sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Com a ajuda de idosos, estudantes montam catálogo de plantas medicinais - www2.webradioagua.org/

Foto: Divulgação

No começo de 2016, a professora de Biologia, Eloísa Dias Martins, levou para os alunos do Colégio Estadual Rio do Antônio - localizado na Bahia – a ideia de elaborar um trabalho a respeito de plantas medicinais. O assunto era completamente novo para os alunos, pois eles dificilmente tinham o interesse de pesquisá-lo por conta própria.

Após terem a curiosidade despertada para o tema, cinco alunos formaram um grupo e decidiram ir atrás dos dados para compor o trabalho de pesquisa. E foi aí que uma parceria interessante começou a nascer.

“Na verdade, a gente começou a fazer esse trabalho com feirantes. Com os feirantes que tinham as barracas aqui na feira livre e que vendiam as plantas medicinais. E aí nessas entrevistas, a gente foi percebendo que era um conhecimento passado da avó, da bisavó, e a gente percebeu que o trabalho ia fluir mais se fossemos diretamente na raiz do conhecimento popular, que estava nos idosos. Tínhamos feito dez entrevistas com os feirantes Aí ampliamos e foram mais ou menos 53 entrevistas com idosos do município.”

Ao montar os catálogos para o trabalho, os alunos perceberam que além de estarem aprendendo algo completamente novo, estavam também trabalhando no resgate histórico desses conhecimentos. Pois como os próprios idosos contavam, os jovens não estavam mais interessados pela importância daquelas plantas.

“Inclusive foi uma das coisas coisa que eles falaram. […] Ah, meus netos e meus filhos não tem mais interesse em ouvir sobre isso […] E aí quando a gente chegou mostrando esse interesse, eles se abriram mesmo em relação as perguntas que a gente tinha. Então foi muito legal porque eles se sentiram muito valorizados. O conhecimento deles precisava ser passado e eles diziam que a maioria dos netos não tinham interesse, não ouviam. Teve uma que disse 'meu neto vem aqui, me dá benção e sai'. A gente percebeu que esse conhecimento tava morrendo com as gerações anteriores. A nova geração não demonstrava interesse de buscar essas informações.”

Com as pesquisas prontas e a troca de conhecimentos entre gerações feita, chegou o momento dos alunos colocarem em prática o que haviam aprendido. Os estudantes estavam animados para catalogar as plantas, analisá-las em microscópios e estudá-las com profundidade . Entretanto, eles foram barrados pela falta de estrutura do colégio, que não possuía um laboratório completo. Sendo assim, os estudantes elaboraram uma maneira criativa de continuarem trabalhando.

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