not include a control group of people not following the diet, making it difficult to determine if the changes observed in inflammation biomarkers resulted from specific food choices, reduced calories, fewer carbohydrates or weight loss.

"This study's findings add to the possibility that short-term dietary changes from a traditional Western pattern of eating to foods promoted in the Paleo diet may improve health -- or, at the very least, the diet does not have negative health implications in terms of the parameters we studied," Dolan said. "If our research continues to show that the Paleo diet produces detectable changes in healthy individuals, it will substantiate claims made by those supporting this diet for the past few decades and provide preliminary evidence for another therapeutic strategy for cardiovascular disease and coronary artery disease prevention."

The researchers caution that the current findings are both preliminary and incomplete in this group of participants. They plan to conduct a study with a greater number of people who follow the diet for a longer period of time to analyze how it affects various risk factors for cardiovascular and coronary artery disease, cellular immune function and metabolic health.

The study was a collaborative effort between the Human Performance Laboratory at Chatham University in Pittsburgh and the University of Houston Laboratory of Integrative Physiology.

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by American Physiological Society (APS). Note: Content may be edited for style and length.

Cite This Page:
American Physiological Society (APS). "Could the paleo diet benefit heart health?." ScienceDaily. ScienceDaily, 26 August 2016. <www.sciencedaily.com/releases/2016/08/160826151733.htm>.

Targeting gut bacteria to reduce weight gain

Date: August 27, 2016

Source: American Physiological Society (APS)

Summary:
Adding engineered bacteria into the guts of mice both kept them from gaining weight and protected them against some of the negative health effects of obesity.

A new therapy that involves engineered gut bacteria may one day help reduce the health problems that come with obesity. Incorporating the engineered bacteria into the guts of mice both kept them from gaining weight and protected them against some of the negative health effects of obesity. Researchers will present their findings today at the American Physiological Society's Inflammation, Immunity and Cardiovascular Disease conference.

More than one-third of adults in the U.S. are obese, putting them at greater risk for conditions such as fatty liver disease -- caused by fatty deposits building up in the liver -- and atherosclerosis, the hardening and narrowing of the arteries. Scientists have recently discovered that the microorganisms living in our gut, known as the gut microbiota, play an important role in obesity and may offer a new therapeutic target.

Researchers led by Sean Davies, PhD, associate professor of pharmacology at Vanderbilt University, are studying whether obesity-related diseases might be treated or even prevented by altering the gut microbiota. To find out, they engineered gut bacteria that produce a small lipid that helps suppress appetite and reduce inflammation. People who are obese typically produce less of this lipid, which is made by the small intestine.

"We have previously shown that this approach with engineered bacteria could inhibit obesity when standard mice were fed a high-fat diet," Davies said. "Our new studies focused on mice highly prone to develop atherosclerosis and fatty liver disease, and we showed that the engineered bacteria were beneficial not only in inhibiting obesity, but also in protecting against fatty liver disease and somewhat against atherosclerosis."

The researchers found that standard mice fed a high-fat diet while also receiving the engineered bacteria via drinking water gained less body weight and body fat than mice given standard drinking water or control bacteria. They also gave the engineered bacteria to mice with increased susceptibility to atherosclerosis and fatty liver disease. These mice accumulated less fat in the liver and showed reduced expression of markers of liver fibrosis, compared to mice that did not receive the treatment. The treated mice also exhibited a modest trend toward reduced atherosclerotic plaques.

"Some day in the future, it might be possible to treat the worst effects of obesity simply by administering these bacteria," Davies said. "Because of the sustainability of gut bacteria, this treatment would not need to be every day."

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by American Physiological Society (APS). Note: Content may be edited for style and length.

Cite This Page:
American Physiological Society (APS). "Targeting gut bacteria to reduce weight gain." ScienceDaily. ScienceDaily, 27 August 2016. <www.sciencedaily.com/releases/2016/08/160827162200.htm>.

Retinoic acid suppresses colorectal cancer development, study finds

Date: August 30, 2016

Source: Stanford University Medical Center

Summary:
Levels of retinoic acid, a vitamin A metabolite, are low in mice and humans with colorectal cancer, according to new research. People with high levels of an enzyme that degrades retinoic acid have a poor prognosis, report researchers.

Retinoic acid, a compound derived in the body from vitamin A, plays a critical role in suppressing colorectal cancer in mice and humans, according to researchers at the Stanford University School of Medicine.

Mice with the cancer have lower-than-normal levels of the metabolite in their gut, the researchers found. Furthermore, colorectal cancer patients whose intestinal tissues express high levels of a protein that degrades retinoic acid tend to fare more poorly than their peers.

The research is the first to unravel a complicated dance between retinoic acid levels, immune-related inflammation and gut microorganisms. It may suggest new ways to prevent or treat colorectal cancer in humans.

"The intestine is constantly bombarded by foreign organisms," said Edgar Engleman, MD, professor of pathology and of medicine. "As a result, its immune system is very complex. There's a clear link in humans between inflammatory bowel disease, including ulcerative colitis, and the eventual development of colorectal cancer. Retinoic acid has been known for years to be involved in suppressing inflammation in the intestine. We wanted to connect the dots and learn whether and how retinoic acid levels directly affect cancer development."

Engleman is the senior author of the research, which will be published online Aug. 30 in Immunity. Postdoctoral scholar Nupur Bhattacharya, PhD, and graduate student Robert Yuan share lead authorship of the study.

Tumors in mice

Retinoic acid is essential for many processes of growth and development, but it also degrades quickly when exposed to light. This makes it extremely difficult to accurately detect levels of the metabolite in the body.

The Stanford researchers collaborated with colleagues at the University of California-Berkeley, who devised a way to use a technique called quantitative mass spectrometry to measure the retinoic acid in intestinal tissues of mice treated with one or both of two chemicals: a chemical that causes intestinal inflammation, and a chemical that stimulates the development of colorectal cancer. Mice who received both chemicals develop intestinal tumors within nine to 10 weeks of treatment; those treated with just the first chemical develop intestinal inflammation but not cancers.

Engleman and his colleagues found that the mice that developed colorectal cancer had significantly lower-than-normal levels of retinoic acid in their gut than those whose intestines were inflamed but not cancerous. Further investigation showed the intestinal tissue of the animals with cancer made less of a protein that synthesizes retinoic acid and about four times more of a protein that degrades retinoic acid, leading to a rapid net decrease in levels of the metabolite.

Restoring retinoic acid levels

The researchers then tested whether it was possible to affect the disease progression by bringing the levels of retinoic acid in the tissue back into a more normal range.

"When we increased the amount of retinoic acid in the intestine, either by supplementing the animal with retinoic acid or by blocking the activity of the degradation enzyme, we were able to dramatically reduce the tumor burden in the animals," said Engleman. "Conversely, inhibiting retinoic acid activity significantly increased the tumor burden."

The researchers next investigated the levels of the synthesis and degradation proteins in stored samples of intestinal tissue obtained from people with either ulcerative colitis or colorectal cancer associated with ulcerative colitis. Because the samples had been stored, rather than freshly collected, it was not possible to directly measure the retinoic acid levels in the human tissues.

The researchers found that, similar to what they had seen in the mice, human colorectal cancer tissue had higher levels of the degradation protein and lower levels of the synthesis protein than were found in tissue that was simply inflamed. Furthermore, they saw an inverse correlation in the amount of degradation protein and how long the patient had lived. In other words, those patients with increased amounts of the degradation enzyme in their intestinal tissue tended to fare more poorly than others with less of the enzyme.

Because the researchers also observed similar changes in protein levels in tissue samples from patients with colorectal cancer but with no prior history of ulcerative colitis, they wondered if there could be another cause of intestinal inflammation that affects retinoic acid levels. They knew that naturally occurring bacteria in the gut can sometimes cause local inflammation and hypothesized that they might contribute to the development of retinoic acid deficiency and colorectal cancer. Depleting these bacteria by treating mice with broad-spectrum antibiotics dramatically reduced tumor formation in several colorectal cancer models and prevented the alteration in retinoic acid metabolism that was seen in mice with colorectal cancer and in the human intestinal tissue.

"We found that bacteria, or molecules produced by bacteria, can cause a massive inflammatory reaction in the gut that directly affects retinoic acid metabolism," said Engleman. "Normally retinoic acid levels are regulated extremely tightly. This discovery could have important implications for the treatment of human colorectal cancer."

Further investigation showed that retinoic acid blocks or slows cancer development by activating a type of immune cell called a CD8 T cell. These T cells then kill off the cancer cells. In mice, lower levels of retinoic acid led to reduced numbers and activation of CD8 T cells in the intestinal tissue and increased the animals' tumor burden, the researchers found.

"It's become very clear through many studies that chronic, smoldering inflammation is a very important risk factor for many types of cancer," said Engleman. "Now that we've shown a role for retinoic acid deficiency in colorectal cancer, we'd like to identify the specific microorganisms that initiate these changes in humans. Ultimately we hope to determine whether our findings could be useful for the prevention or treatment of colorectal cancer."

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by Stanford University Medical Center. Note: Content may be edited for style and length.

Journal Reference:
Nupur Bhattacharya et al. Normalizing Microbiota-Induced Retinoic Acid Deficiency Stimulates Protective CD8 T Cell-Mediated Immunity in Colorectal Cancer. Immunity, August 2016 DOI:10.1016/j.immuni.2016.08.008

Cite This Page:
Stanford University Medical Center. "Retinoic acid suppresses colorectal cancer development, study finds." ScienceDaily. ScienceDaily, 30 August 2016. <www.sciencedaily.com/releases/2016/08/160830130817.htm>.

Caffeine and its analogues counteract memory deficits by normalizing stress responses in the brain

Date: August 30, 2016

Source: INSERM (Institut national de la santé et de la recherche médicale)

Summary:
A new study describes the mechanism by which caffeine counteracts age-related cognitive deficits in animals. The study shows that the abnormal expression of a particular receptor -- adenosine A2A, a target for caffeine -- in the brain of rats induces an aging-like profile: namely, memory impairments linked to the loss of stress controlling mechanisms.

A study published in the journal Scientific Reports from Nature Publishing Group, describes the mechanism by which caffeine counteracts age-related cognitive deficits in animals.

The study coordinated by Portuguese researchers from Instituto de Medicina Molecular (iMM Lisboa) and collaborators from Inserm in Lille, France, along with teams from Germany and United States, showed that the abnormal expression of a particular receptor -- adenosine A2A, a target for caffeine -- in the brain of rats induces an aging-like profile: namely, memory impairments linked to the loss of stress controlling mechanisms.

"This is part of a larger study initiated 4 years ago in which we identified the role of this receptor in stress, but we did not know whether its activation would be sufficient to trigger all the changes. We now found that by altering the amount of this receptor alone in neurons from hippocampus and cortex -- memory related areas -- is sufficient to induce a profile that we designate as 'early-aging' combining the memory loss and an increase in stress hormones in plasma (cortisol)," explains Luisa Lopes, Group Leader at iMM Lisboa and the coordinator of the study.

When the same animals were treated with a caffeine analogue, which blocks the action of adenosine A2A receptors, both memory and stress related deficits were normalized.

David Blum, from Inserm research director, adds: "In elderly people, we know there is an increase of stress hormones that have an impact on memory. Our work supports the view that the procognitive effects of A2AR antagonists, namely caffeine, observed in Alzheimer's and age-related cognitive impairments may rely on this ability to counteract the loss of stress controlling mechanisms that occurs upon aging."

"This is important not only to understand the fundamental changes that occur upon aging, but it also identifies the dysfunctions of the adenosine A2Areceptor as a key player in triggering these changes. And a very appealing therapeutic target," concludes Luisa Lopes.

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by INSERM (Institut national de la santé et de la recherche médicale). Note: Content may be edited for style and length.

Journal Reference:
Vânia L. Batalha, Diana G. Ferreira, Joana E. Coelho, Jorge S. Valadas, Rui Gomes, Mariana Temido-Ferreira, Tatiana Shmidt, Younis Baqi, Luc Buée, Christa E. Müller, Malika Hamdane, Tiago F. Outeiro, Michael Bader, Sebastiaan H. Meijsing, Ghazaleh Sadri-Vakili, David Blum, Luísa V. Lopes. The caffeine-binding adenosine A2A receptor induces age-like HPA-axis dysfunction by targeting glucocorticoid receptor function. Scientific Reports, 2016; 6: 31493 DOI: 10.1038/srep31493

Cite This Page:
INSERM (Institut national de la santé et de la recherche médicale). "Caffeine and its analogues counteract memory deficits by normalizing stress responses in the brain." ScienceDaily. ScienceDaily, 30 August 2016. <www.sciencedaily.com/releases/2016/08/160830113749.htm>.